A imunologista Nise Yamaguchi presta depoimento para os senadores membros da CPI da Covid-19 nesta terça-feira (1). Entre os assuntos abordados pelos parlamentares, destacam-se a possível participação da médica no “Ministério Paralelo” da Saúde e sua provável atuação para que a bula da cloroquina fosse alterada para que o farmaco pudesse ser prescrito como uma medicação contra o novo Coronavírus.
Cotada para assumir a pasta da Saúde no ano passado, Yamaguchi é figura conhecida no Planalto por auxiliar os governistas na aquisição de estudos e movimentos técnicos relacionado a possíveis “protocolos de tratamento precoce” em combate a Covid-19.
Há quem defenda que o “Ministério Paralelo” de assessoramento do presidente foi criado por seu ex-assessor Arthur Weintraub. Porém, Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em depoimento para a CPI no dia 11 de maio, relatou aos senadores que Nise esteve presente em diversas reunião que tratavam da pandemia e, inclusive, apoiou a alteração na bula da cloroquina.
Segundo Barra Torres, a médica parecia “mobilizada”. Yamaguchi se defende e diz que o executivo da Anvisa não fala a verdade.