Império da Carlota apresenta enredo para 2023

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O GRESV Império da Carlota lançou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual 2023. A vermelho, amarelo e branco de Betim/MG, irá homenagear o poeta Castro Alves com o enredo: “Castro Alves – O poeta da abolição”, de autoria de Peu Araujo e Mateus Brito. Confira abaixo […]

POR Carnaval Virtual30/04/2023|7 min de leitura

Império da Carlota apresenta enredo para 2023

Logo oficial do enredo

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O GRESV Império da Carlota lançou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual 2023.
A vermelho, amarelo e branco de Betim/MG, irá homenagear o poeta Castro Alves com o enredo: “Castro Alves – O poeta da abolição”, de autoria de Peu Araujo e Mateus Brito.

Pavilhão oficial da agremiação.

Confira abaixo a sinopse do enredo e as regras da disputa de samba da agremiação:

PREFÁCIO – 

A Academia Brasileira de Letras é, antes de tudo, a casa da memória! Abram-se as portas do Salão dos Poetas Românticos…

Românticos, na prosa e no verso, nesta ocasião solene na Seção da Saudade;

Castro Alves é personificado em versos e poesia. Encanta-nos fazendo da literatura seu triunfo.

Os Imortais da Academia externam o seu sentir, o seu pensar em mais um Sarau de Poesia para o Poeta da Abolição!

Castro Alves estenderia sobre o negro o manto redentor da poesia, tratando-o como herói, como ser integralmente humano.

 

AO GRANDE POETA IMORTAL !

Em seus versos,o céu e o mar como num azul infinito como se a cor e se estende pelo além do horizonte e nessa infinitude se encontra o barco, que navega com o vento e com o esforço dos homens queimados de sol:

“Stamos em pleno mar… Do firmamento  Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
Constelações do líquido tesouro”

Ao descrever o desembarque ao solo do “Novo Mundo” imperava um estado geral de conformidade sobre a sorte dos cativos.

Relatando o sentimento que “Os Escravos” africanos presos numa senzala sentado no chão junto a uma pequena chama sente saudade da África, sua terra natal. As lágrimas escorem pelos rostos entoando seus cânticos ancestrais.

A” Canção do Africano” entoou a nostalgia dos cativos e colocou em contradição a África, sem escravidão, e o Brasil, pátria do escravismo.

Apoiada pela opinião internacional, surgiu no Brasil uma tímida opinião antiescravista, entre a população livre, e com o fim da guerra da Secessão, o Brasil tornou-se a única nação escravista independente.

“Quem cai na luta com a glória,
Tomba nos braços da História,
No coração do Brasil!
Moços, do topo dos Andes,
Pirâmides vastas, grandes,
Vos contemplam séculos mil”

Com “O navio negreiro”, referia-se à imensa nação que encobria com sua bandeira o cativeiro. Castro Alves lembrava a degeneração na nacionalidade brasileira enquanto a cidadania não compreendesse todos seus filhos:

“Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?”

A suplica, o clamor por liberdade, muitas das vezes apresentada em forma de suplica ao sagrado, ao divino, entoando em forma de clamor onde a intensidade de justiça e igualdade se faz presente em seus versos, em fim Vozes d’Africa. . . 

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito… Onde estás, Senhor Deus? …

A poesia Castroalvina passa a representar a memória traumática da escravidão, afirmando a humanidade do indivíduo escravizado de modo a afastá-lo da condição de mercadoria e clamava a juventude para se unirem a luta antiescravista, e o ideal de liberdade colocando todos como iguais e que possuem a liberdade de amar e de expressar o amor.

Amor, sentimento nobre em que Castro Alves devota-se em seus versos, e que o sentimento do poeta se deslumbra sobre um olhar tênue . . . 

Com em “Gondoleiro do Amor”, o mesmo sentimento e amor ao seu igual acompanham em seus versos a vertente lírica, e amorosa, agora se debruça a declarações e arrebatando paixões às mulheres:

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando flor,
Douram teus olhos a fronte do Gondoleiro do amor

O Lirismo de Castro traduz o trajeto de um amor como inconstante, que vai se concretizando e superando os elementos predominantes ao possuir dos prazeres da vida, e vários elementos da natureza. É o misto do mais puro sentimento entre “Amar e ser Amado”

Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano

O Poeta via-se cada vez mais próximo dos prazeres deste mundo deixando nele as delícias de uma vida boêmia e de um futuro promissor nas artes literárias. 

Tal situação rendeu um sentimento intenso e extremamente pessimista, no qual sentimos a dor do jovem que se depara com uma partida indesejada e precoce. A vida que é prazerosa e a “Morte” que, não é bem vinda.

Logo oficial do enredo

Em sua terra natal: Bahia ! Palco de grandes paixões e revoluções e contribuiu com o aspecto estilístico, retratando em sua obra a igualdade, o abolicionismo e as lutas de um povo.

Cenário principal de extrema bravura, a poesia Alvina presta a todos os brasileiros que pegaram em armas pela independência, mas cuja epopéia ficou oculta pela tese dominante de que a “Independência” não resultou da luta dos brasileiros.

Era o porvir — em frente do passado,
A Liberdade — em frente à Escravidão,
Era a luta das águias — e do abutre,
A revolta do pulso — contra os ferros,
O pugilato da razão — com os erros, O duelo da treva — e do clarão!..

Os protestos de rua fazem parte da vida do povo e o único inimigo é a ignorância e dela ninguém está inteiramente livre, e muito menos os que exercem poder político e contrários a uma instituição que os forçava a depender dela, pois não logravam dar três passos sem usar escravos, já que toda a sociedade, no seu dia-a-dia, sobre eles se assentava.

Quando nas praças se eleva
Do Povo a sublime voz…
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz…

Em seus versos e cânticos, o sentimento guiou a palavra, e a palavra guiou o povo e inspirou a lutar por liberdade, o Imortal escritor baiano simbolizando as lutas pela abolição da escravatura trazendo o povo, trazendo o negro como protagonista e símbolo de bravura e heroísmo, e em forma de homenagem:

 “O tempo passa, mas na raça eu chego lá…
A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor”

 

DEDICATÓRIA

Mesmo triste pensar quantas obras poderiam ter sido escritas por Castro Alves se ele tivesse uma chance de prolongar seu tempo na terra, expressou sua indignação contra as tiranias e denunciou a opressão do povo.Retratou em suas obras o amor, a morte, a mulher, a valorização dos ideais republicanos (em contraposição ao vigente regime monárquico), a igualdade, o abolicionismo (defesa da abolição da escravatura), o sonho, a vida das camadas pobres e a luta de classes.

A celebração de sua obra irradia quando a personificação de suas palavras, e os sentimentos de seus versos que nos guia ilumina construções ideológicas e análises sociais colocando o “Negro” protagonista de sua própria história.

Pesquisa e Desenvolvimento
Peu Araujo e Mateus Brito

O GRESV Império da Carlota lançou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual 2023.
A vermelho, amarelo e branco de Betim/MG, irá homenagear o poeta Castro Alves com o enredo: “Castro Alves – O poeta da abolição”, de autoria de Peu Araujo e Mateus Brito.

Pavilhão oficial da agremiação.

Confira abaixo a sinopse do enredo e as regras da disputa de samba da agremiação:

PREFÁCIO – 

A Academia Brasileira de Letras é, antes de tudo, a casa da memória! Abram-se as portas do Salão dos Poetas Românticos…

Românticos, na prosa e no verso, nesta ocasião solene na Seção da Saudade;

Castro Alves é personificado em versos e poesia. Encanta-nos fazendo da literatura seu triunfo.

Os Imortais da Academia externam o seu sentir, o seu pensar em mais um Sarau de Poesia para o Poeta da Abolição!

Castro Alves estenderia sobre o negro o manto redentor da poesia, tratando-o como herói, como ser integralmente humano.

 

AO GRANDE POETA IMORTAL !

Em seus versos,o céu e o mar como num azul infinito como se a cor e se estende pelo além do horizonte e nessa infinitude se encontra o barco, que navega com o vento e com o esforço dos homens queimados de sol:

“Stamos em pleno mar… Do firmamento  Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
Constelações do líquido tesouro”

Ao descrever o desembarque ao solo do “Novo Mundo” imperava um estado geral de conformidade sobre a sorte dos cativos.

Relatando o sentimento que “Os Escravos” africanos presos numa senzala sentado no chão junto a uma pequena chama sente saudade da África, sua terra natal. As lágrimas escorem pelos rostos entoando seus cânticos ancestrais.

A” Canção do Africano” entoou a nostalgia dos cativos e colocou em contradição a África, sem escravidão, e o Brasil, pátria do escravismo.

Apoiada pela opinião internacional, surgiu no Brasil uma tímida opinião antiescravista, entre a população livre, e com o fim da guerra da Secessão, o Brasil tornou-se a única nação escravista independente.

“Quem cai na luta com a glória,
Tomba nos braços da História,
No coração do Brasil!
Moços, do topo dos Andes,
Pirâmides vastas, grandes,
Vos contemplam séculos mil”

Com “O navio negreiro”, referia-se à imensa nação que encobria com sua bandeira o cativeiro. Castro Alves lembrava a degeneração na nacionalidade brasileira enquanto a cidadania não compreendesse todos seus filhos:

“Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?”

A suplica, o clamor por liberdade, muitas das vezes apresentada em forma de suplica ao sagrado, ao divino, entoando em forma de clamor onde a intensidade de justiça e igualdade se faz presente em seus versos, em fim Vozes d’Africa. . . 

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito… Onde estás, Senhor Deus? …

A poesia Castroalvina passa a representar a memória traumática da escravidão, afirmando a humanidade do indivíduo escravizado de modo a afastá-lo da condição de mercadoria e clamava a juventude para se unirem a luta antiescravista, e o ideal de liberdade colocando todos como iguais e que possuem a liberdade de amar e de expressar o amor.

Amor, sentimento nobre em que Castro Alves devota-se em seus versos, e que o sentimento do poeta se deslumbra sobre um olhar tênue . . . 

Com em “Gondoleiro do Amor”, o mesmo sentimento e amor ao seu igual acompanham em seus versos a vertente lírica, e amorosa, agora se debruça a declarações e arrebatando paixões às mulheres:

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando flor,
Douram teus olhos a fronte do Gondoleiro do amor

O Lirismo de Castro traduz o trajeto de um amor como inconstante, que vai se concretizando e superando os elementos predominantes ao possuir dos prazeres da vida, e vários elementos da natureza. É o misto do mais puro sentimento entre “Amar e ser Amado”

Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano

O Poeta via-se cada vez mais próximo dos prazeres deste mundo deixando nele as delícias de uma vida boêmia e de um futuro promissor nas artes literárias. 

Tal situação rendeu um sentimento intenso e extremamente pessimista, no qual sentimos a dor do jovem que se depara com uma partida indesejada e precoce. A vida que é prazerosa e a “Morte” que, não é bem vinda.

Logo oficial do enredo

Em sua terra natal: Bahia ! Palco de grandes paixões e revoluções e contribuiu com o aspecto estilístico, retratando em sua obra a igualdade, o abolicionismo e as lutas de um povo.

Cenário principal de extrema bravura, a poesia Alvina presta a todos os brasileiros que pegaram em armas pela independência, mas cuja epopéia ficou oculta pela tese dominante de que a “Independência” não resultou da luta dos brasileiros.

Era o porvir — em frente do passado,
A Liberdade — em frente à Escravidão,
Era a luta das águias — e do abutre,
A revolta do pulso — contra os ferros,
O pugilato da razão — com os erros, O duelo da treva — e do clarão!..

Os protestos de rua fazem parte da vida do povo e o único inimigo é a ignorância e dela ninguém está inteiramente livre, e muito menos os que exercem poder político e contrários a uma instituição que os forçava a depender dela, pois não logravam dar três passos sem usar escravos, já que toda a sociedade, no seu dia-a-dia, sobre eles se assentava.

Quando nas praças se eleva
Do Povo a sublime voz…
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz…

Em seus versos e cânticos, o sentimento guiou a palavra, e a palavra guiou o povo e inspirou a lutar por liberdade, o Imortal escritor baiano simbolizando as lutas pela abolição da escravatura trazendo o povo, trazendo o negro como protagonista e símbolo de bravura e heroísmo, e em forma de homenagem:

 “O tempo passa, mas na raça eu chego lá…
A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor”

 

DEDICATÓRIA

Mesmo triste pensar quantas obras poderiam ter sido escritas por Castro Alves se ele tivesse uma chance de prolongar seu tempo na terra, expressou sua indignação contra as tiranias e denunciou a opressão do povo.Retratou em suas obras o amor, a morte, a mulher, a valorização dos ideais republicanos (em contraposição ao vigente regime monárquico), a igualdade, o abolicionismo (defesa da abolição da escravatura), o sonho, a vida das camadas pobres e a luta de classes.

A celebração de sua obra irradia quando a personificação de suas palavras, e os sentimentos de seus versos que nos guia ilumina construções ideológicas e análises sociais colocando o “Negro” protagonista de sua própria história.

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