Alerj pede celeridade na apuração sobre mortes no Complexo do Salgueiro

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As comissões de Direitos Humanos e de Enfrentamento à Miséria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) estão acompanhando as investigações sobre a operação do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e cobrando celeridade nas apurações por parte das autoridades. Até o momento, o Instituto Médico Legal de Tribobó identificou dez mortos […]

POR Redação SRzd24/11/2021|3 min de leitura

Alerj pede celeridade na apuração sobre mortes no Complexo do Salgueiro

Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Foto: Reprodução/Google

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As comissões de Direitos Humanos e de Enfrentamento à Miséria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) estão acompanhando as investigações sobre a operação do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e cobrando celeridade nas apurações por parte das autoridades.

Até o momento, o Instituto Médico Legal de Tribobó identificou dez mortos na ação conduzida pela Polícia Militar do Rio, que ocorreu após a morte do sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva no sábado (20), vítima de ataque de bandidos quando fazia patrulhamento na região.

A presidente da Comissão de Enfrentamento a Miséria, Renata Souza, do PSOL, afirmou que há denúncia de que a polícia usou a ação conhecida como “tróia”, em que PMs se escondem em casas ou becos, e ficam de tocaia até atirarem contra suspeitos. A deputada acionou a ouvidoria da Defensoria Pública e entrou com uma representação junto ao Ministério Público Estadual solicitando rigor nas investigações.

Nesta terça-feira (23), a parlamentar entrou em contato com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, órgão que fez um relatório sobre a chacina no Jacarezinho, ocorrida em maio deste ano, que deixou 27 mortos.

¨É muito preocupante o que aconteceu no Salgueiro. Além de caracterizar um descumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), que estabeleceu critérios para ações policiais durante a pandemia, também tem um resquício de operação vingança. Nesse sentido estamos apresentando uma representação no MPF. É preciso que haja investigação imediatamente sobre o que houve no Complexo do Salgueiro”, disse Renata Souza.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Dani Monteiro, também do PSOL, enviou ofícios para as polícias Civil, Militar e para o Ministério Público pedindo esclarecimentos sobre o caso. “Há indícios de operação vingança. Lamentamos a morte do policial, mas há relatos, inclusive, de arrombamento de casas”, destacou a parlamentar.

O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado Carlos Minc, afirmou que a operação no Complexo do Salgueiro violou 15 itens que devem ser cumpridos durante uma incursão policial. O parlamentar salientou o que determina que deve haver perícia imediata. “Numa ‘boa operação’ morrem menos policiais e menos civis. Estamos enviando tudo para o Ministério Público e a Defensoria Pública”, disse Minc.

Entenda o caso

No sábado (20), uma guarnição da PM foi atacada por criminosos na região, causando a morte do sargento Leandro. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM realizou operação no local, em busca dos autores do crime.

Houve intenso tiroteio em uma área de mangue, com a apreensão de armas, munição e drogas, mas sem relatos oficiais de feridos ou mortos. Ao longo do domingo, moradores começaram a divulgar nas redes sociais a presença de corpos na área de mata.

As comissões de Direitos Humanos e de Enfrentamento à Miséria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) estão acompanhando as investigações sobre a operação do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e cobrando celeridade nas apurações por parte das autoridades.

Até o momento, o Instituto Médico Legal de Tribobó identificou dez mortos na ação conduzida pela Polícia Militar do Rio, que ocorreu após a morte do sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva no sábado (20), vítima de ataque de bandidos quando fazia patrulhamento na região.

A presidente da Comissão de Enfrentamento a Miséria, Renata Souza, do PSOL, afirmou que há denúncia de que a polícia usou a ação conhecida como “tróia”, em que PMs se escondem em casas ou becos, e ficam de tocaia até atirarem contra suspeitos. A deputada acionou a ouvidoria da Defensoria Pública e entrou com uma representação junto ao Ministério Público Estadual solicitando rigor nas investigações.

Nesta terça-feira (23), a parlamentar entrou em contato com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, órgão que fez um relatório sobre a chacina no Jacarezinho, ocorrida em maio deste ano, que deixou 27 mortos.

¨É muito preocupante o que aconteceu no Salgueiro. Além de caracterizar um descumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), que estabeleceu critérios para ações policiais durante a pandemia, também tem um resquício de operação vingança. Nesse sentido estamos apresentando uma representação no MPF. É preciso que haja investigação imediatamente sobre o que houve no Complexo do Salgueiro”, disse Renata Souza.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Dani Monteiro, também do PSOL, enviou ofícios para as polícias Civil, Militar e para o Ministério Público pedindo esclarecimentos sobre o caso. “Há indícios de operação vingança. Lamentamos a morte do policial, mas há relatos, inclusive, de arrombamento de casas”, destacou a parlamentar.

O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado Carlos Minc, afirmou que a operação no Complexo do Salgueiro violou 15 itens que devem ser cumpridos durante uma incursão policial. O parlamentar salientou o que determina que deve haver perícia imediata. “Numa ‘boa operação’ morrem menos policiais e menos civis. Estamos enviando tudo para o Ministério Público e a Defensoria Pública”, disse Minc.

Entenda o caso

No sábado (20), uma guarnição da PM foi atacada por criminosos na região, causando a morte do sargento Leandro. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM realizou operação no local, em busca dos autores do crime.

Houve intenso tiroteio em uma área de mangue, com a apreensão de armas, munição e drogas, mas sem relatos oficiais de feridos ou mortos. Ao longo do domingo, moradores começaram a divulgar nas redes sociais a presença de corpos na área de mata.

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