O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (2), que a ordem para atirar em participantes, durante os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último sábado (29), não partiu do governo e que ainda não sabe de quem foi a decisão.
A entrevista ao NE1, Câmara lamentou a ação da PM que deixou dois homens sem a visão de um dos olhos, alguns feridos por balas de borracha e uma vereadora atingida com spray de pimenta no rosto, a petista Liana Cirne (PT).
“Estávamos no primeiro sábado de restrições mais severas na questão da pandemia. Estávamos, também, acompanhando todo estado. Então, havia um monitoramento como sempre ocorre em momentos como esse, com presença de vários integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e da cúpula da Secretaria de Defesa Social, todos eles estava atuando nessa questão, e os fatos que originaram essa ação não saíram desse centro integrado, pela informação que me foi dada pelo secretário. Tem toda uma rede de comando da Polícia Militar, e isso que as investigações estão apurando. Inclusive, como eu falei, não é só ordem direta, tem que saber as informações da ordem, ou seja, o que foi repassado às pessoas responsáveis pela ação, e o contexto em que estava ocorrendo a
passeata no Centro do Recife. Pelo que nós temos informações, não há nada que justifique uma ação como essa da polícia”.
+ Sidney Rezende: ‘Nise Yamaguchi não foi contundente em suas respostas’
+ Bolsonaro cita tribunal de exceção e web lembra Ustra
+ Império lidera audiência da TV; veja os números de 1 de junho
+ Tiago Abravanel rebate fala homofóbica de Patrícia Abravanel: ‘Pessoas morrem por isso’