Nesta quarta-feira (16), o governador João Doria (PSDB) e o Secretário da Educação, Rossieli Soares, apresentaram o novo plano de ampliação da retomada das aulas presenciais da Educação Básica para o segundo semestre de 2021.
Nesta nova etapa, para calcular a porcentagem de alunos permitidos será levada em consideração a capacidade total de acolhimento das escolas e não mais o total de matrículas. O distanciamento mínimo entre as pessoas passa a ser de 1 metro e não mais de 1,5 metro. Cada escola irá elaborar o seu plano de retorno levando em consideração a realidade da comunidade escolar, e neste momento a volta às aulas presenciais não será obrigatória para os estudantes.
“Neste novo plano, a partir de agosto, cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total de alunos de acordo com a sua realidade, desde que sejam respeitados todos os protocolos de prevenção, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento mínimo de um metro entre os estudantes na sala de aula”, afirmou Doria.
“São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a vacinar os profissionais de Educação e está empenhado em garantir um retorno seguro às aulas presenciais”, completou o governador.
Também estão sendo adquiridos três milhões de testes de Covid-19 destinados para profissionais da educação e estudantes. A compra está sendo feita por meio de ata de registro da Secretaria de Saúde e os testes serão aplicados em parceria com Secretarias Municipais de Saúde em casos sintomáticos. Também será feita avaliação sentinela para garantir vigilância epidemiológica escolar.
Todos os demais protocolos de segurança para o combate ao Coronavírus como uso correto de máscara, medição de temperatura, higienização constante das mãos e identificação e afastamento de casos suspeitos ou confirmados serão mantidos. Os casos devem ser notificados à Unidade Básica de Saúde (UBS) e registrados no sistema de monitoramento da Secretaria da Educação (Seduc-SP), o SIMED, e atualizados com o registro médico.
“Quanto mais tempo demorarmos a voltar, maior será o déficit de aprendizagem dos nossos estudantes. É urgente voltarmos com nossas crianças, jovens e adultos às aulas presenciais”, destacou Rossieli Soares.
Serviço essencial
O Governo de São Paulo já havia decretado a educação como um serviço essencial e com o novo plano de ampliação da retomada das aulas em agosto, a Secretaria da Educação quer minimizar os efeitos causados pela pandemia.
Sem o ensino presencial, os impactos na aprendizagem também são grandes. Avaliação feita pela Seduc-SP e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) detectou uma estimativa de 11 anos para os alunos da rede estadual recuperarem a aprendizagem em matemática.
Além disso, os impactos na saúde emocional dos estudantes podem ser potencializados. Um estudo feito pela Secretaria da Educação em parceria com o Instituto Ayrton Senna antes da pandemia já mostrava baixos índices na autopercepção dos alunos em aspectos emocionais que podem piorar depois de tanto tempo longe das salas de aula.
Os esforços do Estado de São Paulo no retorno seguro às aulas presenciais vêm sendo feitos desde setembro de 2020, quando as escolas foram abertas para atividades presenciais. Já em novembro, foram autorizadas as aulas regulares para Ensino Médio e Ensino de Jovens Adultos.
Neste ano, na primeira semana de janeiro, estudantes puderam realizar a recuperação presencial e o ano letivo teve início em fevereiro. Com o anúncio da fase emergencial, em março, as unidades de ensino permaneceram abertas, atendendo os mais vulneráveis.
A Seduc-SP também dispõe de uma Comissão Médica que dá apoio técnico para o monitoramento, tomada de decisão e implementação de ações; monitora casos suspeitos e confirmados e faz o rastreamento de contatos por meio do Sistema de Informação e Monitoramento da Educação (SIMED).