Preço do gás de cozinha subiu 47% acima da inflação desde 2016, aponta Dieese

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

O novo aumento dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (25) acontece no mesmo dia em que a problemática política de preço de paridade de importação (PPI) da Petrobras completa cinco anos. Adotada pela diretoria da estatal após a saída de Dilma Rousseff, e mantida pelo governo de Jair Bolsonaro, a PPI é apontada […]

POR Redação SRzd26/10/2021|3 min de leitura

Preço do gás de cozinha subiu 47% acima da inflação desde 2016, aponta Dieese

Gás de cozinha. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

| Siga-nos Google News

O novo aumento dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (25) acontece no mesmo dia em que a problemática política de preço de paridade de importação (PPI) da Petrobras completa cinco anos.

Adotada pela diretoria da estatal após a saída de Dilma Rousseff, e mantida pelo governo de Jair Bolsonaro, a PPI é apontada como a principal responsável pela disparada nos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel em níveis muito acima da inflação.

Somente neste ano, já aconteceram 12 aumentos na gasolina, 13 no diesel e 8 no GLP diretamente nas refinarias. A disparada no preço dos combustíveis é um dos fatores que mais pesam na inflação, que já passou de 10,2% nos últimos 12 meses.

Nos últimos cinco anos (outubro de 2016 a outubro de 2021), as altas nas refinarias foram de 107,7% para a gasolina, 92,1% para o diesel e de impressionantes 287,9% para o gás de cozinha. Neste mesmo período, a inflação foi de 25,4%, medida pelo IPCA/IBGE. Esses dados que a revista “Fórum” teve acesso fazem parte de estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP).

Nos postos de combustível, a alta acumulada da gasolina em cinco anos é de 74,%; do diesel, 68,2%; e do gás de cozinha, de 84,2%.

O Dieese aponta que com valores corrigidos pela inflação (IPCA/IBGE), o botijão de 13kg de gás de cozinha custava em média R$ 69,21 no Brasil, em outubro de 2016. O litro da gasolina era vendido a R$ 4,58 e o do diesel a R$ 3,76. Na semana passada, a média de revenda do botijão foi para R$ 101,96 (subiu 47% acima da inflação em cinco anos), o litro da gasolina alcançou R$ 6,36 (alta de 39%) e o do diesel R$ 4,98 (alta de 32%).

Enquanto os combustíveis saltaram, o salário mínimo não teve ganho real. Pelo contrário, variou abaixo da inflação, em 25%.

Durante o governo Bolsonaro, a tendência de aumentos reais nos preços dos combustíveis também fica evidente. Nas refinarias, as altas entre janeiro de 2019 e outubro de 2021 foram de 106,6% na gasolina, 81,4% no diesel e 100,5% no gás de cozinha. Nos postos de revenda, alta foi de 46,4% na gasolina, 46,3% no diesel e 47,3% no gás de cozinha. Nesse período, a inflação foi de 16,5% e o salário mínimo variou apenas 10,2%, perdendo ainda mais seu poder de compra.

O novo aumento dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (25) acontece no mesmo dia em que a problemática política de preço de paridade de importação (PPI) da Petrobras completa cinco anos.

Adotada pela diretoria da estatal após a saída de Dilma Rousseff, e mantida pelo governo de Jair Bolsonaro, a PPI é apontada como a principal responsável pela disparada nos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel em níveis muito acima da inflação.

Somente neste ano, já aconteceram 12 aumentos na gasolina, 13 no diesel e 8 no GLP diretamente nas refinarias. A disparada no preço dos combustíveis é um dos fatores que mais pesam na inflação, que já passou de 10,2% nos últimos 12 meses.

Nos últimos cinco anos (outubro de 2016 a outubro de 2021), as altas nas refinarias foram de 107,7% para a gasolina, 92,1% para o diesel e de impressionantes 287,9% para o gás de cozinha. Neste mesmo período, a inflação foi de 25,4%, medida pelo IPCA/IBGE. Esses dados que a revista “Fórum” teve acesso fazem parte de estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP).

Nos postos de combustível, a alta acumulada da gasolina em cinco anos é de 74,%; do diesel, 68,2%; e do gás de cozinha, de 84,2%.

O Dieese aponta que com valores corrigidos pela inflação (IPCA/IBGE), o botijão de 13kg de gás de cozinha custava em média R$ 69,21 no Brasil, em outubro de 2016. O litro da gasolina era vendido a R$ 4,58 e o do diesel a R$ 3,76. Na semana passada, a média de revenda do botijão foi para R$ 101,96 (subiu 47% acima da inflação em cinco anos), o litro da gasolina alcançou R$ 6,36 (alta de 39%) e o do diesel R$ 4,98 (alta de 32%).

Enquanto os combustíveis saltaram, o salário mínimo não teve ganho real. Pelo contrário, variou abaixo da inflação, em 25%.

Durante o governo Bolsonaro, a tendência de aumentos reais nos preços dos combustíveis também fica evidente. Nas refinarias, as altas entre janeiro de 2019 e outubro de 2021 foram de 106,6% na gasolina, 81,4% no diesel e 100,5% no gás de cozinha. Nos postos de revenda, alta foi de 46,4% na gasolina, 46,3% no diesel e 47,3% no gás de cozinha. Nesse período, a inflação foi de 16,5% e o salário mínimo variou apenas 10,2%, perdendo ainda mais seu poder de compra.

Notícias Relacionadas

Ver tudo