General Santos Cruz quer plano de combate à corrupção, violência, tráfico e milícias no Rio
O evento “Diálogos do Rio” realizado na Casa Firjan, em Botafogo, zona sul carioca, foi palco do debate mediado pelo jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, entre o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Carlos Alberto dos Santos Cruz e o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes. Santos Cruz, que de […]
POR Redação SRzd27/09/2019|3 min de leitura
O evento “Diálogos do Rio” realizado na Casa Firjan, em Botafogo, zona sul carioca, foi palco do debate mediado pelo jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, entre o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Carlos Alberto dos Santos Cruz e o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes. Santos Cruz, que de abril de 2017 a junho de 2018 ocupou o cargo de Secretário Nacional de Segurança Pública, no Governo Temer, foi incisivo quanto a necessidade da sociedade e os governos terem um planejamento claro que enfrente a escalada da violência: “Qual o plano de redução da corrupção? Qual o plano de redução da violência? Onde estão os mecanismos de alerta para a proteção da sociedade? O próprio general respondeu: “Eles não existem”.
Para Santos Cruz, o Rio convive com a dura realidade da “corrupção, contravenção, descaso do estado, tráfico de armas, de drogas e do poderio de milícias”. Na opinião do ex-ministro, a saída, que não é de curto prazo, só acontecerá com “ações coordenadas de governo, medidas legislativas, envolvimento do Judiciário e a presença do Ministério Público”.”Veja o caso do TCE (Tribunal de Contas do Estado): como é possível existir cargo vitalício. Isto é coisa da Idade Média!”, disse Santos Cruz. Rubem César também não considera possível reverter a escalada de violência e criminalidade no curto prazo.
O antropólogo, com mestrado em filosofia na Universidade de Varsóvia, na Polônia e na Universidade de Colúmbia, em Nova York, listou o que considera ser a ordem de enfrentamento do problema: “O primeiro desafio é chegar a paz, pacificação. Esta é a máxima prioridade. Segundo, investimento social e não só ações de confronto. Terceiro, Incluir os jovens na estrutura educacional: 96 mil meninos e meninas entre 12 e 18 anos estão fora da escola. E, por fim, melhorar a comunicação com a sociedade. Engajar a todos”.
Na sequência do debate, foram abertas para perguntas do público, quando surgiram discussões de como deveria ser uma nova política de combate às drogas; campanhas para evitar a banalização da violência e sua penetração no microcosmo da sociedade; melhor entendimento do papel da polícia que muitas vezes ocupa áreas onde existem confrontos históricos de facções; melhorar o planejamento do combate ao crime; como enfrentar a política de incentivo a guerra praticada pelo governo estadual; entender melhor como funciona o tráfico de armas e a necessidade de retomar o programa desenvolvido pelo exército por época da ocupação na área de segurança público, em 2018.
Santos Cruz e Rubem César trabalharam juntos em 2008 no Haiti, quando na ocasião o general comandou as tropas da ONU para a estabilização daquele país (Minustah) e dado seu sucesso comandou também as tropas da Missão das Nações Unidas para a estabilização da República Democrática do Congo (Monusco), a maior missão de paz da ONU.
O evento “Diálogos do Rio” realizado na Casa Firjan, em Botafogo, zona sul carioca, foi palco do debate mediado pelo jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, entre o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Carlos Alberto dos Santos Cruz e o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes. Santos Cruz, que de abril de 2017 a junho de 2018 ocupou o cargo de Secretário Nacional de Segurança Pública, no Governo Temer, foi incisivo quanto a necessidade da sociedade e os governos terem um planejamento claro que enfrente a escalada da violência: “Qual o plano de redução da corrupção? Qual o plano de redução da violência? Onde estão os mecanismos de alerta para a proteção da sociedade? O próprio general respondeu: “Eles não existem”.
Para Santos Cruz, o Rio convive com a dura realidade da “corrupção, contravenção, descaso do estado, tráfico de armas, de drogas e do poderio de milícias”. Na opinião do ex-ministro, a saída, que não é de curto prazo, só acontecerá com “ações coordenadas de governo, medidas legislativas, envolvimento do Judiciário e a presença do Ministério Público”.”Veja o caso do TCE (Tribunal de Contas do Estado): como é possível existir cargo vitalício. Isto é coisa da Idade Média!”, disse Santos Cruz. Rubem César também não considera possível reverter a escalada de violência e criminalidade no curto prazo.
O antropólogo, com mestrado em filosofia na Universidade de Varsóvia, na Polônia e na Universidade de Colúmbia, em Nova York, listou o que considera ser a ordem de enfrentamento do problema: “O primeiro desafio é chegar a paz, pacificação. Esta é a máxima prioridade. Segundo, investimento social e não só ações de confronto. Terceiro, Incluir os jovens na estrutura educacional: 96 mil meninos e meninas entre 12 e 18 anos estão fora da escola. E, por fim, melhorar a comunicação com a sociedade. Engajar a todos”.
Na sequência do debate, foram abertas para perguntas do público, quando surgiram discussões de como deveria ser uma nova política de combate às drogas; campanhas para evitar a banalização da violência e sua penetração no microcosmo da sociedade; melhor entendimento do papel da polícia que muitas vezes ocupa áreas onde existem confrontos históricos de facções; melhorar o planejamento do combate ao crime; como enfrentar a política de incentivo a guerra praticada pelo governo estadual; entender melhor como funciona o tráfico de armas e a necessidade de retomar o programa desenvolvido pelo exército por época da ocupação na área de segurança público, em 2018.
Santos Cruz e Rubem César trabalharam juntos em 2008 no Haiti, quando na ocasião o general comandou as tropas da ONU para a estabilização daquele país (Minustah) e dado seu sucesso comandou também as tropas da Missão das Nações Unidas para a estabilização da República Democrática do Congo (Monusco), a maior missão de paz da ONU.