Biografia de Adriano Imperador choca; alcoolismo, depressão e internação

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Bastidores. O livro escrito pelo jornalista paulista Ulisses Neto foi lançado nesta semana e choca pelas revelações sobre a vida de um dos mais importantes jogadores do futebol mundial de sua geração, Adriano, o Imperador. Na biografia, Adriano falou abertamente sobre alcoolismo, depressão e revelou quando a Internazionale de Milão, onde ganhou o famoso apelido, […]

POR Redação SRzd12/11/2024|3 min de leitura

Biografia de Adriano Imperador choca; alcoolismo, depressão e internação

Adriano Imperador no ensaio técnico do Camisa Verde e Branco no Anhembi. Foto: Kleber Santos

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Bastidores. O livro escrito pelo jornalista paulista Ulisses Neto foi lançado nesta semana e choca pelas revelações sobre a vida de um dos mais importantes jogadores do futebol mundial de sua geração, Adriano, o Imperador.

Na biografia, Adriano falou abertamente sobre alcoolismo, depressão e revelou quando a Internazionale de Milão, onde ganhou o famoso apelido, quis interná-lo em uma clínica de reabilitação na Suíça.

“Você sabe o que é ser uma promessa? Eu sei. Inclusive uma promessa não cumprida. O maior desperdício do futebol: Eu. Gosto dessa palavra, desperdício. Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético. Curto essa pecha”, iniciou ele, no texto com o título “Carta para a Vila Cruzeiro”.

“Mas nunca amarrei uma mulher a uma árvore, como dizem. Não uso drogas, como tentam provar. Não sou do crime, mas, claro, poderia ter sido”, completou.

“Eu bebo todos os dias, sim, e os dias não muitas vezes também. Por que uma pessoa como eu chega ao ponto de beber quase todos os dias? Não gosto de dar satisfação para os outros. Mas aqui vai uma. Porque não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade”, confessa.

“Muita gente não sacou porque abandonei a glória dos gramados para ficar aqui sentado bebendo em aparente deriva. Porque em algum momento eu quis, e é o tipo de decisão difícil de voltar atrás”, disse.

O ex-jogador também falou da relação com a favela onde foi criado.

“Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Me chamam de Imperador. Imagina isso. cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica? Eu não entendi até hoje”, confidenciou ao dizer como era sua relação atual com a bebida e que quase o levou para uma clínica de reabilitação.

“Ou era porque meus amigos estavam lá, ou era porque eu não queria ficar no silêncio pensando merda, ou era para conseguir dormir. Deitava apagado em qualquer canto sem ter nem condição de sonhar. Muita gente usa o futebol como válvula de escape, eu precisava de um escape do futebol. Esse escape era a minha família. Meu pai. Quando olhei, ele não estava mais ali. Uma coisa levou a outra, e a bebida se tornou a minha companheira. Continuei chegando atrasado nos treinos. O clube tentava passar um pano na imprensa, eu recebia as multas no meu salário e nem me importava mais. Era tanta grana que eu ganhava, cara. A primeira multa dói. A segunda, tu fica puto. Na terceira, você já nem liga. E isso vale para os dois lados…”, narrou.

Rodapé - brasil

 

Bastidores. O livro escrito pelo jornalista paulista Ulisses Neto foi lançado nesta semana e choca pelas revelações sobre a vida de um dos mais importantes jogadores do futebol mundial de sua geração, Adriano, o Imperador.

Na biografia, Adriano falou abertamente sobre alcoolismo, depressão e revelou quando a Internazionale de Milão, onde ganhou o famoso apelido, quis interná-lo em uma clínica de reabilitação na Suíça.

“Você sabe o que é ser uma promessa? Eu sei. Inclusive uma promessa não cumprida. O maior desperdício do futebol: Eu. Gosto dessa palavra, desperdício. Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético. Curto essa pecha”, iniciou ele, no texto com o título “Carta para a Vila Cruzeiro”.

“Mas nunca amarrei uma mulher a uma árvore, como dizem. Não uso drogas, como tentam provar. Não sou do crime, mas, claro, poderia ter sido”, completou.

“Eu bebo todos os dias, sim, e os dias não muitas vezes também. Por que uma pessoa como eu chega ao ponto de beber quase todos os dias? Não gosto de dar satisfação para os outros. Mas aqui vai uma. Porque não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade”, confessa.

“Muita gente não sacou porque abandonei a glória dos gramados para ficar aqui sentado bebendo em aparente deriva. Porque em algum momento eu quis, e é o tipo de decisão difícil de voltar atrás”, disse.

O ex-jogador também falou da relação com a favela onde foi criado.

“Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Aqui sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história. É por isso que eu volto sempre. Me chamam de Imperador. Imagina isso. cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica? Eu não entendi até hoje”, confidenciou ao dizer como era sua relação atual com a bebida e que quase o levou para uma clínica de reabilitação.

“Ou era porque meus amigos estavam lá, ou era porque eu não queria ficar no silêncio pensando merda, ou era para conseguir dormir. Deitava apagado em qualquer canto sem ter nem condição de sonhar. Muita gente usa o futebol como válvula de escape, eu precisava de um escape do futebol. Esse escape era a minha família. Meu pai. Quando olhei, ele não estava mais ali. Uma coisa levou a outra, e a bebida se tornou a minha companheira. Continuei chegando atrasado nos treinos. O clube tentava passar um pano na imprensa, eu recebia as multas no meu salário e nem me importava mais. Era tanta grana que eu ganhava, cara. A primeira multa dói. A segunda, tu fica puto. Na terceira, você já nem liga. E isso vale para os dois lados…”, narrou.

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