Campeã! Portela rompe 32 anos sem título e Madureira está em festa

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Cinco meses após a morte de seu presidente, Marcos Falcon, a Portela reencontra o caminho da vitória numa disputa apertada com a Mocidade. A escola é a maior campeã do carnaval carioca – com o deste ano, a agremiação acumula 22 títulos. O seu último campeonato tinha sido conquistado em 1984. Muita gente temia que a escola […]

POR Sidney Rezende01/03/2017|10 min de leitura

Campeã! Portela rompe 32 anos sem título e Madureira está em festa
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Cinco meses após a morte de seu presidente, Marcos Falcon, a Portela reencontra o caminho da vitória numa disputa apertada com a Mocidade. A escola é a maior campeã do carnaval carioca – com o deste ano, a agremiação acumula 22 títulos. O seu último campeonato tinha sido conquistado em 1984.

Muita gente temia que a escola perdesse e, se isso acontecesse, ela completaria 33 anos de jejum. Mas isto não aconteceu!

A Portela, que também conquistou o Prêmio SRzd Carnaval de 2017, é só emoção, lágrimas e gratidão ao talento do mais polêmico carnavalesco da história recente, Paulo Barros.

Leia também:

Fotos: Veja a expressão do rosto de cada componente durante a apuração do Especial

Fotos: Portelenses comemoram na quadra título esperado há 32 anos

Vídeo: emocione-se com a festa da campeã Portela e entrevista do presidente

Portela quer que carnavalesco Paulo Barros continue na escola para 2018

Rachel Valença: “Portela e Império retomam a tradição do samba”

Rainha Bianca Monteiro: “Madureira está um fervo”

Serginho Procópio, ex-presidente da Portela: ‘Está na hora do título’

Portela faz desfile primoroso. Sapucaí a consagra. Pode levar o título

Mestre Nilo Sérgio, da Portela, fala sobre como chegar aos 40 pontos na apuração

Samir Trindade, sobre compositores da Portela: ‘Nossa fórmula é amizade e união’

 

Veja a ordem na apuração deste ano:

1º) Portela – 269,9 pontos

2º) Mocidade – 269,8 pontos

3º) Salgueiro – 269,7 pontos

4º) Mangueira – 269,6 pontos

5º) Grande Rio – 269,4 pontos

6º) Beija-Flor – 269,2 pontos

7º) Imperatriz – 268,5 pontos

8º) União da Ilha – 267,8 pontos

9º) São Clemente – 267,4 pontos

10º) Vila Isabel – 267,4 pontos

11º) Unidos da Tijuca – 266,8 pontos

12º) Paraíso do Tuiuti – 264,6 pontos

Na apuração o que se viu foi torcedores da Mocidade e da Portela roendo as unhas. Veja as fotos dos portelenses.

 

A reportagem do SRzd já havia pressentido o título e narrou assim o desfile histórico. Leia o texto de Rodrigo Trindade:

“Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver este rio passar?”. Cantando este enredo, a Portela brilhou na Marquês de Sapucaí na madrugada desta terça-feira (28), sendo a penúltima escola a desfilar: se destacou em vários quesitos, mostrou emoção, chão forte e plástica de muita qualidade. Não foi nota 10 apenas em efeitos especiais. Fez, com folga, o melhor desfile destes dois dias do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Foto: Juliana Dias

Alegorias bem acabadas e fantasias volumosas

Nas alegorias, acabamento impecável e soluções com a assinatura do carnavalesco Paulo Barros. Nas fantasias, muito volume e bom gosto; junto neste pacote, evolução tranquila e sem achatar seus componentes, que brincaram Carnaval e contribuíram para o sucesso desta apresentação.

Foto: Juliana Dias

Carro de som e bateria também se destacam

Sabe-se que um bom enredo dá bom samba. Na Portela, isso aconteceu e com louvor. O intérprete Gilsinho cumpriu seu papel com maestria, com ajuda de seu carro de som e ainda de mestre Nilo Sérgio. Sapucaí cantou, desfilantes retribuíram. Foi sensacional.

Foto: Juliana Dias

Houve catarse em vários outros momentos do desfile. A começar pela comissão de frente, assinada por Leo Senna e Kelly Siqueira: representou a piracema, fenômeno que se dá quando peixes nadam contra a correnteza. Um enorme elemento alegórico complementou a performance dos 15 componentes-peixes.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

Dando continuidade à sua narrativa sobre vários aspectos que envolvem rios, Paulo Barros trouxe também questões religiosas. Viu-se, por exemplo, no primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Marcelino e Danielle Nascimento, as fantasias “Oxum e Oxóssi”.

Foto: Juliana Dias

No abre-alas, veio a “Fonte da Vida”, curiosamente em tons dourados e com belo efeito de luz. Teria nascido aí, segundo a concepção da escola, o rio azul e branco portelense. Logo após, um setor representou mitos relacionados à água de rios.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

O segundo carro, também muito impactante, mostrou o Egito e o Rio Nilo. Efeitos especiais faziam barquinhos irem de um lado a outro. Na saia, várias esfinges também imprimiram bom gosto e primoroso acabamento.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

O setor seguinte mostrou os rios e os aspectos naturais, mais uma vez, de “encher as medidas”. Alas representavam animais como crocodilos, além de mananciais, e até mesmo lendas indígenas como o “Boto Cor-de-Rosa”. A terceira alegoria, de nome “Boiuna”, complementou a narrativa: a enorme cobra, fruto da lenda amazonense que impera entre os ribeirinhos, veio circundada com mais um efeito especial: jangadas nas laterais arrancaram aplausos do público.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

Se até este momento o desfile da Portela era emocionante, outro setor potencializaria ainda mais este sentimento: a quarta alegoria, “Um rio que era doce”, fez alusão ao absurdo desastre sofrido por Mariana, cidade mineira, e outros locais afetados pela negligência dos responsáveis. Com cópia quase que fiel às imagens horríveis divulgadas pela mídia, teve um ponto alto: um rapaz, caracterizado de morador, veio “chorando” .

Foto: Juliana Dias

Deixando para traz a tristeza, a Portela abordou no quinto carro “A Canção do Rio dos Pássaros”, menção à poesia do cancioneiro paraguaio Aníbal Sampayo, com direito à performance com “pássaros voadores”. Com destaque ao tom azul do elemento e as multicores dos bichos.

Foto: Juliana Dias

A Portela encerrou a narrativa com um setor em sua exaltação:  “Meu coração se deixou levar” relembrou figuras que marcaram seus 94 anos. Na última alegoria, acoplada, veio o “Altar do Carnaval”, e junto a ele personalidades portelenses, além de uma homenagem a Oxum.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

Cinco meses após a morte de seu presidente, Marcos Falcon, a Portela reencontra o caminho da vitória numa disputa apertada com a Mocidade. A escola é a maior campeã do carnaval carioca – com o deste ano, a agremiação acumula 22 títulos. O seu último campeonato tinha sido conquistado em 1984.

Muita gente temia que a escola perdesse e, se isso acontecesse, ela completaria 33 anos de jejum. Mas isto não aconteceu!

A Portela, que também conquistou o Prêmio SRzd Carnaval de 2017, é só emoção, lágrimas e gratidão ao talento do mais polêmico carnavalesco da história recente, Paulo Barros.

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Fotos: Veja a expressão do rosto de cada componente durante a apuração do Especial

Fotos: Portelenses comemoram na quadra título esperado há 32 anos

Vídeo: emocione-se com a festa da campeã Portela e entrevista do presidente

Portela quer que carnavalesco Paulo Barros continue na escola para 2018

Rachel Valença: “Portela e Império retomam a tradição do samba”

Rainha Bianca Monteiro: “Madureira está um fervo”

Serginho Procópio, ex-presidente da Portela: ‘Está na hora do título’

Portela faz desfile primoroso. Sapucaí a consagra. Pode levar o título

Mestre Nilo Sérgio, da Portela, fala sobre como chegar aos 40 pontos na apuração

Samir Trindade, sobre compositores da Portela: ‘Nossa fórmula é amizade e união’

 

Veja a ordem na apuração deste ano:

1º) Portela – 269,9 pontos

2º) Mocidade – 269,8 pontos

3º) Salgueiro – 269,7 pontos

4º) Mangueira – 269,6 pontos

5º) Grande Rio – 269,4 pontos

6º) Beija-Flor – 269,2 pontos

7º) Imperatriz – 268,5 pontos

8º) União da Ilha – 267,8 pontos

9º) São Clemente – 267,4 pontos

10º) Vila Isabel – 267,4 pontos

11º) Unidos da Tijuca – 266,8 pontos

12º) Paraíso do Tuiuti – 264,6 pontos

Na apuração o que se viu foi torcedores da Mocidade e da Portela roendo as unhas. Veja as fotos dos portelenses.

 

A reportagem do SRzd já havia pressentido o título e narrou assim o desfile histórico. Leia o texto de Rodrigo Trindade:

“Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver este rio passar?”. Cantando este enredo, a Portela brilhou na Marquês de Sapucaí na madrugada desta terça-feira (28), sendo a penúltima escola a desfilar: se destacou em vários quesitos, mostrou emoção, chão forte e plástica de muita qualidade. Não foi nota 10 apenas em efeitos especiais. Fez, com folga, o melhor desfile destes dois dias do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Foto: Juliana Dias

Alegorias bem acabadas e fantasias volumosas

Nas alegorias, acabamento impecável e soluções com a assinatura do carnavalesco Paulo Barros. Nas fantasias, muito volume e bom gosto; junto neste pacote, evolução tranquila e sem achatar seus componentes, que brincaram Carnaval e contribuíram para o sucesso desta apresentação.

Foto: Juliana Dias

Carro de som e bateria também se destacam

Sabe-se que um bom enredo dá bom samba. Na Portela, isso aconteceu e com louvor. O intérprete Gilsinho cumpriu seu papel com maestria, com ajuda de seu carro de som e ainda de mestre Nilo Sérgio. Sapucaí cantou, desfilantes retribuíram. Foi sensacional.

Foto: Juliana Dias

Houve catarse em vários outros momentos do desfile. A começar pela comissão de frente, assinada por Leo Senna e Kelly Siqueira: representou a piracema, fenômeno que se dá quando peixes nadam contra a correnteza. Um enorme elemento alegórico complementou a performance dos 15 componentes-peixes.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

Dando continuidade à sua narrativa sobre vários aspectos que envolvem rios, Paulo Barros trouxe também questões religiosas. Viu-se, por exemplo, no primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alex Marcelino e Danielle Nascimento, as fantasias “Oxum e Oxóssi”.

Foto: Juliana Dias

No abre-alas, veio a “Fonte da Vida”, curiosamente em tons dourados e com belo efeito de luz. Teria nascido aí, segundo a concepção da escola, o rio azul e branco portelense. Logo após, um setor representou mitos relacionados à água de rios.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

O segundo carro, também muito impactante, mostrou o Egito e o Rio Nilo. Efeitos especiais faziam barquinhos irem de um lado a outro. Na saia, várias esfinges também imprimiram bom gosto e primoroso acabamento.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

O setor seguinte mostrou os rios e os aspectos naturais, mais uma vez, de “encher as medidas”. Alas representavam animais como crocodilos, além de mananciais, e até mesmo lendas indígenas como o “Boto Cor-de-Rosa”. A terceira alegoria, de nome “Boiuna”, complementou a narrativa: a enorme cobra, fruto da lenda amazonense que impera entre os ribeirinhos, veio circundada com mais um efeito especial: jangadas nas laterais arrancaram aplausos do público.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

Se até este momento o desfile da Portela era emocionante, outro setor potencializaria ainda mais este sentimento: a quarta alegoria, “Um rio que era doce”, fez alusão ao absurdo desastre sofrido por Mariana, cidade mineira, e outros locais afetados pela negligência dos responsáveis. Com cópia quase que fiel às imagens horríveis divulgadas pela mídia, teve um ponto alto: um rapaz, caracterizado de morador, veio “chorando” .

Foto: Juliana Dias

Deixando para traz a tristeza, a Portela abordou no quinto carro “A Canção do Rio dos Pássaros”, menção à poesia do cancioneiro paraguaio Aníbal Sampayo, com direito à performance com “pássaros voadores”. Com destaque ao tom azul do elemento e as multicores dos bichos.

Foto: Juliana Dias

A Portela encerrou a narrativa com um setor em sua exaltação:  “Meu coração se deixou levar” relembrou figuras que marcaram seus 94 anos. Na última alegoria, acoplada, veio o “Altar do Carnaval”, e junto a ele personalidades portelenses, além de uma homenagem a Oxum.

Foto: Juliana Dias
Foto: Juliana Dias

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