A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de Alexandre Motta , amigo do policial militar reformado Ronnie Lessa no Méier, na Zona Norte do Rio.
Preso nesta terça-feira (12), Ronnie Lessa foi acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes em 14 de março do ano passado.
As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em um guarda-roupas, só faltavam os canos. Os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital apreenderam também 500 munições e três silenciadores, além de R$ 112 mil em dinheiro.
Alexandre Motta está detido na Delegacia de Homicídios. Seu advogado, Leonardo da Luz, disse que seu cliente não sabia o que havia dentro das caixas, que teriam sido mantidas lacradas.
Com a prisão foi em flagrante, Alexandre deve ser ouvido em 24 horas em uma audiência de custódia, onde o juiz avaliará se há necessidade de mantê-lo detido. A defesa vai pedir sua soltura, alegando que ele não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e está trabalhando.
A Secretaria de Estado da Polícia Civil, informou ainda que foram encontrados R$ 50 mil na casa dos pais de Lessa e R$ 62 mil dentro do carro dele.
Além do sargento da PM reformado Ronnie Lessa, a polícia também prendeu o ex-Policial Militar Elcio Vieira de Queiroz, que foi expulso da corporação e é suspeito de dirigir o Cobalt clonado utilizado no assassinato.
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos com 13 tiros em 14 de março do ano passado. O crime completa um ano nesta semana. O delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e um dos responsáveis pelas investigações da execução da vereadora Marielle Franco afirmou que a execução pode ser considerada crime de ódio, caracterizado por motivo torpe. A vereadora foi morta com tiros na cabeça e o motorista foi alvejado pelas costas. Uma testemunha, que trabalhava com Marielle, sobreviveu ao ataque.
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