O valor do novo programa social que o governo vai criar deve ficar entre R$ 200 e R$ 250 no ano que vem. Foi o que sinalizou em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, no “Jornal Gente”, o futuro relator do Orçamento.
O senador Marcio Bittar, aliado de Jair Bolsonaro, recebeu sinal verde do presidente para propor o benefício. Ele disse estar empenhado em apresentar o formato do programa até dezembro.
“Mesmo que a gente comece com R$ 200 ou R$ 250 e apontando para melhorar o que é mais importante é que esses brasileiros não virem o ano na insegurança. Meu empenho é esse. É para que a gente apresente o programa, aprove no Congresso Nacional e institua isso para que as pessoas tenham o mínimo de segurança”, disse Bittar.
Ele ainda ressaltou que o novo programa terá o valor acima pago pelo Bolsa Família. “A conta é muito apertada, mas o que quero acima de tudo é criar o programa antes do ano terminar”, destacou.
O Orçamento do Brasil para 2021 deve chegar a R$ 3,5 trilhões, mas o problema é quase todo já está comprometido. Ainda faltam R$ 30 bilhões para o novo programa social, observa o senador.
“Você faz a conta vou colocar 20 milhões de brasileiros a 300 [reais] são R$ 60 bi por ano. Embora o orçamento seja de R$ 3,5 trilhões só que quando você vai tirando o que sobra de discricionário, o que o governo pode dizer que vai gastar, são R$ 100 milhões, fora o valor do Bolsa Família. A conta não é fácil”, explicou.
Marcio Bittar defende que o novo programa deixe de se chamar “Bolsa Família”. O senador também acha que o governo deveria usar a marca “Renda Brasil”, embora Bolsonaro tenha desistido da ideia. Segundo ele, um dos diferenciais do novo benefício será a criação de estímulos para que as pessoas não se acomodem e busquem emprego.