Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, afirmou que os procedimentos relativos à posse de Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá no próximo domingo (1), serão reavaliados.
A declaração foi dada após a prisão de um homem suspeito de tentar acionar um explosivo em caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília.
Em publicação feita no Twitter, Dino garantiu que a posse ocorrerá em paz, mas visando o fortalecimento da segurança, todos os procedimentos serão reavaliados.
“A posse do presidente Lula ocorrerá em paz. Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá”, postou.
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De acordo com o futuro ministro, tanto os horários e as programações dos shows quanto o trajeto de Lula na Esplanada dos Ministérios poderão ser mudados: “Estamos em outro patamar, de terrorismo”, alertou.
Para Dino, a ação deste domingo (25) foi um ato terrorista e chamou os acampamentos bolsonaristas nos quartéis de “incubadora de terroristas”. Segundo a Polícia Civil, o suspeito detido, George Washington, fazia parte do QG de apoio ao presidente Jair Bolsonaro na capital federal.
O senador eleito também afirmou que estuda a criação de um grupo antiterrorismo junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho Nacional do Ministério Público.
“Irei propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas.
“Queria o caos”
O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Coimbra, afirmou, em coletiva de imprensa, que o suspeito assumiu querer ter cometido o crime para causar “um caos” na região do aeroporto de Brasília. Segundo Coimbra, o homem afirmou que o objetivo era chamar a atenção da população para os movimentos bolsonaristas.
“Ele confessou que realmente tinha intenção de fazer um crime lá no aeroporto, que seria destruir um poste, uma coisa nesse sentido, para causar o caos, né? O objetivo dele era chamar a atenção justamente para o movimento que eles estão empenhados”, declarou o diretor-geral.
Além da Polícia Civil do DF, a Polícia Federal deve participar das investigações. Flávio Dino solicitou ao futuro diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para acompanhar o caso e os desdobramentos das mobilizações bolsonaristas.