Justiça decide manter Nuzman preso por tempo indeterminado

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O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou o pedido do Ministério Público Federal e converteu, nesta segunda-feira (9), a prisão temporária do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, em prisão preventiva – por tempo indeterminado. Nuzman está preso desde a última quinta-feira (5), assim como o […]

POR Redação SRzd09/10/2017|3 min de leitura

Justiça decide manter Nuzman preso por tempo indeterminado

Carlos Arthur Nuzman. Foto: Divulgação

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O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou o pedido do Ministério Público Federal e converteu, nesta segunda-feira (9), a prisão temporária do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, em prisão preventiva – por tempo indeterminado.

Nuzman está preso desde a última quinta-feira (5), assim como o ex-diretor de Marketing e Comunicação da entidade, Leonardo Gryner.

Em sua decisão, o juiz destacou que, “com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar mais claramente a participação do investigado no suposto esquema criminoso de compra de votos na escolha do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos 2016”.

Em seguida, afirmou que: “O investigado CARLOS NUZMAN, ao que parece, já começou a adotar as medidas sugeridas, com aparente intuito de ocultar bens e direitos ilicitamente auferidos”.

Bretas destacou ainda que foram apreendidos documentos, datados de 29/09/2017, “‘após a deflagração da Operação Unfair Play, em que CARLOS NUZMAN informa a funcionários do Comitê que foi aprovado em reunião o contrato de prestação de serviços advocatícios com o escritório Nélio Machado Advogados, e que o pagamento da quantia contratada de R$ 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos mil reais) estaria ‘autorizado e deve ser realizado e efetivado'”.

Para o juiz, “tal documentação demonstra o poder que CARLOS NUZMAN ainda exerce junto ao Comitê Olímpico Brasileiro bastando um e-mail seu para que fosse efetivado o pagamento da cifra de R$ 5.500.000,00 para prestação de serviços advocatícios, antes mesmo da sua aprovação em reunião do Comitê”.

“Além que, ao que parece, CARLOS NUZMAN estaria utilizando recursos do Comitê Olímpico Brasileiro – COB para fazer face a despesas pessoais, já que o advogado Nélio Machado o representa pessoalmente nos processos criminais em curso neste Juízo”, ressaltou Bretas.

“Em se confirmando as suspeitas inicialmente apresentadas, as quais seriam suportadas pelo conjunto probatório apresentado em justificação para as graves medidas cautelares requeridas, estaremos diante de graves delitos de organização criminosa e de lavagem ou ocultação de ativos”, completou o magistrado.

O ex-diretor de Marketing e Comunicação da entidade, Leonardo Gryner, que também estava atrás das grades temporariamente teve sua prisão prorrogada por mais cinco dias.

Sobre Gryner, Bretas destacou que existe “ainda grande quantidade de informações contidas em documentos e aparelho celular pendentes de análise” e alertou para a “possibilidade de o investigado exercer o seu poder de influência em detrimento do andamento das investigações”.

Afastamento

Carlos Nuzman comunicou seu fastamento do cargo na sexta-feira (6) passada. O comunicado será analisado em assembleia geral extraordinária marcada para quarta-feira (11), às 14h30, na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Na carta encaminhada ao COB o dirigente aponta que vai provar a sua inocência no envolvimento das investigações e que não poderia deixar “o esporte olímpico brasileiro, seus dirigentes e, especialmente, os atletas, serem atingidos, por qualquer forma, pelos acontecimentos e investigações que me envolvem injustamente”.

 

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou o pedido do Ministério Público Federal e converteu, nesta segunda-feira (9), a prisão temporária do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, em prisão preventiva – por tempo indeterminado.

Nuzman está preso desde a última quinta-feira (5), assim como o ex-diretor de Marketing e Comunicação da entidade, Leonardo Gryner.

Em sua decisão, o juiz destacou que, “com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar mais claramente a participação do investigado no suposto esquema criminoso de compra de votos na escolha do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos 2016”.

Em seguida, afirmou que: “O investigado CARLOS NUZMAN, ao que parece, já começou a adotar as medidas sugeridas, com aparente intuito de ocultar bens e direitos ilicitamente auferidos”.

Bretas destacou ainda que foram apreendidos documentos, datados de 29/09/2017, “‘após a deflagração da Operação Unfair Play, em que CARLOS NUZMAN informa a funcionários do Comitê que foi aprovado em reunião o contrato de prestação de serviços advocatícios com o escritório Nélio Machado Advogados, e que o pagamento da quantia contratada de R$ 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos mil reais) estaria ‘autorizado e deve ser realizado e efetivado'”.

Para o juiz, “tal documentação demonstra o poder que CARLOS NUZMAN ainda exerce junto ao Comitê Olímpico Brasileiro bastando um e-mail seu para que fosse efetivado o pagamento da cifra de R$ 5.500.000,00 para prestação de serviços advocatícios, antes mesmo da sua aprovação em reunião do Comitê”.

“Além que, ao que parece, CARLOS NUZMAN estaria utilizando recursos do Comitê Olímpico Brasileiro – COB para fazer face a despesas pessoais, já que o advogado Nélio Machado o representa pessoalmente nos processos criminais em curso neste Juízo”, ressaltou Bretas.

“Em se confirmando as suspeitas inicialmente apresentadas, as quais seriam suportadas pelo conjunto probatório apresentado em justificação para as graves medidas cautelares requeridas, estaremos diante de graves delitos de organização criminosa e de lavagem ou ocultação de ativos”, completou o magistrado.

O ex-diretor de Marketing e Comunicação da entidade, Leonardo Gryner, que também estava atrás das grades temporariamente teve sua prisão prorrogada por mais cinco dias.

Sobre Gryner, Bretas destacou que existe “ainda grande quantidade de informações contidas em documentos e aparelho celular pendentes de análise” e alertou para a “possibilidade de o investigado exercer o seu poder de influência em detrimento do andamento das investigações”.

Afastamento

Carlos Nuzman comunicou seu fastamento do cargo na sexta-feira (6) passada. O comunicado será analisado em assembleia geral extraordinária marcada para quarta-feira (11), às 14h30, na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Na carta encaminhada ao COB o dirigente aponta que vai provar a sua inocência no envolvimento das investigações e que não poderia deixar “o esporte olímpico brasileiro, seus dirigentes e, especialmente, os atletas, serem atingidos, por qualquer forma, pelos acontecimentos e investigações que me envolvem injustamente”.

 

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