Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em 2002, Suzane von Richthofen representa “risco potencial à sociedade” por ter “dificuldade de avaliar o resultado dos próprios atos”, de acordo com exame psicológico solicitado pelo Ministério Público de São Paulo.
Narcisista, egocêntrica, infantil, vazia, simplista, imatura e incapaz de autocrítica. Este é o perfil do mais recente teste de Rorschach – conhecido popularmente como teste do borrão de tinta.
O exame consegue captar elementos e traços da personalidade profundos dos pacientes analisados e serve para identificar, por exemplo, se o detento está apto a retornar ao convívio em sociedade.
A detenta pleiteia o regime aberto há quase um ano. A defesa dela, representada pela Defensoria Pública, sinaliza que ela já cumpriu o lapso temporal de prisão para ter direito ao benefício. Suzane já cumpriu mais de um sexto da pena, que é o tempo necessário à progressão. Condenada a 39 anos de prisão, ela já está presa há 16. Ela é avaliada pelo sistema prisional como sendo uma detenta com “ótimo” comportamento. O processo de Suzane, presa em Tremembé, em São Paulo, está em segredo de Justiça.
Não há prazo para que a juíza Vânia Regina da Cunha decida de Suzane cumprirá a metade restante da sentença em liberdade. O que daria a ela direito de trabalhar, ficar em casa à noite e nos dias de folga.