Alckmin é denunciado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva

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O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira (23) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB, por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva no âmbito da operação Lava-Jato. De acordo com a denúncia, o tucano recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual, em 2010, […]

POR Redação SRzd23/07/2020|3 min de leitura

Alckmin é denunciado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva

Geraldo Alckmin. Foto: Reprodução

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O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira (23) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB, por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva no âmbito da operação Lava-Jato.

De acordo com a denúncia, o tucano recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual, em 2010, e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

Outro denunciado foi o doleiro e delator Alvaro José Gallies Novis. Também foram alvos da acusação seis executivos e operadores do Grupo Odebrecht – Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Fernando Migliaccio da Silva, Luiz Antônio Bueno Júnior, Luiz Eduardo da Rocha Soares e Maria Lúcia Guimarães Tavares. Eles prestaram depoimentos como colaboradores.

Em nota, a Promotoria afirmou que “os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro)”.

“Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo”, disse. O teor da manifestação do MP foi publicado no blog de Fausto Macedo.

O documento, subscrito pelos promotores Everton Zanella, Fábio Bechara, João Santa Terra, Luiz Ambra e Rodrigo Caldeira apontou que “os relatos e provas de corroboração reunidos revelaram centenas de atos ilícitos praticados em favor de empresas do Grupo Odebrecht, incluindo o pagamento de forma dissimulada de vantagens a agentes públicos e financiamentos de campanhas eleitorais, em um sofisticado esquema de lavagem de capitais”.

Alckmin negou as denúncias e alegou que as “apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos”.

“Confiante na Justiça, responderá aos termos da denúncia , seguro de que não praticou qualquer ilícito”, afirma em uma nota divulgada por sua defesa. Ele também alega que “jamais foi procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos”.

“Até porque nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública”, completou.










O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira (23) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB, por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva no âmbito da operação Lava-Jato.

De acordo com a denúncia, o tucano recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual, em 2010, e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

Outro denunciado foi o doleiro e delator Alvaro José Gallies Novis. Também foram alvos da acusação seis executivos e operadores do Grupo Odebrecht – Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Fernando Migliaccio da Silva, Luiz Antônio Bueno Júnior, Luiz Eduardo da Rocha Soares e Maria Lúcia Guimarães Tavares. Eles prestaram depoimentos como colaboradores.

Em nota, a Promotoria afirmou que “os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro)”.

“Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo”, disse. O teor da manifestação do MP foi publicado no blog de Fausto Macedo.

O documento, subscrito pelos promotores Everton Zanella, Fábio Bechara, João Santa Terra, Luiz Ambra e Rodrigo Caldeira apontou que “os relatos e provas de corroboração reunidos revelaram centenas de atos ilícitos praticados em favor de empresas do Grupo Odebrecht, incluindo o pagamento de forma dissimulada de vantagens a agentes públicos e financiamentos de campanhas eleitorais, em um sofisticado esquema de lavagem de capitais”.

Alckmin negou as denúncias e alegou que as “apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos”.

“Confiante na Justiça, responderá aos termos da denúncia , seguro de que não praticou qualquer ilícito”, afirma em uma nota divulgada por sua defesa. Ele também alega que “jamais foi procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos”.

“Até porque nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública”, completou.










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