Equipes operacionais da Defesa Civil, Comlurb, CET-Rio e Guarda Municipal entraram em ação desde a tarde desta terça-feira (20), por causa da forte chuva que caiu no Rio de Janeiro. Apesar do temporal, em todo o município não houve registro de desabamentos, feridos ou de pessoas desalojadas. Em apenas oito horas (das 15h45 às 23h59), […]
POR Redação SRzd21/06/2017|7 min de leitura
Equipes operacionais da Defesa Civil, Comlurb, CET-Rio e Guarda Municipal entraram em ação desde a tarde desta terça-feira (20), por causa da forte chuva que caiu no Rio de Janeiro. Apesar do temporal, em todo o município não houve registro de desabamentos, feridos ou de pessoas desalojadas. Em apenas oito horas (das 15h45 às 23h59), 11 estações pluviométricas registraram no Rio maior volume de chuva do que o esperado para todo o mês de junho.
Para o arquiteto e ex-presidente do CAU Sydnei Menezes, a conservação da infraestrutura deve ser permanente. “A infraestrutura urbana das cidades, especificamente dedicada à questão da drenagem, precisa ter um tratamento permanente, uma conservação permanente, para atender as demandas ocasionadas pelas chuvas”, disse ao SRzd.
“O mais importante na infraestrutura urbana das cidades são as ações preventivas. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, tem um Centro de Operações super moderno, eficiente nessa questão, que faz a previsão. Com a previsão, a cidade consegue se preparar e consegue responder às demandas”, completou o arquiteto.
Sydnei criticou ainda interrupções em obras por interesses eleitoreiros. “O Rio iniciou um processo de modernização que foi interrompido ainda na gestão anterior [Eduardo Paes]. Quando você interrompe obras de infraestrutura como essa dedicada a enchentes, dedicadas à preservação da infraestrutura urbana, acontece o que está acontecendo. E na arquitetura, no urbanismo, na engenharia, quando você retoma alguma coisa que foi interrompida, ela é lenta, ela é cara e não há previsão de solução breve”. O arquiteto exemplifica: “[A questão da Praça da Bandeira] melhorou, mas não resolveu, porque a obra total não foi concluída. Ainda no governo anterior, se interrompeu todo esse processo do projeto original, que criava os piscinões para fazer a retenção daquela água. Dos três piscinões, um foi feito. Falta dinheiro e falta fundamentalmente decisão política para fazer. Essas obras não dão votos, são enterradas, não aparece. Então, os governos geralmente da metade para o final dos seus mandatos não as executam, porque essas obras não têm retorno, segundo eles, político e eleitoral, o que é lamentável”.
Na opinião do arquiteto, o retorno das obras seria benéfico para a cidade por diferentes motivos. “Geraria emprego, tranquilidade para a população e tranquilidade para os governos, porque, ao enfrentar enchentes como essas, ele [prefeito] não teria situações críticas como vivemos na cidade”.
Para o vereador Alexandre Arraes (PSDB), há solução de baixo custo para evitar novos problemas com as fortes chuvas. “Altos índices pluviométricos e bairros totalmente alagados colocam em risco a integridade física do carioca e causam prejuízos incalculáveis para a cidade. Moradores do Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Catete, Tijuca e outros viveram o caos ontem [terça, 20]. Em relação aos bairros do Jardim Botânico, Gávea e entorno, há solução, de baixo custo, para evitar o caos, reduzindo os efeitos de chuvas torrenciais, que há anos afetam a rotina dos cariocas. Refiro-me a um trecho de uma grande obra de macrodrenagem, o túnel extravasor. Uma parte subterrânea deste túnel, com 1.450m de extensão, entre a Rua Marquês de São Vicente e o Costão do Vidigal já está perfurada e, caso seja colocada em operação (faltam apenas 200 metros para ser finalizada) poderá captar as águas excedentes que transbordam dos rios Rainha e Macacos e as despejarem no mar”, disse.
“Estou encaminhando requerimento de informação para saber da viabilidade técnica e financeira de conclusão deste trecho já iniciado. Precisamos fazer mais com menos dinheiro. A Prefeitura não tem recursos para realizar a obra completa, que tem de 7,5km a 9km de extensão, defendida há anos pelo Clube de Engenharia. Porém, poderia utilizar o tatuzão – contratado a peso de ouro, e que está parado por conta da falta de recursos para a construção da estação Gávea do Metrô – para finalizar as obras deste trecho do túnel extravasor. O Rio foi preparado para os Jogos Olímpicos e projetos essenciais para o dia a dia da cidade foram deixados de lado. O momento de agir chegou e as soluções não podem mais esperar”, completou o vereador.
Dos três piscinões, um foi feito. Falta dinheiro e falta fundamentalmente decisão política para fazer.
O Rio está em estágio de atenção desde 23h45 de segunda-feira (19), com as equipes de prontidão para acionamentos de emergência. Segundo o Sistema Alerta Rio, o dia 20 de junho de 2017 entra nas estatísticas de recorde do registro de chuva no Rio de Janeiro: o dia do mês de junho dos últimos 20 anos com o maior índice em uma estação pluviométrica (a do Alto da Boa Vista). Outro agravante foi a ocorrência de maré alta na noite de terça-feira, o que manteve o nível do mar acima de um metro até o início da madrugada, dificultando o escoamento da água.
A chuva forte atingiu, principalmente, bairros da Zona Sul, Centro e região da Tijuca/Maracanã. O maior problema foi alagamento de pistas em diversas vias de cerca de 15 bairros da cidade, como Jardim Botânico, Lagoa, Catete, Copacabana, Maracanã, Tijuca, Rio das Pedras e Santo Cristo. Houve três quedas de árvore, como na Rua Marquês de Abrantes próximo ao metrô do Flamengo.
Nas primeiras horas da chuva, mais de 200 guardas trabalharam nas ruas com foco no trânsito, com atenção especial nos locais mais atingidos pelas chuvas, como as avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa, na Lagoa, e a Avenida Engenheiro Souza Filho, em Rio das Pedras. A ação é mantida nesta quarta-feira, 21, com 210 GMs atuando no ordenamento do trânsito em áreas mais comprometidas, e outros 350 orientando a população em geral. O Centro de Controle Operacional (CCO) da Guarda acompanha as ações nas ruas com monitoramento contínuo 24 horas, em contato permanente com os comandantes das 33 unidades operacionais que funcionam em todas as regiões da cidade.
Das 19h de terça às 11h desta quarta, a Defesa Civil acionou 20 sirenes em nove comunidades e registrou 56 ocorrências, dez delas emergenciais. A mais relevante foi um deslizamento de barreira no Cosme Velho, que interditou parcialmente a Rua Cosme Velho, próximo à Estação de Trem do Corcovado.
O Rio foi preparado para os Jogos Olímpicos e projetos essenciais para o dia a dia da cidade foram deixados de lado.
A Comlurb atua desde a segunda-feira nas ruas da cidade para mitigar os impactos das fortes chuvas. Nesta quarta-feira, em ação intensificada nos bairros que receberam maior volume pluviométrico, a Comlurb atuou com 390 homens e 42 veículos. Os trabalhos foram concentrados em vias da Tijuca e da Lagoa, além de Barra da Tijuca, Itanhangá, Botafogo, Rio Comprido, Curicica e Maracanã. A operação especial Comlurb Sem Fronteiras faz parte de plano para atuar em situações de emergência quando ocorrem chuvas fortes, acidentes e demais intempéries na cidade. A ideia é utilizar os recursos das diferentes Diretorias da Comlurb, e assim mobilizar o efetivo, materiais, veículos e equipamentos necessários ao atendimento, ágil, adequado e eficiente até o restabelecimento das condições de normalidade. Baseados em informações fornecidas pelo Centro de Operações Rio, garis tem atuado com precisão na limpeza das bocas das caixas de ralo em pontos específicos a fim para eliminar bolsões d’água nas principais vias da cidade. Até o fim da manhã a companhia removeu 300 toneladas de lixo.
Equipes operacionais da Defesa Civil, Comlurb, CET-Rio e Guarda Municipal entraram em ação desde a tarde desta terça-feira (20), por causa da forte chuva que caiu no Rio de Janeiro. Apesar do temporal, em todo o município não houve registro de desabamentos, feridos ou de pessoas desalojadas. Em apenas oito horas (das 15h45 às 23h59), 11 estações pluviométricas registraram no Rio maior volume de chuva do que o esperado para todo o mês de junho.
Para o arquiteto e ex-presidente do CAU Sydnei Menezes, a conservação da infraestrutura deve ser permanente. “A infraestrutura urbana das cidades, especificamente dedicada à questão da drenagem, precisa ter um tratamento permanente, uma conservação permanente, para atender as demandas ocasionadas pelas chuvas”, disse ao SRzd.
“O mais importante na infraestrutura urbana das cidades são as ações preventivas. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, tem um Centro de Operações super moderno, eficiente nessa questão, que faz a previsão. Com a previsão, a cidade consegue se preparar e consegue responder às demandas”, completou o arquiteto.
Sydnei criticou ainda interrupções em obras por interesses eleitoreiros. “O Rio iniciou um processo de modernização que foi interrompido ainda na gestão anterior [Eduardo Paes]. Quando você interrompe obras de infraestrutura como essa dedicada a enchentes, dedicadas à preservação da infraestrutura urbana, acontece o que está acontecendo. E na arquitetura, no urbanismo, na engenharia, quando você retoma alguma coisa que foi interrompida, ela é lenta, ela é cara e não há previsão de solução breve”. O arquiteto exemplifica: “[A questão da Praça da Bandeira] melhorou, mas não resolveu, porque a obra total não foi concluída. Ainda no governo anterior, se interrompeu todo esse processo do projeto original, que criava os piscinões para fazer a retenção daquela água. Dos três piscinões, um foi feito. Falta dinheiro e falta fundamentalmente decisão política para fazer. Essas obras não dão votos, são enterradas, não aparece. Então, os governos geralmente da metade para o final dos seus mandatos não as executam, porque essas obras não têm retorno, segundo eles, político e eleitoral, o que é lamentável”.
Na opinião do arquiteto, o retorno das obras seria benéfico para a cidade por diferentes motivos. “Geraria emprego, tranquilidade para a população e tranquilidade para os governos, porque, ao enfrentar enchentes como essas, ele [prefeito] não teria situações críticas como vivemos na cidade”.
Para o vereador Alexandre Arraes (PSDB), há solução de baixo custo para evitar novos problemas com as fortes chuvas. “Altos índices pluviométricos e bairros totalmente alagados colocam em risco a integridade física do carioca e causam prejuízos incalculáveis para a cidade. Moradores do Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Catete, Tijuca e outros viveram o caos ontem [terça, 20]. Em relação aos bairros do Jardim Botânico, Gávea e entorno, há solução, de baixo custo, para evitar o caos, reduzindo os efeitos de chuvas torrenciais, que há anos afetam a rotina dos cariocas. Refiro-me a um trecho de uma grande obra de macrodrenagem, o túnel extravasor. Uma parte subterrânea deste túnel, com 1.450m de extensão, entre a Rua Marquês de São Vicente e o Costão do Vidigal já está perfurada e, caso seja colocada em operação (faltam apenas 200 metros para ser finalizada) poderá captar as águas excedentes que transbordam dos rios Rainha e Macacos e as despejarem no mar”, disse.
“Estou encaminhando requerimento de informação para saber da viabilidade técnica e financeira de conclusão deste trecho já iniciado. Precisamos fazer mais com menos dinheiro. A Prefeitura não tem recursos para realizar a obra completa, que tem de 7,5km a 9km de extensão, defendida há anos pelo Clube de Engenharia. Porém, poderia utilizar o tatuzão – contratado a peso de ouro, e que está parado por conta da falta de recursos para a construção da estação Gávea do Metrô – para finalizar as obras deste trecho do túnel extravasor. O Rio foi preparado para os Jogos Olímpicos e projetos essenciais para o dia a dia da cidade foram deixados de lado. O momento de agir chegou e as soluções não podem mais esperar”, completou o vereador.
Dos três piscinões, um foi feito. Falta dinheiro e falta fundamentalmente decisão política para fazer.
O Rio está em estágio de atenção desde 23h45 de segunda-feira (19), com as equipes de prontidão para acionamentos de emergência. Segundo o Sistema Alerta Rio, o dia 20 de junho de 2017 entra nas estatísticas de recorde do registro de chuva no Rio de Janeiro: o dia do mês de junho dos últimos 20 anos com o maior índice em uma estação pluviométrica (a do Alto da Boa Vista). Outro agravante foi a ocorrência de maré alta na noite de terça-feira, o que manteve o nível do mar acima de um metro até o início da madrugada, dificultando o escoamento da água.
A chuva forte atingiu, principalmente, bairros da Zona Sul, Centro e região da Tijuca/Maracanã. O maior problema foi alagamento de pistas em diversas vias de cerca de 15 bairros da cidade, como Jardim Botânico, Lagoa, Catete, Copacabana, Maracanã, Tijuca, Rio das Pedras e Santo Cristo. Houve três quedas de árvore, como na Rua Marquês de Abrantes próximo ao metrô do Flamengo.
Nas primeiras horas da chuva, mais de 200 guardas trabalharam nas ruas com foco no trânsito, com atenção especial nos locais mais atingidos pelas chuvas, como as avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa, na Lagoa, e a Avenida Engenheiro Souza Filho, em Rio das Pedras. A ação é mantida nesta quarta-feira, 21, com 210 GMs atuando no ordenamento do trânsito em áreas mais comprometidas, e outros 350 orientando a população em geral. O Centro de Controle Operacional (CCO) da Guarda acompanha as ações nas ruas com monitoramento contínuo 24 horas, em contato permanente com os comandantes das 33 unidades operacionais que funcionam em todas as regiões da cidade.
Das 19h de terça às 11h desta quarta, a Defesa Civil acionou 20 sirenes em nove comunidades e registrou 56 ocorrências, dez delas emergenciais. A mais relevante foi um deslizamento de barreira no Cosme Velho, que interditou parcialmente a Rua Cosme Velho, próximo à Estação de Trem do Corcovado.
O Rio foi preparado para os Jogos Olímpicos e projetos essenciais para o dia a dia da cidade foram deixados de lado.
A Comlurb atua desde a segunda-feira nas ruas da cidade para mitigar os impactos das fortes chuvas. Nesta quarta-feira, em ação intensificada nos bairros que receberam maior volume pluviométrico, a Comlurb atuou com 390 homens e 42 veículos. Os trabalhos foram concentrados em vias da Tijuca e da Lagoa, além de Barra da Tijuca, Itanhangá, Botafogo, Rio Comprido, Curicica e Maracanã. A operação especial Comlurb Sem Fronteiras faz parte de plano para atuar em situações de emergência quando ocorrem chuvas fortes, acidentes e demais intempéries na cidade. A ideia é utilizar os recursos das diferentes Diretorias da Comlurb, e assim mobilizar o efetivo, materiais, veículos e equipamentos necessários ao atendimento, ágil, adequado e eficiente até o restabelecimento das condições de normalidade. Baseados em informações fornecidas pelo Centro de Operações Rio, garis tem atuado com precisão na limpeza das bocas das caixas de ralo em pontos específicos a fim para eliminar bolsões d’água nas principais vias da cidade. Até o fim da manhã a companhia removeu 300 toneladas de lixo.