Secretário especial de Cultura deixa cargo alegando censura de Bolsonaro

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Henrique Pires, secretário especial de Cultura (SEC) do governo de Jair Bolsonaro, anunciou nesta quarta-feira (21) sua demissão do cargo após o anúncio feito pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, de que está suspenso o edital que previa a produção de séries com temáticas LGBT na TV Pública. A secretaria é vinculada ao Ministério da […]

POR Redação SRzd21/08/2019|2 min de leitura

Secretário especial de Cultura deixa cargo alegando censura de Bolsonaro

Henrique Pires. Foto: Reprodução de Internet

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Henrique Pires, secretário especial de Cultura (SEC) do governo de Jair Bolsonaro, anunciou nesta quarta-feira (21) sua demissão do cargo após o anúncio feito pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, de que está suspenso o edital que previa a produção de séries com temáticas LGBT na TV Pública. A secretaria é vinculada ao Ministério da Cidadania mas tinha a estrutura do antigo Ministério da Cultura.

A suspensão do edital foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (21), após o presidente falar mal de algumas produções pré-aprovadas, todas com temas LGBT.

Pires considerou a decisão, tomada a pedido de Bolsonaro, como censura e disse que não podia mais continuar no Governo.

“Isso [o edital que foi suspenso] é uma gota d’água, porque vem acontecendo… E tenho sido uma voz dissonante interna. Eu tenho o maior respeito pelo presidente da República, tenho o maior respeito pelo ministro, mas eu não vou chancelar a censura”, disse Pires ao G1.

Pires considerou ainda que a decisão é uma afronta à Constituição: “Eu não concordo com a colocação de filtros em qualquer tipo de atividade cultural. Não concordo como cidadão, e não concordo como agente público, você tem que respeitar a Constituição”.

Segundo informações do jornal “O Globo”, o ministro Osmar Terra, da Cidadania, tentou contornar a situação da saída de Pires, oferecendo a ele o comando da Casa Rui Barbosa ou outra instituição ligada ao ministério

O agora ex-secretário foi nomeado no início do ano pelo ministro Osmar Terra para ocupar o posto, que correspondia ao setor cultural do Ministério da Cidadania – criado a partir da fusão do Ministério da Cultura, do Desenvolvimento Social (MDS) e do Esporte. Henrique Pires atuou como chefe de gabinete do extinto MDS enquanto Terra era titular da pasta na gestão de Michel Temer.

Henrique Pires, secretário especial de Cultura (SEC) do governo de Jair Bolsonaro, anunciou nesta quarta-feira (21) sua demissão do cargo após o anúncio feito pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, de que está suspenso o edital que previa a produção de séries com temáticas LGBT na TV Pública. A secretaria é vinculada ao Ministério da Cidadania mas tinha a estrutura do antigo Ministério da Cultura.

A suspensão do edital foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (21), após o presidente falar mal de algumas produções pré-aprovadas, todas com temas LGBT.

Pires considerou a decisão, tomada a pedido de Bolsonaro, como censura e disse que não podia mais continuar no Governo.

“Isso [o edital que foi suspenso] é uma gota d’água, porque vem acontecendo… E tenho sido uma voz dissonante interna. Eu tenho o maior respeito pelo presidente da República, tenho o maior respeito pelo ministro, mas eu não vou chancelar a censura”, disse Pires ao G1.

Pires considerou ainda que a decisão é uma afronta à Constituição: “Eu não concordo com a colocação de filtros em qualquer tipo de atividade cultural. Não concordo como cidadão, e não concordo como agente público, você tem que respeitar a Constituição”.

Segundo informações do jornal “O Globo”, o ministro Osmar Terra, da Cidadania, tentou contornar a situação da saída de Pires, oferecendo a ele o comando da Casa Rui Barbosa ou outra instituição ligada ao ministério

O agora ex-secretário foi nomeado no início do ano pelo ministro Osmar Terra para ocupar o posto, que correspondia ao setor cultural do Ministério da Cidadania – criado a partir da fusão do Ministério da Cultura, do Desenvolvimento Social (MDS) e do Esporte. Henrique Pires atuou como chefe de gabinete do extinto MDS enquanto Terra era titular da pasta na gestão de Michel Temer.

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