Crimes cometidos por Pezão continuavam sendo praticados, diz Raquel Dodge
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quinta-feira (29), após a deflagração da nova fase da Operação Lava- Jato que resultou na prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do MDB, que o pedido do Ministério Público foi feito porque os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro estavam em andamento. […]
POR Redação SRzd29/11/2018|4 min de leitura
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quinta-feira (29), após a deflagração da nova fase da Operação Lava- Jato que resultou na prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do MDB, que o pedido do Ministério Público foi feito porque os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro estavam em andamento.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi detido no Palácio Laranjeiras, residência oficial do Estado, na Zona Sul da capital fluminense.
Em entrevista à imprensa, Dodge enfatizou a necessidade de desmantelar organizações criminosas em todo o País e recuperar danos causados aos cofres públicos.
“Um dos crimes é organização criminosa e as informações da Lava-Jato são no sentido que esta organização continua atuando especialmente na lavagem de dinheiro, crime cometido após a corrupção para ocultar onde o dinheiro está”, disse a procuradora.
Diante da prisão de um governador em exercício, Raquel Dodge falou sobre a operação que tem como principal alvo Pezão para “garantir a ordem pública, paralisando a prática de organizações criminosas em curso”.
Segundo ela, foram identificadas treze infrações criminosas muito graves que continuavam sendo praticadas e “precisavam ser interrompidas”.
Ao lembrar que o patrimônio público é composto por impostos pagos por todos os brasileiros, Dodge destacou a necessidade de dar resposta rápida à corrupção. “Por isso, este crime deve ser combatido com ênfase necessária para cessar atos de corrupção”.
Além das prisões preventivas, Raquel Dodge lembrou que foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão.
“Requeri várias medidas cautelares, de busca e apreensão e sequestro de bens para que haja o devido ressarcimento ao erário público”, afirmou.
O valor sequestrado soma R$ 39 milhões. “Tenho ressaltado a necessidade de recomposição do dano. É um dinheiro oriundo de impostos cobrados da população. Por esta razão que crimes dessa natureza são extremamente graves”, argumentou.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o governador do Rio cometeu crimes contra a administração pública, entre eles, corrupção e lavagem de dinheiro.
Mesada de R$ 150 mil, 13º salário e bônus
A operação tem como base a delação do economista Carlos Emanuel Carvalho Miranda, ex-operador do ex-governador Sérgio Cabral e delator premiado que detalhou o esquema que teria garantido uma mesada de R$ 150 mil a Pezão, entre 2007 e 2014, período em que era vice-governador.
De acordo com Miranda, ele tinha direito a 13º salário e a dois bônus, cada qual no valor de R$ 1 milhão.
Pezão também foi citado em delações do doleiro Álvaro José Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Jonas Lopes de Carvalho Junior, que disse ter arrecadado R$ 900 mil para pagar despesas pessoais do governador hoje preso.
O dinheiro teria vindo de empresas de alimentação que tinham contrato com o estado e da Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes do Rio de Janeiro.
Um funcionário do doleiro Álvaro José Novis afirmou em uma delação que pagou propina de R$ 4,8 milhões a Pezão. Edimar Dantas contou aos procuradores que foram cinco pagamentos em 2014 e 2015.
Além do governador, outras oito pessoas foram presas. A operação desta quinta-feira só foi possível a partir de uma delação premiada homologada no Supremo Tribunal Federal. Após a colaboração, autoridades seguiram com as investigações e apreenderam documentos na residência de um dos investigados na Operação Calicute.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quinta-feira (29), após a deflagração da nova fase da Operação Lava- Jato que resultou na prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do MDB, que o pedido do Ministério Público foi feito porque os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro estavam em andamento.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi detido no Palácio Laranjeiras, residência oficial do Estado, na Zona Sul da capital fluminense.
Em entrevista à imprensa, Dodge enfatizou a necessidade de desmantelar organizações criminosas em todo o País e recuperar danos causados aos cofres públicos.
“Um dos crimes é organização criminosa e as informações da Lava-Jato são no sentido que esta organização continua atuando especialmente na lavagem de dinheiro, crime cometido após a corrupção para ocultar onde o dinheiro está”, disse a procuradora.
Diante da prisão de um governador em exercício, Raquel Dodge falou sobre a operação que tem como principal alvo Pezão para “garantir a ordem pública, paralisando a prática de organizações criminosas em curso”.
Segundo ela, foram identificadas treze infrações criminosas muito graves que continuavam sendo praticadas e “precisavam ser interrompidas”.
Ao lembrar que o patrimônio público é composto por impostos pagos por todos os brasileiros, Dodge destacou a necessidade de dar resposta rápida à corrupção. “Por isso, este crime deve ser combatido com ênfase necessária para cessar atos de corrupção”.
Além das prisões preventivas, Raquel Dodge lembrou que foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão.
“Requeri várias medidas cautelares, de busca e apreensão e sequestro de bens para que haja o devido ressarcimento ao erário público”, afirmou.
O valor sequestrado soma R$ 39 milhões. “Tenho ressaltado a necessidade de recomposição do dano. É um dinheiro oriundo de impostos cobrados da população. Por esta razão que crimes dessa natureza são extremamente graves”, argumentou.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o governador do Rio cometeu crimes contra a administração pública, entre eles, corrupção e lavagem de dinheiro.
Mesada de R$ 150 mil, 13º salário e bônus
A operação tem como base a delação do economista Carlos Emanuel Carvalho Miranda, ex-operador do ex-governador Sérgio Cabral e delator premiado que detalhou o esquema que teria garantido uma mesada de R$ 150 mil a Pezão, entre 2007 e 2014, período em que era vice-governador.
De acordo com Miranda, ele tinha direito a 13º salário e a dois bônus, cada qual no valor de R$ 1 milhão.
Pezão também foi citado em delações do doleiro Álvaro José Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Jonas Lopes de Carvalho Junior, que disse ter arrecadado R$ 900 mil para pagar despesas pessoais do governador hoje preso.
O dinheiro teria vindo de empresas de alimentação que tinham contrato com o estado e da Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes do Rio de Janeiro.
Um funcionário do doleiro Álvaro José Novis afirmou em uma delação que pagou propina de R$ 4,8 milhões a Pezão. Edimar Dantas contou aos procuradores que foram cinco pagamentos em 2014 e 2015.
Além do governador, outras oito pessoas foram presas. A operação desta quinta-feira só foi possível a partir de uma delação premiada homologada no Supremo Tribunal Federal. Após a colaboração, autoridades seguiram com as investigações e apreenderam documentos na residência de um dos investigados na Operação Calicute.