Delegado da PF acusa parlamentares de bancada do crime e cita nomes

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O delegado da Polícia Federal e ex-superintendente da corporação no estado do Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou, nesta terça-feira (14), parlamentares governistas de serem “financiados por madeireiros”, durante entrevista ao canal pago GloboNews. Saraiva afirmou ser difícil conter crimes ambientais na região da Amazônia porque políticos influentes são apoiados por aqueles que cometem o desmatamento ilegal. Delegado […]

POR Redação SRzd15/06/2022|3 min de leitura

Delegado da PF acusa parlamentares de bancada do crime e cita nomes

Alexandre Saraiva. Foto: Reprodução da TV

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O delegado da Polícia Federal e ex-superintendente da corporação no estado do Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou, nesta terça-feira (14), parlamentares governistas de serem “financiados por madeireiros”, durante entrevista ao canal pago GloboNews.

Saraiva afirmou ser difícil conter crimes ambientais na região da Amazônia porque políticos influentes são apoiados por aqueles que cometem o desmatamento ilegal.

Saraiva fez referência à Operação Handroanthus, da PF, que apreendeu 213 mil metros cúbicos de madeira ilegal na divisa entre os estado do Amazonas e do Pará, no ano de 2020. Aquela investigação identificou desmatamento ilegal, grilagem de terra, fraude em escrituras de terras e exploração madeireira em áreas de preservação permanente.

O delegado, na época, acusou o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de não periciar o material corretamente. Foi demitido do cargo um dia após enviar uma notícia-crime ao STF, o Supremo Tribunal Federal, contra Salles. O ministério do Meio Ambiente rebateu Saraiva na ocasião dizendo que ele estava “em busca de holofotes”.

O que dizem os parlamentares citados por Saraiva

Em nota, a assessoria do senador por Roraima, Telmário Mota (PROS), informou que a notícia-crime apresentada pelo delegado é “absolutamente leviana e mentirosa, vinda de uma pessoa com clara intenção de autopromoção”.

A assessoria de Zequinha Marinho (PL), senador do Pará, também emitiu nota afirmando que “não compactua com atos criminosos. O senador não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for”, e completou: “O que o delegado da Polícia Federal no Amazonas afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia. Que fique claro, o senador – que é o representante legal dos paraenses – atendeu a um pedido da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) e da Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta), que reclamavam de arbitrariedades cometidas no âmbito da Operação Handroanthus”.

A deputada Federal pelo estado de São Paulo, Carla Zambelli (PL) disse que Saraiva é “um pré-candidato tentando criar manchete para aparecer. Será acionado judicialmente”.

O senador Mecias de Jesus (Republicanos), também de Roraima, não se manifestou, e Jorginho Mello (PL), senador por Santa Catarina, informou que não vai comentar o caso.

Leia também:

+ Lula comenta pedido de Bolsonaro a Biden para eleições: ‘Se humilhar demais’

+ Eleições 2022: Ciro Gomes promete fim da reeleição e de militares no governo

O delegado da Polícia Federal e ex-superintendente da corporação no estado do Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou, nesta terça-feira (14), parlamentares governistas de serem “financiados por madeireiros”, durante entrevista ao canal pago GloboNews.

Saraiva afirmou ser difícil conter crimes ambientais na região da Amazônia porque políticos influentes são apoiados por aqueles que cometem o desmatamento ilegal.

Saraiva fez referência à Operação Handroanthus, da PF, que apreendeu 213 mil metros cúbicos de madeira ilegal na divisa entre os estado do Amazonas e do Pará, no ano de 2020. Aquela investigação identificou desmatamento ilegal, grilagem de terra, fraude em escrituras de terras e exploração madeireira em áreas de preservação permanente.

O delegado, na época, acusou o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de não periciar o material corretamente. Foi demitido do cargo um dia após enviar uma notícia-crime ao STF, o Supremo Tribunal Federal, contra Salles. O ministério do Meio Ambiente rebateu Saraiva na ocasião dizendo que ele estava “em busca de holofotes”.

O que dizem os parlamentares citados por Saraiva

Em nota, a assessoria do senador por Roraima, Telmário Mota (PROS), informou que a notícia-crime apresentada pelo delegado é “absolutamente leviana e mentirosa, vinda de uma pessoa com clara intenção de autopromoção”.

A assessoria de Zequinha Marinho (PL), senador do Pará, também emitiu nota afirmando que “não compactua com atos criminosos. O senador não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for”, e completou: “O que o delegado da Polícia Federal no Amazonas afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia. Que fique claro, o senador – que é o representante legal dos paraenses – atendeu a um pedido da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) e da Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta), que reclamavam de arbitrariedades cometidas no âmbito da Operação Handroanthus”.

A deputada Federal pelo estado de São Paulo, Carla Zambelli (PL) disse que Saraiva é “um pré-candidato tentando criar manchete para aparecer. Será acionado judicialmente”.

O senador Mecias de Jesus (Republicanos), também de Roraima, não se manifestou, e Jorginho Mello (PL), senador por Santa Catarina, informou que não vai comentar o caso.

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