MP investiga se bebê foi velada viva em Santa Catarina

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Intrigante. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a apuração das circunstâncias da morte de uma bebê de oito meses que apresentou sinais vitais durante o próprio velório, no último sábado (19). A medida visa verificar se, em algum momento, houve negligência em relação à vida da criança por parte dos médicos ou familiares. […]

POR Redação SRzd21/10/2024|6 min de leitura

MP investiga se bebê foi velada viva em Santa Catarina

Mão de bebê. Foto: Pikist

| Siga-nos Google News

Intrigante. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a apuração das circunstâncias da morte de uma bebê de oito meses que apresentou sinais vitais durante o próprio velório, no último sábado (19).

A medida visa verificar se, em algum momento, houve negligência em relação à vida da criança por parte dos médicos ou familiares.

O caso aconteceu na cidade de Correia Pinto, em Santa Catarina. O hospital do município serrano atestou a morte da pequena e liberou o corpo para o velório.

Durante a cerimônia, no entanto, familiares teriam notado que a temperatura corporal da criança se mantinha e que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.

A bebê foi levada novamente pelos bombeiros ao hospital, onde foi realizado um eletrocardiograma.

Após o resultado do exame, a direção declarou, mais uma vez, que não foram constatados batimentos cardíacos, confirmando o óbito.

O que aconteceu no velório

Segundo o MPSC, durante a cerimônia, familiares notaram que a temperatura corporal da criança se mantinha e que não havia rigidez no corpo, além de terem tido a sensação de que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.

Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram chamados, e teriam constatado, por meio de oxímetro infantil e estetoscópio, que havia saturação e batimentos cardíacos fracos, além de pupilas contraídas, de acordo com o MPSC. Com esses sinais, a criança foi levada ao hospital.

O que disse a família

Cristiano Santos, pai da menina, disse ao G1: “A gente já estava, digamos, bastante transtornados. Aí, surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso”.

O pai relatou que a criança passou mal na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital. O médico teria diagnosticado uma virose, aplicado soro, receitado medicamentos e liberado a bebê.

A criança voltou a passar mal na madrugada de sábado (19) e foi levada ao hospital, onde o mesmo médico atestou o óbito por volta das 3h da manhã.

As informações contidas na declaração de óbito, contudo, seriam divergentes das repassadas à família.

O médico teria informado que a causa da morte seria asfixia por vômito, enquanto, na declaração de óbito, constava desidratação e infecção intestinal bacteriana.

+ assista ao vídeo:

O que diz a funerária

Áureo Arruda Ramos, proprietário da Funerária São José, disse ao G1 que orientou a família a chamar os bombeiros ou algum médico do hospital que fez a declaração de óbito da criança.

Ele informou que o processo de recebimento e transporte do corpo aconteceu dentro da normalidade.

O responsável pela funerária disse ao UOL que foi chamado até o velório após relatarem que a criança mexeu a mão. Ao chegar lá, Ramos acompanhou o trabalho dos bombeiros e notou que havia saturação de oxigênio.

Bombeiros

Em nota, o Corpo de Bombeiros explica que “embora apresentasse algum nível de saturação por oxigênio e leve contração nas mãos”, não foi detectada atividade elétrica no coração, ou seja, ela não tinha mais ritmo ou frequência cardíaca.

A instituição ainda afirmou que, embora as pernas não estivessem rígidas, a bebê já apresentava rigidez nos membros superiores e não apresentava perfusão sanguínea nas extremidades ao pressionar o dedo, por exemplo.

Hospital

A menina foi atendida na Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli. De acordo com o município, inicialmente a bebê deu entrada no hospital por volta das 3h de sábado.

Porém, por volta das 19h, a criança foi novamente levada ao hospital, desta vez pelos bombeiros, com relato de sinais de saturação de oxigênio.

“A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito”,  informaram em nota.

Diante da situação, a diretoria do hospital chamou a Polícia Científica, que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

Leia a nota da prefeitura:

A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a familia de Kiara Crislayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança.

Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito.

Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade.

Ministério Público de Santa Catarina

O Ministério pediu prioridade na realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito e pediu o prontuário médico da menina e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos bombeiros e dos envolvidos que atenderam o caso.

Rodapé - brasil

Intrigante. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a apuração das circunstâncias da morte de uma bebê de oito meses que apresentou sinais vitais durante o próprio velório, no último sábado (19).

A medida visa verificar se, em algum momento, houve negligência em relação à vida da criança por parte dos médicos ou familiares.

O caso aconteceu na cidade de Correia Pinto, em Santa Catarina. O hospital do município serrano atestou a morte da pequena e liberou o corpo para o velório.

Durante a cerimônia, no entanto, familiares teriam notado que a temperatura corporal da criança se mantinha e que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.

A bebê foi levada novamente pelos bombeiros ao hospital, onde foi realizado um eletrocardiograma.

Após o resultado do exame, a direção declarou, mais uma vez, que não foram constatados batimentos cardíacos, confirmando o óbito.

O que aconteceu no velório

Segundo o MPSC, durante a cerimônia, familiares notaram que a temperatura corporal da criança se mantinha e que não havia rigidez no corpo, além de terem tido a sensação de que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.

Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram chamados, e teriam constatado, por meio de oxímetro infantil e estetoscópio, que havia saturação e batimentos cardíacos fracos, além de pupilas contraídas, de acordo com o MPSC. Com esses sinais, a criança foi levada ao hospital.

O que disse a família

Cristiano Santos, pai da menina, disse ao G1: “A gente já estava, digamos, bastante transtornados. Aí, surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso”.

O pai relatou que a criança passou mal na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital. O médico teria diagnosticado uma virose, aplicado soro, receitado medicamentos e liberado a bebê.

A criança voltou a passar mal na madrugada de sábado (19) e foi levada ao hospital, onde o mesmo médico atestou o óbito por volta das 3h da manhã.

As informações contidas na declaração de óbito, contudo, seriam divergentes das repassadas à família.

O médico teria informado que a causa da morte seria asfixia por vômito, enquanto, na declaração de óbito, constava desidratação e infecção intestinal bacteriana.

+ assista ao vídeo:

O que diz a funerária

Áureo Arruda Ramos, proprietário da Funerária São José, disse ao G1 que orientou a família a chamar os bombeiros ou algum médico do hospital que fez a declaração de óbito da criança.

Ele informou que o processo de recebimento e transporte do corpo aconteceu dentro da normalidade.

O responsável pela funerária disse ao UOL que foi chamado até o velório após relatarem que a criança mexeu a mão. Ao chegar lá, Ramos acompanhou o trabalho dos bombeiros e notou que havia saturação de oxigênio.

Bombeiros

Em nota, o Corpo de Bombeiros explica que “embora apresentasse algum nível de saturação por oxigênio e leve contração nas mãos”, não foi detectada atividade elétrica no coração, ou seja, ela não tinha mais ritmo ou frequência cardíaca.

A instituição ainda afirmou que, embora as pernas não estivessem rígidas, a bebê já apresentava rigidez nos membros superiores e não apresentava perfusão sanguínea nas extremidades ao pressionar o dedo, por exemplo.

Hospital

A menina foi atendida na Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli. De acordo com o município, inicialmente a bebê deu entrada no hospital por volta das 3h de sábado.

Porém, por volta das 19h, a criança foi novamente levada ao hospital, desta vez pelos bombeiros, com relato de sinais de saturação de oxigênio.

“A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito”,  informaram em nota.

Diante da situação, a diretoria do hospital chamou a Polícia Científica, que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

Leia a nota da prefeitura:

A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a familia de Kiara Crislayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança.

Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito.

Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade.

Ministério Público de Santa Catarina

O Ministério pediu prioridade na realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito e pediu o prontuário médico da menina e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos bombeiros e dos envolvidos que atenderam o caso.

Rodapé - brasil

Notícias Relacionadas

Ver tudo