ECONOMIA: Brasil tem os juros reais mais altos do mundo

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Brasil é número um num ranking de 40 países.

POR Redação SRzd25/07/2006|3 min de leitura

ECONOMIA: Brasil tem os juros reais mais altos do mundo
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O Brasil é o campeão mundial no ranking de taxa de juros reais, segundo relatório da consultoria econômica Uptrend. O ranking, divulgado neste mês, classifica quarenta países segundo sua taxa de juros reais. A taxa brasileira está em 13,2% quando a média geral é de 1,5%. A Malásia está em segundo lugar com 9%, seguido da Cingapura (6,6%), México (5,2%) e Venezuela (4,6%). A Argentina está em último com uma taxa negativa de 4,7%.

A taxa de juros reais corresponde à taxa de juros básicos (Selic) menos a inflação. O Brasil também estava em primeiro na taxa de juros básicos, mas passou para terceiro lugar em julho. De acordo a Uptrend, a Turquia está em primeiro lugar com 17,25%, seguido pela Indonésia (15,76%), Brasil (14,75%), Venezuela (13,7%) e Rússia (11,5%).

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros. A Selic passou de 15,25% para 14,75% ao ano. O menor níivel anterior da taxa, de 15,25% ao ano, havia sido atingido no início de 2001.

Na ocasião, o professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, afirmou ao SRZD que ainda existe espaço para que o Copom promova nova redução na Selic. “Acredito que o Copom já avançou bastante e que pode avançar mais um pouquinho (até 14%). Depois disso, acho que virá uma parada técnica para esperar a reação da inflação, que demora alguns meses para reagir. Mais reduções – além dos 14% – só no próximo ano. Como a meta de inflação não foi alterada para 2007 e 2008, não são mais necessários novos apertos monetários, haverá assim espaço para novas reduções. O único empecilho para tal seria haver turbulências externas (altas de energia, commodities e, então, dos juros externos)”, afirmou o economista.

Para Geraldo Sant’Ana Barros, o consumidor ainda deverá demorar a ser beneficiado pela queda na taxa de juros: “está muito dificil vislumbrar quedas expressivas ao consumidor. O que vai continuar acontecendo são essas quedas minúsculas. Uma possibilidade é a de que quando a Selic cair significativamente, aumente a competição entre bancos por empréstimos ao consumidor. Até lá não veremos grandes mudanças”.

O Brasil é o campeão mundial no ranking de taxa de juros reais, segundo relatório da consultoria econômica Uptrend. O ranking, divulgado neste mês, classifica quarenta países segundo sua taxa de juros reais. A taxa brasileira está em 13,2% quando a média geral é de 1,5%. A Malásia está em segundo lugar com 9%, seguido da Cingapura (6,6%), México (5,2%) e Venezuela (4,6%). A Argentina está em último com uma taxa negativa de 4,7%.

A taxa de juros reais corresponde à taxa de juros básicos (Selic) menos a inflação. O Brasil também estava em primeiro na taxa de juros básicos, mas passou para terceiro lugar em julho. De acordo a Uptrend, a Turquia está em primeiro lugar com 17,25%, seguido pela Indonésia (15,76%), Brasil (14,75%), Venezuela (13,7%) e Rússia (11,5%).

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros. A Selic passou de 15,25% para 14,75% ao ano. O menor níivel anterior da taxa, de 15,25% ao ano, havia sido atingido no início de 2001.

Na ocasião, o professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, afirmou ao SRZD que ainda existe espaço para que o Copom promova nova redução na Selic. “Acredito que o Copom já avançou bastante e que pode avançar mais um pouquinho (até 14%). Depois disso, acho que virá uma parada técnica para esperar a reação da inflação, que demora alguns meses para reagir. Mais reduções – além dos 14% – só no próximo ano. Como a meta de inflação não foi alterada para 2007 e 2008, não são mais necessários novos apertos monetários, haverá assim espaço para novas reduções. O único empecilho para tal seria haver turbulências externas (altas de energia, commodities e, então, dos juros externos)”, afirmou o economista.

Para Geraldo Sant’Ana Barros, o consumidor ainda deverá demorar a ser beneficiado pela queda na taxa de juros: “está muito dificil vislumbrar quedas expressivas ao consumidor. O que vai continuar acontecendo são essas quedas minúsculas. Uma possibilidade é a de que quando a Selic cair significativamente, aumente a competição entre bancos por empréstimos ao consumidor. Até lá não veremos grandes mudanças”.

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