O ministro Alexandre de Moraes, do STF, o Supremo Tribunal Federal, determinou, nesta sexta-feira (18), a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram em todo o país.
A ordem atende pedido da Polícia Federal e foi encaminhada a plataformas digitais e provedores de internet que devem adotar os mecanismos para inviabilizar a utilização do aplicativo.
Nesta noite, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, declarou, em rede social, que determinou a servidores do ministério que “estudem imediatamente uma solução” contra a decisão de Moraes.
O Telegram é bastante difundido entre a base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele tem 1.085.714 inscritos na ferramenta de mensagens.
Para se ter uma ideia da diferença entre Bolsonaro e os demais pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48,5 mil inscritos.
Depois, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 19,3 mil, e Sergio Moro (Podemos) que tem 5.335. O deputado Federal André Janones (Avant) soma 5.872. O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB) não têm canal no aplicativo.
Bolsonaro, seus filhos e apoiadores são defensores da rede social, que é criticada por não ter um controle sobre desinformação e conteúdos ilícitos.
Diferentemente do WhatsApp, onde os grupos têm número máximo de participantes e cada lista de transmissão, em que se pode enviar a mesma mensagem a várias pessoas, pode ter no máximo 256 pessoas, os canais do Telegram não têm limite.
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