Em encontro realizado nesta terça-feira (18), no Palácio Guanabara, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o governador em exercício do estado, Francisco Dornelles, decidiram unir esforços para cobrar do governo federal o cumprimento imediato de medidas de enfrentamento à onda de violência que atinge a cidade. Eles firmaram o compromisso de união das duas esferas de poder, diante da atual crise na segurança pública.
“Nós somos hoje o epicentro de uma violência anômica no Brasil. Eu e o governador já estivemos em Brasília e, naquela ocasião, nos foram prometidas medidas importantíssimas para a segurança. Então, o estado e a capital estão juntos e unidos fazendo um apelo veemente para que aquilo que nos foi prometido seja cumprido”, afirmou Crivella.
Dornelles afirmou que o entrosamento entre o governo estadual e a prefeitura é “amplo, geral e irrestrito”.
O prefeito listou compromissos assumidos pelo governo federal, entre eles o envio de 300 homens da Polícia Rodoviária Federal para vigiar as estradas fluminenses, a ação das Forças Armadas nos portos e a fiscalização da Polícia Federal nos aeroportos. “Precisamos cercar as fronteiras do Rio de Janeiro. Não é possível tanta munição na mão de bandidos”, disse Crivella.
O prefeito lembrou ainda que também houve a promessa de recursos para que o governo estadual e a prefeitura possam remunerar, respectivamente, policiais e guardas municipais que trabalhem em seus horários de folga. Crivella disse também que essa verba pode ser usada para ampliar as parcerias da prefeitura com a iniciativa privada e citou o programa Segurança Presente, que atua no Centro, no Aterro e na Lapa. Para Crivella, é necessário criar o “Pavuna Presente”, região com grande índice de roubos de carga.