Coronavírus é encontrado em amostra de esgoto colhida em novembro de 2019 em cidade brasileira

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Partículas do novo Coronavírus foram encontradas em duas amostras de esgoto de Florianópolis colhidas em 27 de novembro de 2019, dois meses antes do primeiro caso clínico ser relatado no Brasil, informou nesta quinta-feira (2) a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esta é a primeira presença confirmada do vírus nas Américas, apontou a universidade. […]

POR Redação SRzd02/07/2020|3 min de leitura

Coronavírus é encontrado em amostra de esgoto colhida em novembro de 2019 em cidade brasileira

Teste para Coronavírus. Foto: Reprodução

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Partículas do novo Coronavírus foram encontradas em duas amostras de esgoto de Florianópolis colhidas em 27 de novembro de 2019, dois meses antes do primeiro caso clínico ser relatado no Brasil, informou nesta quinta-feira (2) a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esta é a primeira presença confirmada do vírus nas Américas, apontou a universidade.

A descoberta é descrita em estudo que pesquisa a presença do vírus SARS-CoV-2 em esgoto humano, desenvolvida por pesquisadores da UFSC, da Universidade de Burgos (Espanha) e da startup BiomeHub.

O primeiro caso de Coronavírus em Santa Catarina foi confirmado em 12 de março deste ano. Atualmente o Estado contabiliza 27.279 casos e 347 mortes pela doença, segundo a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), feita nesta quarta-feira.

Segundo a professora da UFSC Gislaine Fongaro, do Laboratório de Virologia Aplicada da universidade, amostras de esgoto de Florianópolis do final de outubro até o início de março foram analisadas. Os pesquisadores acessaram amostras congeladas do esgoto bruto para a investigação.

“Ficamos um pouco desconfiados com os primeiros resultados, mas a gente repetiu todos os dados, fazendo testes no laboratório do Hospital Universitário, e rastreamos o genoma do vírus”, disse a professora.

Ela ressalta que os pesquisadores realizaram teste interlaboratorial, e não foi feito um único marcador viral. Vários marcadores do vírus foram usados para reconfirmar a descoberta. “Estamos bem tranquilos quanto ao resultado”, afirmou.

Gislaine Fongaro lembra que estudos semelhantes encontraram o SAR-CoV-2 no esgoto de Wuhan, na China, em outubro, e na Itália no início de dezembro, antes do vírus ser descrito em 31 de dezembro de 2019.

A carga constatada em 27 de novembro foi baixa: 100 mil cópias de genoma do vírus por litro. Depois disso, novas amostras deram positivo em doses mais elevadas em 11 de dezembro e 20 de fevereiro, até que em 4 de março a carga de SARS-CoV-2 chegou a um milhão de cópias de genoma por litro de esgoto.

“As pessoas não precisam ficar apavoradas com contaminação. O esgoto só é uma representatividade do que já tem na população”, destacou a profissional da UFSC.

Gislaine pondera que as pessoas podem ou não ter ficado doentes neste período, e ter atribuído algum sintoma a outras doenças. Em 30 de outubro e 6 de novembro, as amostras não apresentaram traço de SARS-CoV-2.










Partículas do novo Coronavírus foram encontradas em duas amostras de esgoto de Florianópolis colhidas em 27 de novembro de 2019, dois meses antes do primeiro caso clínico ser relatado no Brasil, informou nesta quinta-feira (2) a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esta é a primeira presença confirmada do vírus nas Américas, apontou a universidade.

A descoberta é descrita em estudo que pesquisa a presença do vírus SARS-CoV-2 em esgoto humano, desenvolvida por pesquisadores da UFSC, da Universidade de Burgos (Espanha) e da startup BiomeHub.

O primeiro caso de Coronavírus em Santa Catarina foi confirmado em 12 de março deste ano. Atualmente o Estado contabiliza 27.279 casos e 347 mortes pela doença, segundo a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), feita nesta quarta-feira.

Segundo a professora da UFSC Gislaine Fongaro, do Laboratório de Virologia Aplicada da universidade, amostras de esgoto de Florianópolis do final de outubro até o início de março foram analisadas. Os pesquisadores acessaram amostras congeladas do esgoto bruto para a investigação.

“Ficamos um pouco desconfiados com os primeiros resultados, mas a gente repetiu todos os dados, fazendo testes no laboratório do Hospital Universitário, e rastreamos o genoma do vírus”, disse a professora.

Ela ressalta que os pesquisadores realizaram teste interlaboratorial, e não foi feito um único marcador viral. Vários marcadores do vírus foram usados para reconfirmar a descoberta. “Estamos bem tranquilos quanto ao resultado”, afirmou.

Gislaine Fongaro lembra que estudos semelhantes encontraram o SAR-CoV-2 no esgoto de Wuhan, na China, em outubro, e na Itália no início de dezembro, antes do vírus ser descrito em 31 de dezembro de 2019.

A carga constatada em 27 de novembro foi baixa: 100 mil cópias de genoma do vírus por litro. Depois disso, novas amostras deram positivo em doses mais elevadas em 11 de dezembro e 20 de fevereiro, até que em 4 de março a carga de SARS-CoV-2 chegou a um milhão de cópias de genoma por litro de esgoto.

“As pessoas não precisam ficar apavoradas com contaminação. O esgoto só é uma representatividade do que já tem na população”, destacou a profissional da UFSC.

Gislaine pondera que as pessoas podem ou não ter ficado doentes neste período, e ter atribuído algum sintoma a outras doenças. Em 30 de outubro e 6 de novembro, as amostras não apresentaram traço de SARS-CoV-2.










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