De acordo com informações do Ministério Público do Paraná, a Justiça decretou a prisão preventiva de Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH). Trata-se do homem que matou o guarda municipal Marcelo Arruda durante sua festa de 50 anos, em Foz do Iguaçu (PR), no último fim de semana.
Segundo o promotor Tiago Lisboa, um juiz plantonista concedeu o pedido de conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. Guaranho segue hospitalizado em estado grave sob escolta.
O caso aconteceu na madrugada do último domingo (10). Divergências políticas teriam sido o motivo do crime, já que Jorge é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o MP do Paraná ainda investiga essa possibilidade.
Arruda foi candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020 e atualmente era tesoureiro do partido no município. Ele morreu após ser atingido por dois tiros, um na perna e outro nas costas. Mesmo baleado, Marcelo conseguiu disparar ao menos cinco vezes contra o assassino.
“O que eu tenho a ver?”
Após o caso vir à tona e ganhar repercussão nacional, entidades e autoridades se pronunciaram e prestaram solidariedade à família de Marcelo.
Dentre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o crime foi motivado por “um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável“.
Bolsonaro comentou o ocorrido através de sua conta Twitter na noite de domingo. Ele disse que não apoia “quem pratica violência contra opositores”. E completou: “A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”.
Nesta segunda (11), ele foi questionado sobre o caso na entrada do Palácio do Planalto e criticou quem está o associando ao ato de Guaranho.
“Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL“, comentou em referência a Adélio Bispo, que lhe deu uma facada durante a campanha de 2018, em Juiz de Fora (MG). “Agora, o que eu tenho a ver com a com esse episódio [de Foz do Iguaçu]?“, retrucou.
Também nesta segunda, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) afirmou que irá propor uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para responsabilizar o presidente por “discursos de ódio e incitação à violência”.
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