A prefeita de Ribeirão Preto, cidade do interior paulista, Dárcy Vera (PSD), foi presa na manhã desta sexta-feira (2), em sua casa, no bairro Ribeirânia, por volta das 6h e levada à sede da Polícia Federal, no município. Em seguida, ela foi levada para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.

A prisão  faz parte da segunda fase da Operação Sevandija, iniciada em setembro, que apura o desvio de um total de R$ 45 milhões nos cofres públicos de Ribeirão Preto, resultantes de fraudes no pagamento de honorários advocatícios referentes a uma ação trabalhista do Sindicato dos Servidores Municipais. A prefeita foi presa a pedido da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.

Em nota divulgada à imprensa, a Polícia Federal comunicou que estão sendo apurados crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva e ativa. A pedido do MP, a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens de Dárcy, que foi afastada do cargo.

“Os fatos apurados baseiam-se em provas obtidas por meio da análise e investigações realizadas nos materiais apreendidos e depoimentos colhidos após a deflagração da primeira fase da Operação Sevandija”, diz a nota.

Também foram presos na operação o ex-superintendente da Coderp e do Daerp, Marco Antonio dos Santos, e os ex-advogados do Sindicato dos Servidores Municipais, Sandro Rovani e Maria Zuely Alves Librandi.

O esquema de desvio no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ribeirão Preto foi descoberto acidentalmente nas investigações da Operação Sevandija, que envolveram interceptações telefônicas, análise de milhares de documentos e investiga o pagamento de propina para a liberação de honorários advocatícios.