Biden manda representante para apurar desaparecimento de indigenista e jornalista inglês

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O indigenista brasileiro Bruno Araújo e o jornalista inglês Dom Phillips estão desaparecidos desde o último domingo (5) no Vale do Javari, no Amazonas. De acordo com União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, o jornalista, que é correspondente do The Guardian, seguia para uma localidade conhecida como Lago do Jaburu acompanhado de Bruno para […]

POR Redação SRzd08/06/2022|3 min de leitura

Biden manda representante para apurar desaparecimento de indigenista e jornalista inglês

O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira. Foto: Reprodução da Internet

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O indigenista brasileiro Bruno Araújo e o jornalista inglês Dom Phillips estão desaparecidos desde o último domingo (5) no Vale do Javari, no Amazonas.

De acordo com União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, o jornalista, que é correspondente do The Guardian, seguia para uma localidade conhecida como Lago do Jaburu acompanhado de Bruno para entrevistar indígenas. Há informações de que o indigenista sofria ameaças de madeireiros e garimpeiros que tentam invadir a região.

Em nota divulgada na última segunda-feira entidades informam que os dois desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e Atalaia do Norte. A dupla havia partido para a região do Lago do Jaburu para visitar uma equipe de Vigilância Indígena. O local é próximo a Base de Vigilância da Fundação Nacional do Índio, no rio Ituí.

Eles chegaram ao destino na noite de sexta-feira passada e o retorno estava marcado para a manhã de domingo. Porém, antes eles pararam em São Rafael para uma reunião com um membro do local para tratar assuntos de trabalho e vigilância na região.

Moradores da comunidade afirmam que a última vez que eles foram vistos foi no barco que passava em direção a Atalaia do Norte. Segundo o comunicado, Bruno conhece bem a região já que foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia por anos.

“Pelo que consta nas informações trocadas, via Dispositivo de Comunicação Satelital, eles chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h, onde conversaram com a esposa do Churrasco, visto que este não estava na comunidade e depois partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas. Assim, deveriam ter chegado por volta de 8h, 9h na cidade, o que não ocorreu”, informou a nota das associações indígenas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou um representante para buscar respostas a respeito do desaparecimento do indigenista e do jornalista. John Kerry já declarou que irá se comprometer na investigação e resolução do caso. Sian, irmã do jornalista, solicitou aos governos do Reino Unido e dos EUA que pressionem o governo brasileiro.

Aventura não recomendável

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), comentou o caso nesta terça e afirmou que Bruno e Phillips entraram em uma “uma aventura que não é recomendável que se faça”. Ainda de acordo com Bolsonaro, existem algumas hipóteses do que pode ter acontecido.

Tudo pode acontecer, pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados, tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco“, disse ele em entrevista concedida ao SBT News.

Ainda nesta semana, Bolsonaro encontrará pela primeira vez com o presidente americano. O encontro está previsto para acontecer na nona edição da Cúpula das Américas, em Los Angeles.

Leia também:

+ No Dia da Liberdade de Imprensa, Bolsonaro ataca Folha e Globo; ‘Fecha’

+ Marcelo Queiroga chama médicos de ‘falsos profetas’ e ‘anticristos’

O indigenista brasileiro Bruno Araújo e o jornalista inglês Dom Phillips estão desaparecidos desde o último domingo (5) no Vale do Javari, no Amazonas.

De acordo com União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, o jornalista, que é correspondente do The Guardian, seguia para uma localidade conhecida como Lago do Jaburu acompanhado de Bruno para entrevistar indígenas. Há informações de que o indigenista sofria ameaças de madeireiros e garimpeiros que tentam invadir a região.

Em nota divulgada na última segunda-feira entidades informam que os dois desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e Atalaia do Norte. A dupla havia partido para a região do Lago do Jaburu para visitar uma equipe de Vigilância Indígena. O local é próximo a Base de Vigilância da Fundação Nacional do Índio, no rio Ituí.

Eles chegaram ao destino na noite de sexta-feira passada e o retorno estava marcado para a manhã de domingo. Porém, antes eles pararam em São Rafael para uma reunião com um membro do local para tratar assuntos de trabalho e vigilância na região.

Moradores da comunidade afirmam que a última vez que eles foram vistos foi no barco que passava em direção a Atalaia do Norte. Segundo o comunicado, Bruno conhece bem a região já que foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia por anos.

“Pelo que consta nas informações trocadas, via Dispositivo de Comunicação Satelital, eles chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h, onde conversaram com a esposa do Churrasco, visto que este não estava na comunidade e depois partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas. Assim, deveriam ter chegado por volta de 8h, 9h na cidade, o que não ocorreu”, informou a nota das associações indígenas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou um representante para buscar respostas a respeito do desaparecimento do indigenista e do jornalista. John Kerry já declarou que irá se comprometer na investigação e resolução do caso. Sian, irmã do jornalista, solicitou aos governos do Reino Unido e dos EUA que pressionem o governo brasileiro.

Aventura não recomendável

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), comentou o caso nesta terça e afirmou que Bruno e Phillips entraram em uma “uma aventura que não é recomendável que se faça”. Ainda de acordo com Bolsonaro, existem algumas hipóteses do que pode ter acontecido.

Tudo pode acontecer, pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados, tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco“, disse ele em entrevista concedida ao SBT News.

Ainda nesta semana, Bolsonaro encontrará pela primeira vez com o presidente americano. O encontro está previsto para acontecer na nona edição da Cúpula das Américas, em Los Angeles.

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