Ministro Gilmar Mendes, do Supremo, bate de frente com o procurador Deltan Dellagnol

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes está irritado com a forma de tratamento dispensada aos tribunais superiores pelo procurador Deltan Dellagnol, do Paraná. Gilmar criticou nesta terça-feira(2) o anúncio do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba de nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato justamente no dia que o […]

POR Redação SRzd03/05/2017|2 min de leitura

Ministro Gilmar Mendes, do Supremo, bate de frente com o procurador Deltan Dellagnol

Gilmar Mendes e Deltan Dellagnol. Foto: Montagem/Divulgação

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes está irritado com a forma de tratamento dispensada aos tribunais superiores pelo procurador Deltan Dellagnol, do Paraná. Gilmar criticou nesta terça-feira(2) o anúncio do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba de nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato justamente no dia que o STF se reuniria para decidir os destinos do ex-ministro da Casa Civil.

Durante o julgamento em que a Segunda Turma do tribunal garantiu liberdade a Dirceu, Mendes disse que não cabe a procurador da República pressionar a Corte e classificou a apresentação da denúncia de “quase uma brincadeira juvenil”.

Ontem pela manhã (2), a força-tarefa de procuradores da Lava Jato no Paraná, chefiada pelo procurador Deltan Dellagnol, apresentou nova denúncia contra o ex-ministro, na qual acusa Dirceu de receber R$ 2,4 milhões em propina. Durante entrevista coletiva, os procuradores citaram fatos que poderiam justificar a permanência de Dirceu na prisão.

Há pessoas que têm compreensão equivocada do seu papel(Deltan Dellagnol). Não cabe a procurador da República pressionar, como não cabe a ninguém pressionar o Supremo Tribunal Federal, seja pela forma que quiser. É preciso respeitar as linhas básicas do Estado de Direito. Quando quebramos isso, estamos semeando o embrião do viés autoritário.

Ao comentar o caso, Gilmar Mendes disse que, se a Corte fosse ceder à pressão do MPF, deixaria de ser Supremo, a última instância do Judiciário. “Creio que hoje o Tribunal está dando uma lição ao Brasil. Há pessoas que têm compreensão equivocada do seu papel. Não cabe a procurador da República pressionar, como não cabe a ninguém pressionar o Supremo Tribunal Federal, seja pela forma que quiser. É preciso respeitar as linhas básicas do Estado de Direito. Quando quebramos isso, estamos semeando o embrião do viés autoritário.”

No julgamento, por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF aceitou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Dirceu e reconheceu que há excesso de prazo na prisão preventiva, que chega a quase dois anos.

Com Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes está irritado com a forma de tratamento dispensada aos tribunais superiores pelo procurador Deltan Dellagnol, do Paraná. Gilmar criticou nesta terça-feira(2) o anúncio do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba de nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato justamente no dia que o STF se reuniria para decidir os destinos do ex-ministro da Casa Civil.

Durante o julgamento em que a Segunda Turma do tribunal garantiu liberdade a Dirceu, Mendes disse que não cabe a procurador da República pressionar a Corte e classificou a apresentação da denúncia de “quase uma brincadeira juvenil”.

Ontem pela manhã (2), a força-tarefa de procuradores da Lava Jato no Paraná, chefiada pelo procurador Deltan Dellagnol, apresentou nova denúncia contra o ex-ministro, na qual acusa Dirceu de receber R$ 2,4 milhões em propina. Durante entrevista coletiva, os procuradores citaram fatos que poderiam justificar a permanência de Dirceu na prisão.

Há pessoas que têm compreensão equivocada do seu papel(Deltan Dellagnol). Não cabe a procurador da República pressionar, como não cabe a ninguém pressionar o Supremo Tribunal Federal, seja pela forma que quiser. É preciso respeitar as linhas básicas do Estado de Direito. Quando quebramos isso, estamos semeando o embrião do viés autoritário.

Ao comentar o caso, Gilmar Mendes disse que, se a Corte fosse ceder à pressão do MPF, deixaria de ser Supremo, a última instância do Judiciário. “Creio que hoje o Tribunal está dando uma lição ao Brasil. Há pessoas que têm compreensão equivocada do seu papel. Não cabe a procurador da República pressionar, como não cabe a ninguém pressionar o Supremo Tribunal Federal, seja pela forma que quiser. É preciso respeitar as linhas básicas do Estado de Direito. Quando quebramos isso, estamos semeando o embrião do viés autoritário.”

No julgamento, por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF aceitou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Dirceu e reconheceu que há excesso de prazo na prisão preventiva, que chega a quase dois anos.

Com Agência Brasil

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