Sidney Rezende: ‘Nise Yamaguchi não foi contundente em suas respostas’
No quadro “Liberdade de Opinião” desta quarta-feira (2), o jornalista Sidney Rezende analisou o depoimento da médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que foi à CPI da Pandemia como convidada. Yamaguchi é defensora do tratamento precoce com o uso da cloroquina contra Covid-19, medicamento que não tem eficácia comprovada. Na avaliação do jornalista, Nise não foi […]
POR Redação SRzd02/06/2021|3 min de leitura
No quadro “Liberdade de Opinião” desta quarta-feira (2), o jornalista Sidney Rezende analisou o depoimento da médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que foi à CPI da Pandemia como convidada. Yamaguchi é defensora do tratamento precoce com o uso da cloroquina contra Covid-19, medicamento que não tem eficácia comprovada.
Na avaliação do jornalista, Nise não foi contundente nas respostas aos parlamentares.
“Eu acho que ela fez um depoimento rodeando o toco, ela não foi muito contundente. Demonstrou desconhecimento primário de doenças que, através da infectologia, você pode estudá-las melhor e trazer soluções. Acho que ela não se saiu bem na sessão de ontem. Não foi uma boa para ela e suas ideias. E ela ainda ficar apegada a certos raciocínios, como o uso de certos remédios, medicamentos que servem para um determinado destino — é o que diz a bula –, mas não para outros, foi muito ruim.”
Rezende comentou a respeito da proximidade de Nise Yamaguchi com Brasília e o poder central e disse que gostaria de vê-la mais dentro do consultório médico.
“Eu noto que ela frequenta muito Brasília. Ela nunca está em nada oficial, mas está nas entidades médicas. Desde o governo Lula ela presta ali uma consultoria — é sempre assim, é oficial, mas não é — ela diz: ‘Eu estou lá para ajudar o Brasil’, mas está sempre em Brasília, vai para lá o tempo todo. Eu lamento, porque pelo conhecimento que tem, a julgar por todos os predicados dela apresentados, eu gostaria que ela tivesse até mais no consultório do que nessa circulação do poder.”
Sobre o eventual gabinete paralelo de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem sendo investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito, Rezende diz que pedir conselhos a diferentes pessoas é agregador, mas não pode ultrapassar limites de cargos oficiais.
“Imagina se for criado na área de Segurança Pública um grupamento paralelo e, a torto e a direita, começa a levantar fichas e a fazer coisas em vias paralelas que, no começo, parece inocente, mas depois vira algo desgovernado. Você cria um cancro dentro do poder central […] Você começa a ter gente na sala contígua, ao lado da sala do presidente na sala do Palácio do Planalto, que está sendo convocada e nem cargo tem, nem tem poder oficial e acaba mandando mais do que um ministro.”
Assista:
No quadro “Liberdade de Opinião” desta quarta-feira (2), o jornalista Sidney Rezende analisou o depoimento da médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que foi à CPI da Pandemia como convidada. Yamaguchi é defensora do tratamento precoce com o uso da cloroquina contra Covid-19, medicamento que não tem eficácia comprovada.
Na avaliação do jornalista, Nise não foi contundente nas respostas aos parlamentares.
“Eu acho que ela fez um depoimento rodeando o toco, ela não foi muito contundente. Demonstrou desconhecimento primário de doenças que, através da infectologia, você pode estudá-las melhor e trazer soluções. Acho que ela não se saiu bem na sessão de ontem. Não foi uma boa para ela e suas ideias. E ela ainda ficar apegada a certos raciocínios, como o uso de certos remédios, medicamentos que servem para um determinado destino — é o que diz a bula –, mas não para outros, foi muito ruim.”
Rezende comentou a respeito da proximidade de Nise Yamaguchi com Brasília e o poder central e disse que gostaria de vê-la mais dentro do consultório médico.
“Eu noto que ela frequenta muito Brasília. Ela nunca está em nada oficial, mas está nas entidades médicas. Desde o governo Lula ela presta ali uma consultoria — é sempre assim, é oficial, mas não é — ela diz: ‘Eu estou lá para ajudar o Brasil’, mas está sempre em Brasília, vai para lá o tempo todo. Eu lamento, porque pelo conhecimento que tem, a julgar por todos os predicados dela apresentados, eu gostaria que ela tivesse até mais no consultório do que nessa circulação do poder.”
Sobre o eventual gabinete paralelo de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem sendo investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito, Rezende diz que pedir conselhos a diferentes pessoas é agregador, mas não pode ultrapassar limites de cargos oficiais.
“Imagina se for criado na área de Segurança Pública um grupamento paralelo e, a torto e a direita, começa a levantar fichas e a fazer coisas em vias paralelas que, no começo, parece inocente, mas depois vira algo desgovernado. Você cria um cancro dentro do poder central […] Você começa a ter gente na sala contígua, ao lado da sala do presidente na sala do Palácio do Planalto, que está sendo convocada e nem cargo tem, nem tem poder oficial e acaba mandando mais do que um ministro.”