Fiquei estarrecida com a informação de que as farmácias criadas pelo governo do Rio de Janeiro estariam sendo usadas para fazer propaganda política.
POR Redação SRzd21/06/2006|3 min de leitura
Fiquei estarrecida com a informação de que as farmácias criadas pelo governo do Rio de Janeiro estariam sendo usadas para fazer propaganda política.
POR Redação SRzd21/06/2006|3 min de leitura
Fiquei estarrecida com a informação de que as farmácias criadas pelo governo do Rio de Janeiro estariam sendo usadas para fazer propaganda política.
Morei sete anos na Europa e não me lembro de ter visto o partido dos Conservadores, na época liderado por Margareth Thatcher, usar o dinheiro do contribuinte para fazer propaganda das realizações do governo.
Nem com os Trabalhistas, mais tarde, liderados por Tony Blair. E não é usado por uma razão muito simples: a prática é considerada aética.
A sociedade civil é organizada e atenta. Se isso acontecesse lá os britânicos, acostumados a ser respeitados e ouvidos, reagiriam com indignação e revolta. A imprensa não perdoaria e passaria a bombardear o governo que, debaixo de críticas, tentaria se justificar, pediria desculpas e, sob pressão, acabaria abrindo uma investigação. Algum tempo depois, o resultado da investigação seria divulgado e, se os erros, ou denúncias de abusos, fossem comprovados os culpados seriam punidos.
Mesmo vivendo em um país rico, os britânicos detestam o desperdício e a leviandade com o dinheiro público. O assunto é tratado com seriedade e responsabilidade. Lá não há espaço para os picaretas e corruptos e, quando descobertos. são punidos, com o rigor da lei.
Na Inglaterra não há placas do governo nas obras. Há sim, placas educativas para o cidadão se orientar e uma muito simples pedindo desculpa pelos transtornos.
No Brasil é uma festa! Aqui no Rio de Janeiro uma orgia! E o que mais me impressiona, me deixa indignada e perplexa é não só o gasto com propaganda inútil mas, com a enxurrada de denúncias de irregularidades, e desvio de verba. E, nada acontece. A imprensa denuncia, o governo não toma conhecimento, e fica tudo por isso mesmo. Um descaso total. Se a denuncia de uso das farmácias populares for comprovada deveria ser tratado como um crime .
Primeiro, por usar o suado dinheiro do contribuinte, sob o pretexto de vender remédio a um real, para distribuir santinho da Governadora. Uma afronta e um desperdício. A verba, mal distribuída num país tão pobre como o Brasil, deveria estar sendo usada nas creches, postos de saúde, escolas, merenda, material esportivo e didático, nas escolas das comunidades carentes, salário dos professores, dos policiais ,medicamento nos hospitais, em campanhas educativas etc. etc. etc. Problemas não faltam.
Segundo, por ser um absurdo e aético, ainda que a cidade fosse rica como é o caso de vários países da Europa.
Como um governante eleito para administrar uma cidade, um estado, tem a coragem de jogar com a saúde da população transformando a farmácia em palanque político?
Enfim, a prática de usar farmácias para fazer propaganda é um vírus na ética.
Será que nossos governantes ainda sabem o que é isso? Ou será que o jogo político aniquila a ética? A propaganda governamental deveria ser proibida. Os governos não devem faturar com as obras que executam. Deveriam sim, dar satisfações ao contribuinte, ser transparentes e retribuir o voto que receberam com trabalho sério e honestidade. Menos outdoor e mais ética.
Valeria Sffeir é jornalista e foi correspondente brasileira na Inglaterra.
Fiquei estarrecida com a informação de que as farmácias criadas pelo governo do Rio de Janeiro estariam sendo usadas para fazer propaganda política.
Morei sete anos na Europa e não me lembro de ter visto o partido dos Conservadores, na época liderado por Margareth Thatcher, usar o dinheiro do contribuinte para fazer propaganda das realizações do governo.
Nem com os Trabalhistas, mais tarde, liderados por Tony Blair. E não é usado por uma razão muito simples: a prática é considerada aética.
A sociedade civil é organizada e atenta. Se isso acontecesse lá os britânicos, acostumados a ser respeitados e ouvidos, reagiriam com indignação e revolta. A imprensa não perdoaria e passaria a bombardear o governo que, debaixo de críticas, tentaria se justificar, pediria desculpas e, sob pressão, acabaria abrindo uma investigação. Algum tempo depois, o resultado da investigação seria divulgado e, se os erros, ou denúncias de abusos, fossem comprovados os culpados seriam punidos.
Mesmo vivendo em um país rico, os britânicos detestam o desperdício e a leviandade com o dinheiro público. O assunto é tratado com seriedade e responsabilidade. Lá não há espaço para os picaretas e corruptos e, quando descobertos. são punidos, com o rigor da lei.
Na Inglaterra não há placas do governo nas obras. Há sim, placas educativas para o cidadão se orientar e uma muito simples pedindo desculpa pelos transtornos.
No Brasil é uma festa! Aqui no Rio de Janeiro uma orgia! E o que mais me impressiona, me deixa indignada e perplexa é não só o gasto com propaganda inútil mas, com a enxurrada de denúncias de irregularidades, e desvio de verba. E, nada acontece. A imprensa denuncia, o governo não toma conhecimento, e fica tudo por isso mesmo. Um descaso total. Se a denuncia de uso das farmácias populares for comprovada deveria ser tratado como um crime .
Primeiro, por usar o suado dinheiro do contribuinte, sob o pretexto de vender remédio a um real, para distribuir santinho da Governadora. Uma afronta e um desperdício. A verba, mal distribuída num país tão pobre como o Brasil, deveria estar sendo usada nas creches, postos de saúde, escolas, merenda, material esportivo e didático, nas escolas das comunidades carentes, salário dos professores, dos policiais ,medicamento nos hospitais, em campanhas educativas etc. etc. etc. Problemas não faltam.
Segundo, por ser um absurdo e aético, ainda que a cidade fosse rica como é o caso de vários países da Europa.
Como um governante eleito para administrar uma cidade, um estado, tem a coragem de jogar com a saúde da população transformando a farmácia em palanque político?
Enfim, a prática de usar farmácias para fazer propaganda é um vírus na ética.
Será que nossos governantes ainda sabem o que é isso? Ou será que o jogo político aniquila a ética? A propaganda governamental deveria ser proibida. Os governos não devem faturar com as obras que executam. Deveriam sim, dar satisfações ao contribuinte, ser transparentes e retribuir o voto que receberam com trabalho sério e honestidade. Menos outdoor e mais ética.
Valeria Sffeir é jornalista e foi correspondente brasileira na Inglaterra.
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