A respeitada publicação inglesa The Economist traz na sua mais recente edição reportagem sobre o Brasil onde assinala que “falhas crônicas de governança significam que o país travará uma batalha contra si mesmo”, diz o texto. “O problema do Brasil é que as finanças do governo estão em um caminho perigoso. A dívida pública aumentou de 60% para 84% do PIB em apenas quatro anos”, diz a revista.
De acordo com as previsões da “The Economist”, teremos uma crise em W, na qual se verifica um mergulho recessivo, seguido de uma melhora e, depois, uma nova recessão. A revista diz que o ponto crítico acontecerá em agosto de 2019. De acordo com a avaliação das fontes da publicação, esse será o momento no qual o orçamento de 2020 será apresentado e, se a reforma previdenciária não estiver em vigor, será necessário um grande aperto nos gastos públicos, com graves custos à qualidade de vida da população.
E prevê um cenário sombrio se nada for feito: “À medida que os poupadores brasileiros anteciparem a inflação e o caos econômico que resultarão da crescente dívida pública, eles tentarão escapar dela”, afirma a “Economist”.
Goldman Sachs
O Estadão também traz reportagem trazendo preocupação com o futuro da economia brasileira. Ao preferir o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ao petista Fernando Haddad (PT), o mercado financeiro está “grosseiramente subestimando os riscos futuros”, diz o economista Paulo Leme, professor visitante na Universidade de Miami.
Para ele, os investidores estão desconsiderando a falta de habilidade política de Bolsonaro, que deverá pesar na hora de aprovar reformas no Congresso. O economista, ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil, afirma que ambos os candidatos são “péssimos” e a tendência é de deterioração ainda maior do cenário econômico e político brasileiro.