Pesquisa do Sebrae revela que muitos empreendedores contraíram dívidas para a manutenção de sua empresa. O levantamento mostra que 36% dos pequenos negócios fluminenses encontram-se inadimplentes, 27% estão endividados e 37% não possuem empréstimos. Por conta do avanço da crise, os empresários acreditam que a economia voltará ao normal apenas em agosto de 2022.
A obtenção de crédito continua sendo um problema. No Rio de Janeiro, 62% dos pequenos negócios tiveram o crédito recusado, 27% conseguiram empréstimo e 12% aguardam resposta.
Para os empreendedores, algumas medidas do governo podem compensar os efeitos da crise no seu negócio. 46% acreditam que a extensão das linhas de crédito, como o Pronampe, com condições especiais vão dar fôlego para as empresas. 31% acham que a extensão do auxílio emergencial será fundamental para isso, 11% consideram que o adiamento do pagamento de dívidas moratórias (empréstimos, aluguel, água, luz e outros), 7% esperam o adiamento dos pagamentos dos impostas e 5% contam com um auxílio para redução e suspensão de contratos de trabalho.
“Os programas do governo contribuíram para a manutenção dos pequenos negócios. Essas medidas foram importantes para movimentar a economia. Algumas ações já estão sendo retomadas como o auxílio emergencial e o Pronampe. Para se ter uma ideia, 6% das micro e pequenas empresas do estado do Rio conseguiram empréstimo via Pronampe. Isso reforça a importância do empreendedor conseguir uma linha de crédito acessível e justa para a empresa”, ressalta Taniara Castro, coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio.
Devido ao panorama apresentado na pesquisa, 59% seguem com dificuldades para manter o seu negócio, 20% aproveitaram as mudanças implementadas para melhorias na empresa, 12% acreditam que o pior já passou e 9% estão otimistas com as oportunidades que estão surgindo.