O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não vai mais prestar depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal, com base nas acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi informado pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta quinta-feira (26).
“Assim, o Peticionante vem, respeitosamente, a presença de V. Exa., declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho”, informou a AGU, que ainda afirmou que “roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal”.
“A publicização do inteiro teor de gravação da Reunião Ministerial de 22 de abril de 2020 demonstrou completamente infundadas quaisquer das ilações que deram ensejo ao presente Inquérito, o mesmo valendo para todos os demais elementos probatórios coletados nos presentes autos”, completou.
O inquérito sobre a suposta interferência na PF, denunciado pelo seu ex-ministro Sergio Moro, está paralisado desde 17 de setembro. Uma das causas dessa paralisação era a indefinição sobre o depoimento de Bolsonaro.
O ministro Marco Aurélio Mello suspendeu a tramitação do inquérito, decidindo que caberia ao plenário do STF definir se Bolsonaro poderia enviar depoimento por escrito ou, se preferisse, escolher o dia para ser ouvido. A questão ainda não foi resolvida pelo tribunal.