Em um momento de crise econômica e o recorde do índice de desemprego atingido em 2021, manter uma estabilidade financeira tem sido um desafio para os brasileiros.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o endividamento das famílias brasileiras também teve recorde em 2021, com uma média de 70,9%.

Dessa forma, é simplista dizer que o problema depende do controle de gastos de quem está tentando passar por essa fase. Por outro lado, o brasileiro ainda encontra algumas armadilhas que podem intensificar ainda mais a saúde financeira das famílias, então, a eliminação de maus hábitos financeiros pode colaborar para que famílias endividadas consigam se reerguer.

De acordo com Alberto André, CEO do Plusdin, fintech que auxilia o consumidor final a tomar decisões financeiras inteligentes, ficar dentro do orçamento requer muita atenção aos gastos desnecessários.

Segundo o executivo, a simples falta de planejamento faz com que o brasileiro perca dinheiro sem perceber. “Com tantos serviços que facilitam a vida do brasileiro, é possível perceber que muitos deles são utilizados pouquíssimas vezes. Portanto, agarrar-se a um planejamento evita gastarmos com coisas desnecessárias, sendo possível esticar um pouco o dinheiro para ele chegar até o final do mês”, explica o executivo listou as principais causas que fazem as pessoas perderem dinheiro sem saber e que podem impactar na saúde financeira.

Confira dicas:

1. Não ter um planejamento financeiro: Como já dito, esse é o ponto inicial para não perder dinheiro. Ter um controle das finanças é trazer inteligência para o bolso, sendo possível até mesmo traçar uma estratégia para poupar.

2. Contratação de serviços que não são utilizados: Sabe aquele serviço de streaming que você contratou por um mês de teste gratuito e nunca mais cancelou? É importante ficar atento se o serviço ainda faz sentido para o seu dia a dia. As assinaturas são uma tendência da atualidade, mas as cobranças automáticas, que parecem imperceptíveis, fazem muita diferença no final do mês.

3. Pagar tarifas bancárias e anuidade de cartão de crédito: Considerada uma vitória para o consumidor, a chegada dos bancos digitais passou a oferecer serviços sem cobranças de taxas, muito menos anuidade. Livrar-se de serviços que cobram taxas — por menores que sejam — colabora para uma gestão inteligente do seu dinheiro. Trinta a cinquenta reais de economia por mês acumulam entre trezentos e sessenta e seiscentos reais no ano.

4. Não fazer pesquisas antes de comprar: Parece chover no molhado, mas o brasileiro faz mais pesquisas quando vão comprar no e-commerce. No entanto, a prática deve ser adotada para qualquer tipo de compra ou contratação de um serviço. Negociar não é vergonhoso e é esperado pelo prestador de serviço. Portanto, confrontar o vendedor com os benefícios da concorrência, explorar as melhores formas de pagamento, negociar desconto em pagamentos à vista e abusar de cashbacks são comportamentos fundamentais do consumidor que está educando o bolso e almejando mais tranquilidade quando os boletos chegarem.

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