Morre a economista Maria da Conceição Tavares, referência do pensamento desenvolvimentista
Economia e polêmica. A economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado (8), em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, aos 94 anos. Uma referência do pensamento desenvolvimentista no país, sem papas na língua, polêmica e diversa, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração formou uma geração de economistas no país […]
POR Redação SRzd08/06/2024|2 min de leitura
Economia e polêmica. A economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado (8), em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, aos 94 anos.
Uma referência do pensamento desenvolvimentista no país, sem papas na língua, polêmica e diversa, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração formou uma geração de economistas no país que têm decidido o destino econômico do Brasil nas últimas décadas.
Tavares deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon, e o bisneto Théo. A família não divulgou a causa da morte.
O respeito pelo conhecimento da mais provocativa economista brasileira se soma ao carisma da professora da Unicamp e da UFRJ, que conseguia hipnotizar uma plateia de jovens, sempre com seu inseparável cigarro entre os dedos, entrantes na faculdade de Economia, por mais de uma hora, como na aula magna que lotou o auditório Pedro Calmon, no campus da UFRJ na Urca. Era 2009.
Em nota, o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, citou a contribuição da professora “para a construção do BNDES, instituição na qual ela entrou concursada em 1958”.
“Destaco também que Conceição ajudou na concepção e na implantação do Plano de Metas. Segundo Mercadante, o Brasil hoje perde “uma referência intelectual de integridade e de compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro.”
No período militar, chegou a ser presa. Era 1974 quando passou 48 horas nos porões do DOI-Codi, no Rio. Os enviados do então presidente Ernesto Geisel demoraram a encontrá-la. Foi vítima de uma briga de poder no regime entre Geisel e os aparelhos de repressão. Atuou nos governos do PMDB após a redemocratização e foi entusiasta apoiadora do campo progressista, além de deputada federal na década de 1990.
Economia e polêmica. A economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado (8), em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, aos 94 anos.
Uma referência do pensamento desenvolvimentista no país, sem papas na língua, polêmica e diversa, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração formou uma geração de economistas no país que têm decidido o destino econômico do Brasil nas últimas décadas.
Tavares deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon, e o bisneto Théo. A família não divulgou a causa da morte.
O respeito pelo conhecimento da mais provocativa economista brasileira se soma ao carisma da professora da Unicamp e da UFRJ, que conseguia hipnotizar uma plateia de jovens, sempre com seu inseparável cigarro entre os dedos, entrantes na faculdade de Economia, por mais de uma hora, como na aula magna que lotou o auditório Pedro Calmon, no campus da UFRJ na Urca. Era 2009.
Em nota, o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, citou a contribuição da professora “para a construção do BNDES, instituição na qual ela entrou concursada em 1958”.
“Destaco também que Conceição ajudou na concepção e na implantação do Plano de Metas. Segundo Mercadante, o Brasil hoje perde “uma referência intelectual de integridade e de compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro.”
No período militar, chegou a ser presa. Era 1974 quando passou 48 horas nos porões do DOI-Codi, no Rio. Os enviados do então presidente Ernesto Geisel demoraram a encontrá-la. Foi vítima de uma briga de poder no regime entre Geisel e os aparelhos de repressão. Atuou nos governos do PMDB após a redemocratização e foi entusiasta apoiadora do campo progressista, além de deputada federal na década de 1990.