Após a Justiça Federal do Amazonas suspender a realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para este domingo (17), a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu nesta quinta-feira (14) da decisão.
A AGU afirmou no recurso que a suspensão causa dano irreparável aos estudantes do estado do Amazonas.
Na decisão liminar foi concedida nesta quarta-feira (13), o juiz federal José Ricardo de Sales cita que o surto de casos da Covid-19 que acomete o Amazonas, e ainda determina que o governo do estado não permita o acesso às escolas públicas para realização da prova, também com multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Devido ao colapso no sistema de saúde local, o governador Wilson Lima afirmou nesta quinta-feira (14), que 235 pacientes serão transferidos em aviões para os estados de Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte, para receberem atendimento médico.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse na terça-feira (12) que o Enem não será adiado, como pediram entidades estudantis em virtude do aumento de casos de Covid-19 no Brasil. Segundo ele, uma “minoria barulhenta” é que deseja a remarcação da prova.
“Uma minoria, barulhenta, mas minoria. Neste ano, colocamos muito mais recursos para alugarmos mais salas, para haver o distanciamento preconizado pelas autoridades sanitárias”, afirmou Ribeiro.
A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) pediram o adiamento da prova, assim como a Defensoria Pública da União.