Anomalia magnética no Brasil traz riscos e acende alerta em especialistas

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Mundo. O campo magnético terrestre, também chamado de campo geomagnético, apresentou um buraco centralizado bem acima do Brasil, num fenômeno conhecido como Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), região do globo onde foi detectado pela primeira vez na década de 1980. Essa região mais fraca do campo magnético tem migrado do Oeste do continente africano […]

POR Redação SRzd05/03/2017|3 min de leitura

Anomalia magnética no Brasil traz riscos e acende alerta em especialistas

Anomalia magnética no Brasil traz riscos e acende alerta em especialistas. Arte: National Oceanic and Atmospheric Administration

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Mundo. O campo magnético terrestre, também chamado de campo geomagnético, apresentou um buraco centralizado bem acima do Brasil, num fenômeno conhecido como Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), região do globo onde foi detectado pela primeira vez na década de 1980.

Essa região mais fraca do campo magnético tem migrado do Oeste do continente africano em direção à América do Sul e tem aumentado de tamanho, de acordo com Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).

A AMAS está se movendo para o Oeste e aumentou cerca de 7%, de acordo com dados do governo norte-americano. O principal alerta dos especialistas é para o risco de danos a satélites que o enfraquecimento do campo pode causar.

Uma das principais contribuições do campo magnético terrestre para a manutenção da vida na Terra é a proteção contraventos solares e radiação cósmica. As partículas em alta velocidade vindas do Sol e de outras regiões do espaço podem até mesmo danificar estruturas do DNA, mas são impedidas de entrar na atmosfera pelo campo magnético terrestre.

Com o fenômeno, regiões do globo ficam desprotegidas. Annibal Hetem, professor de Engenharia Aeroespacial na Universidade Federal do ABC (UFABC), destaca que a própria população das áreas afetadas podem estar mais expostas. Nesse caso, o uso regular de filtro solar é uma forma de se proteger.

O maior risco é para quem está longe da superfície. Astronautas em espaçonaves em órbita baixa do planeta assim como as estruturas de satélites de pesquisa e de telecomunicações. Os satélites precisam ser desligados e de proteções especiais para suportar a radiação nas áreas desprotegidas.

Com o campo magnético afetado, as bússolas podem não funcionar como habitualmente. Trindade explica que, em São Paulo, a anomalia causa uma distorção: o norte mostrando pelo ponteiro estará, na verdade, 25 graus a noroeste.

Para a população a navegação não deve ser afetada, os serviços de Sistema de Posicionamento global (GPS) não dependem do campo magnético. Já os animais não tem a mesma sorte. Animais migratórios, que usam geolocalização guiada pelo campo geomagnético, podem ter a percepção afetada.

Mundo. O campo magnético terrestre, também chamado de campo geomagnético, apresentou um buraco centralizado bem acima do Brasil, num fenômeno conhecido como Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), região do globo onde foi detectado pela primeira vez na década de 1980.

Essa região mais fraca do campo magnético tem migrado do Oeste do continente africano em direção à América do Sul e tem aumentado de tamanho, de acordo com Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).

A AMAS está se movendo para o Oeste e aumentou cerca de 7%, de acordo com dados do governo norte-americano. O principal alerta dos especialistas é para o risco de danos a satélites que o enfraquecimento do campo pode causar.

Uma das principais contribuições do campo magnético terrestre para a manutenção da vida na Terra é a proteção contraventos solares e radiação cósmica. As partículas em alta velocidade vindas do Sol e de outras regiões do espaço podem até mesmo danificar estruturas do DNA, mas são impedidas de entrar na atmosfera pelo campo magnético terrestre.

Com o fenômeno, regiões do globo ficam desprotegidas. Annibal Hetem, professor de Engenharia Aeroespacial na Universidade Federal do ABC (UFABC), destaca que a própria população das áreas afetadas podem estar mais expostas. Nesse caso, o uso regular de filtro solar é uma forma de se proteger.

O maior risco é para quem está longe da superfície. Astronautas em espaçonaves em órbita baixa do planeta assim como as estruturas de satélites de pesquisa e de telecomunicações. Os satélites precisam ser desligados e de proteções especiais para suportar a radiação nas áreas desprotegidas.

Com o campo magnético afetado, as bússolas podem não funcionar como habitualmente. Trindade explica que, em São Paulo, a anomalia causa uma distorção: o norte mostrando pelo ponteiro estará, na verdade, 25 graus a noroeste.

Para a população a navegação não deve ser afetada, os serviços de Sistema de Posicionamento global (GPS) não dependem do campo magnético. Já os animais não tem a mesma sorte. Animais migratórios, que usam geolocalização guiada pelo campo geomagnético, podem ter a percepção afetada.

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