O presidente Jair Bolsonaro insinuou mais uma vez um golpe de Estado, durante o seu tradicional encontro com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (3). Além disso, o presidente também deu a entender que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deveria estar preso. Witzel é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por um suposto esquema de fraudes na Saúde.
Sem máscara de proteção, o que está proibido pelas leis do Distrito Federal, Bolsonaro disse, após ouvir críticas de um apoiador sobre o governador do Rio – que se apresentou como sargento reformado da Polícia Militar do Rio – sobre uma taxação que estaria sendo aplicada pelo governo estadual.
“Não vou conversar com o Witzel, até porque brevemente a gente sabe onde ele deve estar…”, disse o presidente.
Bolsonaro ouviu ataques de seus apoiadores a vários governadores, entre eles Rui Costa (PT), da Bahia; Helder Barbalho (MDB), do Pará e Paulo Câmara (MDB), de Pernambuco. No final, afirmou que não tem poder pra resolver isso tudo e mais uma vez apresentou-se como aquele se que contrapõe ao sistema e acenou com um golpe de Estado: “É um sistema que a gente tem pela frente, mas vai chegar um ponto que vai passar o limite de muita gente”.
Dizendo que o Brasil “vai ficar mais pobre” e se queixando da imprensa, Bolsonaro também afirmou que prefeitos e governadores também precisam ser cobrados: “Tem governador, tem prefeito. Vocês votaram nesses caras também. Não vou falar o que tem que fazer. É duro fazer, vota com boa fé e o cara faz besteira muitas vezes. Estou ouvindo aqui, pode deixar que não vai ser deletado da minha cabeça nada, não. Mas eu não posso resolver tudo”.