Bolsonaro defende tortura e morte de Bachelet, que se opôs a golpe de Pinochet

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O presidente Jair Bolsonaro atacou a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, após a ex-presidente do Chile fazer duras críticas ao que chamou de “encolhimento do espaço cívico e democrático” no Brasil com o atual governo. Em publicação feita no Facebook, Bolsonaro atacou cruelmente a memória do pai da ex-presidente chilena, o […]

POR Redação SRzd04/09/2019|3 min de leitura

Bolsonaro defende tortura e morte de Bachelet, que se opôs a golpe de Pinochet

Michelle Bachelet, e o pai, Alberto Bachelet Martínez, morto pela ditadura de Pinochet. Foto: Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro atacou a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, após a ex-presidente do Chile fazer duras críticas ao que chamou de “encolhimento do espaço cívico e democrático” no Brasil com o atual governo.

Em publicação feita no Facebook, Bolsonaro atacou cruelmente a memória do pai da ex-presidente chilena, o brigadeiro Alberto Bachelet, que após ter sido acusado de “traição à pátria”, morreu devido a torturas em 1974, meses depois do golpe de Augusto Pinochet.

Para Bolsonaro, Bachelet está “seguindo a linha” do presidente da França, Emmanuel Macron, e tenta se “intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira” ao falar de direitos humanos no Brasil.

“Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares”, escreveu o presidente. Junto com o post, ele publicou uma foto em que Bachelet aparece ao lado da ex-presidente deposta Dilma Rousseff e da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, em sua segunda cerimônia de posse como presidente do Chile (2006-2018).

Em outro trecho da postagem Bolsonaro defendeu a tortura e morte do brigadeiro Alberto Bachelet, pai da Alta Comissária da ONU, por membro da ditadura militar chilena.

“Diz [referindo-se a Bachelet} ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”, escreveu.

A menção faz data do golpe de Estado no Chile que levou Augusto Pinochet ao poder, em 11 de setembro de 1973. Acusado de “traição”, Alberto faleceu em 12 de março de 1974 em decorrência das torturas a que foi submetido no Cárcere Público de Santiago.

Alberto Bachelet morreu de infarto na Prisão Pública de Santiago, aos 50 anos. Em 2014, dois ex-militares foram condenados pela tortura e morte dele.

O ataque contra a Alta Comissária da ONU veio na esteira da afirmação feita por ela de que o espaço democrático no Brasil está encolhendo no governo Jair Bolsonaro e que isto tem sido evidenciado com os ataques diretos contra defensores de direitos humanos, instituições de ensino e pesquisa e na restrição e criminalização de trabalhos e instituições da sociedade civil, o que inclui as ONGs.

O ataque a Bachelet foi feito às vésperas da primeira viagem de Bolsonaro para participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Na reta final da campanha feita pelo governo brasileiro para conseguir mais um mandato como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a publicação pode decretar a exclusão do país do fórum.

Os compromissos da candidatura brasileira excluem menções a gênero, desigualdade e tortura, e põe “o fortalecimento das estruturas familiares” como uma de suas prioridades.

O presidente Jair Bolsonaro atacou a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, após a ex-presidente do Chile fazer duras críticas ao que chamou de “encolhimento do espaço cívico e democrático” no Brasil com o atual governo.

Em publicação feita no Facebook, Bolsonaro atacou cruelmente a memória do pai da ex-presidente chilena, o brigadeiro Alberto Bachelet, que após ter sido acusado de “traição à pátria”, morreu devido a torturas em 1974, meses depois do golpe de Augusto Pinochet.

Para Bolsonaro, Bachelet está “seguindo a linha” do presidente da França, Emmanuel Macron, e tenta se “intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira” ao falar de direitos humanos no Brasil.

“Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares”, escreveu o presidente. Junto com o post, ele publicou uma foto em que Bachelet aparece ao lado da ex-presidente deposta Dilma Rousseff e da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, em sua segunda cerimônia de posse como presidente do Chile (2006-2018).

Em outro trecho da postagem Bolsonaro defendeu a tortura e morte do brigadeiro Alberto Bachelet, pai da Alta Comissária da ONU, por membro da ditadura militar chilena.

“Diz [referindo-se a Bachelet} ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”, escreveu.

A menção faz data do golpe de Estado no Chile que levou Augusto Pinochet ao poder, em 11 de setembro de 1973. Acusado de “traição”, Alberto faleceu em 12 de março de 1974 em decorrência das torturas a que foi submetido no Cárcere Público de Santiago.

Alberto Bachelet morreu de infarto na Prisão Pública de Santiago, aos 50 anos. Em 2014, dois ex-militares foram condenados pela tortura e morte dele.

O ataque contra a Alta Comissária da ONU veio na esteira da afirmação feita por ela de que o espaço democrático no Brasil está encolhendo no governo Jair Bolsonaro e que isto tem sido evidenciado com os ataques diretos contra defensores de direitos humanos, instituições de ensino e pesquisa e na restrição e criminalização de trabalhos e instituições da sociedade civil, o que inclui as ONGs.

O ataque a Bachelet foi feito às vésperas da primeira viagem de Bolsonaro para participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Na reta final da campanha feita pelo governo brasileiro para conseguir mais um mandato como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a publicação pode decretar a exclusão do país do fórum.

Os compromissos da candidatura brasileira excluem menções a gênero, desigualdade e tortura, e põe “o fortalecimento das estruturas familiares” como uma de suas prioridades.

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