Casos de virose em crianças aumentam após a volta às aulas presenciais

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Meses após o retorno ao ensino presencial, casos de viroses em crianças se tornaram mais frequentes – levando, por vezes, à internação. E agora, após o governo estadual de São Paulo determinar que as aulas presenciais voltarão a ser obrigatórias a partir do dia 18 de outubro, cresce o receio de novas infecções virais entre […]

POR Redação SRzd13/10/2021|3 min de leitura

Casos de virose em crianças aumentam após a volta às aulas presenciais

Criança espirrando. Foto: Pikist

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Meses após o retorno ao ensino presencial, casos de viroses em crianças se tornaram mais frequentes – levando, por vezes, à internação. E agora, após o governo estadual de São Paulo determinar que as aulas presenciais voltarão a ser obrigatórias a partir do dia 18 de outubro, cresce o receio de novas infecções virais entre os estudantes.

Esses diagnósticos “fora de época” podem ser atribuídos à convivência em sala de aula, conforme explica o pediatra Marcelo Iampolsky, professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo. Mas a necessidade de internar pacientes mais jovens com viroses está ligada a outro fator: o isolamento.

“Uma criança que ficou muito tempo isolada teve seu sistema imunológico “em repouso’, então é natural que quando ela começa a entrar em contato com os vírus demore mais a ativar aquela lembrança imunológica que já tem. O nosso sistema imune tem que ser treinado, por isso temos doses de reforço das vacinas, para que o corpo se lembre de como produzir os anticorpos”, detalha o médico.

Depois de passar muito tempo isoladas, portanto, é mais provável que as crianças infectadas por uma virose desenvolvam mais sintomas até que seus organismos produzam anticorpos para responder à infecção. “Isso pode fazer com que elas precisem ser internadas para tratar a virose. Não significa que é um caso mais grave, mas sim demora maior do sistema imunológico”, afirma Iampolsky.

Diante desse cenário, o pediatra esclarece as principais dúvidas sobre os potenciais casos de viroses em crianças, e orienta os cuidados necessários aos pais e responsáveis. Confira:

O que os pais e/ou responsáveis podem fazer para evitar a contaminação de crianças por viroses?

“A Covid-19, de certa forma, nos preparou para isso, porque os cuidados são os mesmos. Como a transmissão também é por contato e por vias aéreas, é importante que os pais tomem cuidado ao chegar em casa. Evitar entrar com os sapatos sujos, lavar as mãos antes de se alimentar e tomar banho ao voltar de ambientes externos. Também é importante manter a casa bem ventilada, evitando ambientes fechados.”

Quais os sintomas mais frequentes das viroses em crianças?

“Os sintomas variam de acordo com a faixa etária mas, de forma geral, uma das primeiras coisas que chamam a atenção é a falta de apetite. Quando a criança está com algum problema, um dos sinais é começar a recusar comida. Elas também ficam mais irritáveis, principalmente as crianças com menos de cinco anos”.

Outros sintomas são:

– Apatia, sonolência ou cansaço;
– Choro mais persistente e sem causa aparente;
– Febre (mais frequente em crianças maiores);
– Diarreia;
– Vômito;
– Dor de cabeça.

“Também é importante prestar atenção na pele das crianças, porque muitas infecções provocam lesões cutâneas, como manchas avermelhadas e bolhas.”

Caso surjam sintomas, o que deve ser feito?

“Estamos vivendo um momento em que, até que se prove o contrário, pensamos logo em Covid-19. Por isso, ao surgir qualquer sintoma é importante procurar um médico para fazer o diagnóstico da criança.”

Meses após o retorno ao ensino presencial, casos de viroses em crianças se tornaram mais frequentes – levando, por vezes, à internação. E agora, após o governo estadual de São Paulo determinar que as aulas presenciais voltarão a ser obrigatórias a partir do dia 18 de outubro, cresce o receio de novas infecções virais entre os estudantes.

Esses diagnósticos “fora de época” podem ser atribuídos à convivência em sala de aula, conforme explica o pediatra Marcelo Iampolsky, professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo. Mas a necessidade de internar pacientes mais jovens com viroses está ligada a outro fator: o isolamento.

“Uma criança que ficou muito tempo isolada teve seu sistema imunológico “em repouso’, então é natural que quando ela começa a entrar em contato com os vírus demore mais a ativar aquela lembrança imunológica que já tem. O nosso sistema imune tem que ser treinado, por isso temos doses de reforço das vacinas, para que o corpo se lembre de como produzir os anticorpos”, detalha o médico.

Depois de passar muito tempo isoladas, portanto, é mais provável que as crianças infectadas por uma virose desenvolvam mais sintomas até que seus organismos produzam anticorpos para responder à infecção. “Isso pode fazer com que elas precisem ser internadas para tratar a virose. Não significa que é um caso mais grave, mas sim demora maior do sistema imunológico”, afirma Iampolsky.

Diante desse cenário, o pediatra esclarece as principais dúvidas sobre os potenciais casos de viroses em crianças, e orienta os cuidados necessários aos pais e responsáveis. Confira:

O que os pais e/ou responsáveis podem fazer para evitar a contaminação de crianças por viroses?

“A Covid-19, de certa forma, nos preparou para isso, porque os cuidados são os mesmos. Como a transmissão também é por contato e por vias aéreas, é importante que os pais tomem cuidado ao chegar em casa. Evitar entrar com os sapatos sujos, lavar as mãos antes de se alimentar e tomar banho ao voltar de ambientes externos. Também é importante manter a casa bem ventilada, evitando ambientes fechados.”

Quais os sintomas mais frequentes das viroses em crianças?

“Os sintomas variam de acordo com a faixa etária mas, de forma geral, uma das primeiras coisas que chamam a atenção é a falta de apetite. Quando a criança está com algum problema, um dos sinais é começar a recusar comida. Elas também ficam mais irritáveis, principalmente as crianças com menos de cinco anos”.

Outros sintomas são:

– Apatia, sonolência ou cansaço;
– Choro mais persistente e sem causa aparente;
– Febre (mais frequente em crianças maiores);
– Diarreia;
– Vômito;
– Dor de cabeça.

“Também é importante prestar atenção na pele das crianças, porque muitas infecções provocam lesões cutâneas, como manchas avermelhadas e bolhas.”

Caso surjam sintomas, o que deve ser feito?

“Estamos vivendo um momento em que, até que se prove o contrário, pensamos logo em Covid-19. Por isso, ao surgir qualquer sintoma é importante procurar um médico para fazer o diagnóstico da criança.”

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