Bolsonaro critica Moraes e diz que bloquear Telegram é ‘inadmissível’ e ‘pode causar até óbito’

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O presidente Jair Bolsonaro reagiu com indignação ao bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram no território brasileiro, determinado nesta sexta-feira (18), por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Polícia Federal. A decisão do ministro atinge diretamente o presidente e seus apoiadores: candidato à reeleição, o […]

POR Redação SRzd19/03/2022|3 min de leitura

Bolsonaro critica Moraes e diz que bloquear Telegram é ‘inadmissível’ e ‘pode causar até óbito’

Jair Bolsonaro mostra celular. Foto: Reprodução/Youtube

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O presidente Jair Bolsonaro reagiu com indignação ao bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram no território brasileiro, determinado nesta sexta-feira (18), por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Polícia Federal.

A decisão do ministro atinge diretamente o presidente e seus apoiadores: candidato à reeleição, o chefe do Executivo tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo, que é visto como a boia de salvação dos militantes bolsonaristas, enquadrados por Twitter, Facebook e Instagram.

Até o momento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não conseguiu notificar a plataforma, que está presente em 53% dos smartphones no Brasil e não tem sede nem representação no país.

Durante discurso em culto evangélico no Acre, o chefe do Executivo disse que a notícia é “no mínimo triste”, e a decisão “inadmissível”. Para Bolsonaro, “porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que deveriam ser banidas”, o ministro decidiu atingir “70 milhões de pessoas”. Ele disse que “pessoas podem morrer” se o aplicativo ficar fora do ar.

“Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do STF, é inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que deveriam ser banidas do telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil por falta de contato paciente médico”, disse o presidente.

Telegram

O diretor-executivo do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao STF pela “negligência” em atender a intimações da Corte, e pediu uma extensão do prazo de cinco dias dado pelo ministro.

Segundo Durov, o Telegram tentará “remediar a situação” nos próximos dias para cumprir decisões judiciais pendentes, o que inclui a derrubada de canais bolsonaristas investigados por propagação de fake news.

A relação entre Bolsonaro e o Telegram

O Telegram é bastante difundido entre a base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele tem 1.085.714 inscritos na ferramenta de mensagens.

Para se ter uma ideia da diferença entre Bolsonaro e os demais pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48,5 mil inscritos.

Depois, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 19,3 mil, e Sergio Moro (Podemos) que tem 5.335. O deputado Federal André Janones (Avant) soma 5.872. O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB) não têm canal no aplicativo.

Bolsonaro, seus filhos e apoiadores são defensores da rede social, que é criticada por não ter um controle sobre desinformação e conteúdos ilícitos.

Diferentemente do WhatsApp, onde os grupos têm número máximo de participantes e cada lista de transmissão, em que se pode enviar a mesma mensagem a várias pessoas, pode ter no máximo 256 pessoas, os canais do Telegram não têm limite.

Leia também:

+ Lula diz para jornalistas que teme ser assassinado e cita Marielle

+ Morte de Major Olímpio completa 1 ano e web resgata fala sobre Bolsonaro: ‘Proteger filho bandido’

O presidente Jair Bolsonaro reagiu com indignação ao bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram no território brasileiro, determinado nesta sexta-feira (18), por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Polícia Federal.

A decisão do ministro atinge diretamente o presidente e seus apoiadores: candidato à reeleição, o chefe do Executivo tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo, que é visto como a boia de salvação dos militantes bolsonaristas, enquadrados por Twitter, Facebook e Instagram.

Até o momento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não conseguiu notificar a plataforma, que está presente em 53% dos smartphones no Brasil e não tem sede nem representação no país.

Durante discurso em culto evangélico no Acre, o chefe do Executivo disse que a notícia é “no mínimo triste”, e a decisão “inadmissível”. Para Bolsonaro, “porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que deveriam ser banidas”, o ministro decidiu atingir “70 milhões de pessoas”. Ele disse que “pessoas podem morrer” se o aplicativo ficar fora do ar.

“Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do STF, é inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que deveriam ser banidas do telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil por falta de contato paciente médico”, disse o presidente.

Telegram

O diretor-executivo do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao STF pela “negligência” em atender a intimações da Corte, e pediu uma extensão do prazo de cinco dias dado pelo ministro.

Segundo Durov, o Telegram tentará “remediar a situação” nos próximos dias para cumprir decisões judiciais pendentes, o que inclui a derrubada de canais bolsonaristas investigados por propagação de fake news.

A relação entre Bolsonaro e o Telegram

O Telegram é bastante difundido entre a base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele tem 1.085.714 inscritos na ferramenta de mensagens.

Para se ter uma ideia da diferença entre Bolsonaro e os demais pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48,5 mil inscritos.

Depois, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 19,3 mil, e Sergio Moro (Podemos) que tem 5.335. O deputado Federal André Janones (Avant) soma 5.872. O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB) não têm canal no aplicativo.

Bolsonaro, seus filhos e apoiadores são defensores da rede social, que é criticada por não ter um controle sobre desinformação e conteúdos ilícitos.

Diferentemente do WhatsApp, onde os grupos têm número máximo de participantes e cada lista de transmissão, em que se pode enviar a mesma mensagem a várias pessoas, pode ter no máximo 256 pessoas, os canais do Telegram não têm limite.

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