A autoridade do canal de Suez anunciou nesta semana a suspensão da navegação pela estratégica rota marítima que conecta o mar Vermelho ao Mediterrâneo.
A medida vale até que se consiga fazer flutuar o navio porta-contêineres Ever Given, que encalhou na terça-feira (23), no extremo sul dessa passagem.
O bloqueio, que pode durar semana, ameaça as cadeias de abastecimento do comércio mundial. Duas das maiores empresas de transporte de contêineres do mundo, a dinamarquesa Moller-Maersk e a alemã Hapag-Lloyd, estudam desviar seus navios pela rota africana,
O anúncio da suspensão veio logo após a retomada da operação de desencalhe da embarcação que, com seus 400 metros de extensão, mantém o tráfego bloqueado nas duas direções.
O tráfego marítimo diário através do canal de Suez é avaliado em U$ 9,6 bilhões ou R$ 54,5 bilhões, de acordo com a estimativa do Lloyd’s List Intelligence, especializada no setor.
O canal de Suez é uma via navegável artificial, no nível do mar, localizada no Egito, entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho. Inaugurado em 17 de novembro de 1869, após dez anos de construção, permite que navios viajem entre a Europa e a Ásia Meridional sem ter de navegar em torno de África, reduzindo assim a distância da travessia marítima entre o continente europeu e a Índia, em cerca de 7 mil quilômetros.