Nesta quarta-feira (23) a Rússia informou que dará uma resposta “forte e dolorosa” às sanções anunciadas pelos Estados Unidos após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas de Luhansk e Donetsk, no Leste da Ucrânia, e enviar tropas militares à região.
“Que não haja qualquer dúvida: haverá uma resposta forte a essas sanções, não necessariamente simétricas, mas bem calculadas e dolorosas para os Estados Unidos”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em nota.
Joe Biden impôs sanções a Moscou e caso a Rússia não recue na escalada ofensiva na Ucrânia, o governo dos EUA promete medidas adicionais.
“A Rússia mostrou que, com todo o custo que as sanções implicam, é capaz de minimizar os danos que causam. Não podem influenciar a vontade da Rússia de defender firmemente seus interesses”, defendeu-se a diplomacia russa.
Ainda nesta quarta o parlamento da Ucrânia aprovou estado de emergência após o governo adotar uma série de medidas de preparação para uma guerra, desde convocar reservistas, até pedir para seus cidadãos deixarem a Rússia imediatamente.
Autoridades ressaltaram, no entanto, que as medidas buscam somente manter a calma no país e proteger a economia, em um momento em que uma invasão da Rússia parece iminente. De acordo com a imprensa dos EUA, a inteligência americana alertou o governo ucraniano que um ataque poderia ocorrer nas próximas 48 horas.
O estado de emergência nacional está previsto para durar 30 dias, prorrogáveis por mais 30, onde são aplicadas restrições especiais.
A introdução do estado de emergência confere poderes especiais às autoridades, incluindo restrições ao transporte, envio de proteção adicional para instalações de infraestrutura essenciais e a proibição de greves.
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