O empresário Carlos Wizard e do ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, apontados como integrantes de um suposto “assessoramento paralelo e extraoficial” do governo sobre assuntos da pandemia, foram convocados nesta quarta-feira (26) para depor à CPI da Covid-19.
A aprovação dos requerimentos aconteceu na sessão em que os senadores deram aval à convocação de governadores e de novos depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
“Para que seja possível esclarecer a potencial condição de participante ou coordenador de um estrutura extraoficial de assessoramento do Presidente da República no combate à pandemia, faz-se necessária a oitiva do Sr. Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República”, escreveu o senador Alessandro Vieira ao pedir a convocação de Weintraub, que é irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.
Wizard é acusado de estar por trás do lobby para mudar a bula da cloroquina e de ter financiado um site negacionista que dizia que havia “tratamento precoce” contra a Covid-19.
“O Wizard passou um mês assessorando o ex-ministro Pazuello”, apontou o presidente da CPI, Omar Aziz, durante a votação.
Assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins também foi convocado para dar esclarecimentos. O senador Humberto Costa justificou o pedido afirmando que um dos eixos da investigação diz respeito à política externa adotada pelo governo durante a pandemia.
O senador governista Marcos Rogério pediu que fosse votado pela CPI o convite ao pastor Silas Malafaia. Aziz, no entanto, negou o pedido