O senador Randolfe Rodrigues (Rede) afirmou, nesta segunda-feira (11), que irá propor nesta semana uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por “discursos de ódio e incitação à violência”.
A decisão do senador se dá após a morte do guarda municipal Marcelo Arruda na madrugada deste domingo (10), durante sua festa de 50 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele foi atingido por dois tiros que foram disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH). Divergências políticas teriam sido o motivo do crime.
“As instituições, candidatos e partidos comprometidos com a democracia têm a obrigação de reagir ao avançar da barbárie bolsonarista”, escreveu Randolfe no Twitter.
Na noite deste domingo, também pelo Twitter, Bolsonaro disse que não apoia “quem pratica violência contra opositores”. E completou: “A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente da República minimizou o ocorrido em Foz do Iguaçu. “Vocês viram o que aconteceu ontem, uma briga de duas pessoas, lá em Foz do Iguaçu? [Disseram] ‘Bolsonarista’, não sei o que lá. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao Psol, né?”, declarou em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Adélio Bispo de Oliveira atentou contra a vida do então candidato à presidência em 2018, durante um ato de campanha pelas ruas de Juiz de Fora. Ele foi preso no mesmo dia e confessou ter sido o autor da ação. Adélio foi filiado ao Psol de 2007 a 2014.
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