A desastrosa gestão de Laerte Rimoli na EBC

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Ao contrário do que foi alardeado pela matéria Sob comando de Rimoli, EBC consegue zerar déficit, veiculada no jornal Valor Econômico no dia 2 de maio, Laerte Rimoli deixa, após 20 meses de mandato, a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) de forma desastrosa, implementando uma asfixia econômica e editorial da comunicação pública. A […]

POR Redação SRzd06/05/2018|3 min de leitura

A desastrosa gestão de Laerte Rimoli na EBC

Laerte Rimoli. Foto Lula Marques/Agência PT.

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Ao contrário do que foi alardeado pela matéria Sob comando de Rimoli, EBC consegue zerar déficit, veiculada no jornal Valor Econômico no dia 2 de maio, Laerte Rimoli deixa, após 20 meses de mandato, a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) de forma desastrosa, implementando uma asfixia econômica e editorial da comunicação pública. A matéria publicada é marcada pela ausência de apuração e do contraditório, servindo de mero release para o ex-presidente da EBC.

O texto afirma que a gestão Rimoli havia “zerado o déficit” da EBC, além de ter feito investimento “recorde” de R$ 27 milhões. Dados que não se sustentam quando comparados à execução orçamentária da empresa pública no Portal da Transparência.

Laerte Rimoli deixa, após 20 meses de mandato, a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) de forma desastrosa, implementando uma asfixia econômica e editorial da comunicação pública.

O discurso de Rimoli encobre o corte brutal nos repasses de recursos para a comunicação pública previstos na lei orçamentária federal. Enquanto em 2017, o orçamento aprovado na LOA para a EBC foi de 708 milhões de reais, o governo contingenciou quase 150 milhões de reais, sendo executado pela empresa pública apenas 560 milhões de reais.

Em 2016, o contingenciamento foi menor, cerca de 62 milhões de reais, para um orçamento aprovado de 657 milhões de reaos. Isso para uma empresa que tem 4 bilhões de reais contingenciados de uma contribuição criada especificamente para financiar a EBC em 2008.

O ex-presidente da EBC apresentou ao jornal Valor Econômico mais números duvidosos sobre a empresa. Ainda de acordo com o Portal da Transparência, em 2017, os investimentos da EBC não chegaram nem perto dos 27 milhões de reais vendidos na matéria. Os investimentos reais foram de apenas 7 milhões de reais, o menor desde 2008, representando a menor relação de investimento pela execução do orçamento da história da empresa.

Ao contrário do que diz a matéria do Valor, também não foram destinados recursos para a cobertura da Copa do Mundo na Rússia.

Além do mais, não há no Plano de Trabalho da EBC para 2018, ao contrário do que afirma Laerte Rimoli, recursos previstos para a cobertura das eleições de 2018. Pior do que ocorreu nas eleições municipais de 2016, a cobertura dos veículos da empresa pública neste ano se dará apenas no Rio, Brasília, São Paulo e Maranhão, locais onde a EBC tem sede, já que a gestão Rimoli fez questão de acabar com o pequeno programa de correspondentes que realizavam a cobertura em outras cinco capitais.

Ao contrário do que diz a matéria do Valor, também não foram destinados recursos para a cobertura da Copa do Mundo na Rússia. No Plano de Trabalho da empresa, só houve dinheiro para a compra dos direitos de transmissão para a Rádio Nacional, sendo que a cobertura será feita integralmente dos estúdios no Brasil.

Texto de Gésio Passos, publicado originalmente na Carta Capital

Ao contrário do que foi alardeado pela matéria Sob comando de Rimoli, EBC consegue zerar déficit, veiculada no jornal Valor Econômico no dia 2 de maio, Laerte Rimoli deixa, após 20 meses de mandato, a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) de forma desastrosa, implementando uma asfixia econômica e editorial da comunicação pública. A matéria publicada é marcada pela ausência de apuração e do contraditório, servindo de mero release para o ex-presidente da EBC.

O texto afirma que a gestão Rimoli havia “zerado o déficit” da EBC, além de ter feito investimento “recorde” de R$ 27 milhões. Dados que não se sustentam quando comparados à execução orçamentária da empresa pública no Portal da Transparência.

Laerte Rimoli deixa, após 20 meses de mandato, a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) de forma desastrosa, implementando uma asfixia econômica e editorial da comunicação pública.

O discurso de Rimoli encobre o corte brutal nos repasses de recursos para a comunicação pública previstos na lei orçamentária federal. Enquanto em 2017, o orçamento aprovado na LOA para a EBC foi de 708 milhões de reais, o governo contingenciou quase 150 milhões de reais, sendo executado pela empresa pública apenas 560 milhões de reais.

Em 2016, o contingenciamento foi menor, cerca de 62 milhões de reais, para um orçamento aprovado de 657 milhões de reaos. Isso para uma empresa que tem 4 bilhões de reais contingenciados de uma contribuição criada especificamente para financiar a EBC em 2008.

O ex-presidente da EBC apresentou ao jornal Valor Econômico mais números duvidosos sobre a empresa. Ainda de acordo com o Portal da Transparência, em 2017, os investimentos da EBC não chegaram nem perto dos 27 milhões de reais vendidos na matéria. Os investimentos reais foram de apenas 7 milhões de reais, o menor desde 2008, representando a menor relação de investimento pela execução do orçamento da história da empresa.

Ao contrário do que diz a matéria do Valor, também não foram destinados recursos para a cobertura da Copa do Mundo na Rússia.

Além do mais, não há no Plano de Trabalho da EBC para 2018, ao contrário do que afirma Laerte Rimoli, recursos previstos para a cobertura das eleições de 2018. Pior do que ocorreu nas eleições municipais de 2016, a cobertura dos veículos da empresa pública neste ano se dará apenas no Rio, Brasília, São Paulo e Maranhão, locais onde a EBC tem sede, já que a gestão Rimoli fez questão de acabar com o pequeno programa de correspondentes que realizavam a cobertura em outras cinco capitais.

Ao contrário do que diz a matéria do Valor, também não foram destinados recursos para a cobertura da Copa do Mundo na Rússia. No Plano de Trabalho da empresa, só houve dinheiro para a compra dos direitos de transmissão para a Rádio Nacional, sendo que a cobertura será feita integralmente dos estúdios no Brasil.

Texto de Gésio Passos, publicado originalmente na Carta Capital

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