Em nota, instituições criticam ‘crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos’

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Instituições brasileiras de destaque nos campos sociais e do Direito publicaram um documento no qual criticam “crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos” ao longo das eleições de 2018. O documento foi assinado na última sexta-feira (19) em Brasília. As entidades afirmam repudiar manifestações de ódio e violência, e reiteram a “necessidade de preservação de […]

POR Redação SRzd24/10/2018|4 min de leitura

Em nota, instituições criticam ‘crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos’

Constituição Brasileira de 1988. Foto: Reprodução

| Siga-nos Google News

Instituições brasileiras de destaque nos campos sociais e do Direito publicaram um documento no qual criticam “crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos” ao longo das eleições de 2018. O documento foi assinado na última sexta-feira (19) em Brasília.

As entidades afirmam repudiar manifestações de ódio e violência, e reiteram a “necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático”. No final da carta, elas declaram que “não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas”.

Assinam o documento representantes das tais instituições: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT); Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Leia a nota na íntegra:

As entidades signatárias abaixo nominadas, representativas da sociedade civil organizada, no campo do Direito e das instituições sociais, por seus respectivos Representantes, ao largo de quaisquer cores partidárias ou correntes ideológicas, considerando os inquietantes episódios descortinados nos últimos dias, nas ruas e nas redes sociais, ao ensejo do processo eleitoral, de agressões verbais e físicas – algumas fatais – em detrimento de indivíduos, minorias e grupos sociais, a revelar crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos que inspiram nossa Constituição cidadã, fiadores da convivência civilizada e do exercício da cidadania, vêm a público:

AFIRMAR o peremptório repúdio a toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, assacadas sob qualquer pretexto que seja, contra indivíduos ou grupos sociais, bem como a toda e qualquer incitação política, proposta legislativa ou de governo que venha a tolerá-las ou incentivá-las;

REITERAR a imperiosa necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias como veículo de manipulação eleitoral, para que se garanta o livre debate de ideias e de concepções políticas divergentes, sempre lastreado em premissas fáticas verdadeiras;

EXORTAR todas as pessoas e instituições a que reafirmem, de modo explícito, contundente e inequívoco, o seu compromisso inflexível com a Constituição Federal de 1988, no seu texto vigente, recusando alternativas de ruptura e discursos de superação do atual espírito constitucional, ancorado nos signos da República, da democracia política e social e da efetividade dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais, com suas indissociáveis garantias institucionais;

MANIFESTAR a defesa irrestrita e incondicional dos direitos fundamentais sociais, inclusive os trabalhistas, e da imprescindibilidade das instituições que os preservam, nomeadamente a Magistratura do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Auditoria Fiscal do Trabalho e a advocacia trabalhista, todos cumpridores de históricos papéis na afirmação da democracia brasileira;

DECLARAR, por fim, a sua compreensão de que não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas.

Brasília (DF), 19 de outubro de 2018.

CLÁUDIO PACHECO PRATES LAMACHIA, Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO, Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
LEONARDO ULRICH STEINER, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
ÂNGELO FABIANO FARIAS DA COSTA, Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
CARLOS FERNANDO DA SILVA FILHO, Presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)
ALESSANDRA CAMARANO MARTINS, Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat)
MARIA JOSÉ BRAGA, Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Instituições brasileiras de destaque nos campos sociais e do Direito publicaram um documento no qual criticam “crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos” ao longo das eleições de 2018. O documento foi assinado na última sexta-feira (19) em Brasília.

As entidades afirmam repudiar manifestações de ódio e violência, e reiteram a “necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático”. No final da carta, elas declaram que “não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas”.

Assinam o documento representantes das tais instituições: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT); Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Leia a nota na íntegra:

As entidades signatárias abaixo nominadas, representativas da sociedade civil organizada, no campo do Direito e das instituições sociais, por seus respectivos Representantes, ao largo de quaisquer cores partidárias ou correntes ideológicas, considerando os inquietantes episódios descortinados nos últimos dias, nas ruas e nas redes sociais, ao ensejo do processo eleitoral, de agressões verbais e físicas – algumas fatais – em detrimento de indivíduos, minorias e grupos sociais, a revelar crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos que inspiram nossa Constituição cidadã, fiadores da convivência civilizada e do exercício da cidadania, vêm a público:

AFIRMAR o peremptório repúdio a toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, assacadas sob qualquer pretexto que seja, contra indivíduos ou grupos sociais, bem como a toda e qualquer incitação política, proposta legislativa ou de governo que venha a tolerá-las ou incentivá-las;

REITERAR a imperiosa necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias como veículo de manipulação eleitoral, para que se garanta o livre debate de ideias e de concepções políticas divergentes, sempre lastreado em premissas fáticas verdadeiras;

EXORTAR todas as pessoas e instituições a que reafirmem, de modo explícito, contundente e inequívoco, o seu compromisso inflexível com a Constituição Federal de 1988, no seu texto vigente, recusando alternativas de ruptura e discursos de superação do atual espírito constitucional, ancorado nos signos da República, da democracia política e social e da efetividade dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais, com suas indissociáveis garantias institucionais;

MANIFESTAR a defesa irrestrita e incondicional dos direitos fundamentais sociais, inclusive os trabalhistas, e da imprescindibilidade das instituições que os preservam, nomeadamente a Magistratura do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Auditoria Fiscal do Trabalho e a advocacia trabalhista, todos cumpridores de históricos papéis na afirmação da democracia brasileira;

DECLARAR, por fim, a sua compreensão de que não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas.

Brasília (DF), 19 de outubro de 2018.

CLÁUDIO PACHECO PRATES LAMACHIA, Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO, Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
LEONARDO ULRICH STEINER, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
ÂNGELO FABIANO FARIAS DA COSTA, Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
CARLOS FERNANDO DA SILVA FILHO, Presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)
ALESSANDRA CAMARANO MARTINS, Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat)
MARIA JOSÉ BRAGA, Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Notícias Relacionadas

Ver tudo