A Império do Samba, em seu primeiro desfile pelo Carnaval Virtual 2016, trouxe ao Grupo de Acesso um desfile riquíssimo sobre o Renascimento. Mas por conta de algumas punições sofridas ao longo do ano e da avaliação dos jurados, não conseguiu sua vaga para o Grupo Especial 2017. A escola do presidente Tom Santos opta […]
POR Carnaval Virtual14/11/2016|6 min de leitura
A Império do Samba, em seu primeiro desfile pelo Carnaval Virtual 2016, trouxe ao Grupo de Acesso um desfile riquíssimo sobre o Renascimento. Mas por conta de algumas punições sofridas ao longo do ano e da avaliação dos jurados, não conseguiu sua vaga para o Grupo Especial 2017. A escola do presidente Tom Santos opta por seguir o mesmo estilo de desfile em 2017 para tentar sua vaga para o Grupo Especial, uma vez que a estética do desfile de 2016 foi bastante elogiada.
E não há época melhor para lançar essa sinopse. Na semana passada, no dia 9 de novembro, o Baile da Ilha Fiscal – último baile do Império e tema do enredo da Império do Samba – fez 127 anos. O Baile da Ilha Fiscal foi a última grande festa do Império, seis dias antes da Proclamação da República. Uma das principais intenções do Baile era afirmar a posição de supremacia do Império diante das conspirações republicanas. Entretanto, como vimos poucos dias depois, não conseguiram tal intento. Vamos descobrir mais sobre este suntuoso baile com a Império do Samba no Carnaval Virtual 2017.
Quer conhecer mais o Carnaval Virtual? Visite o website oficial, curta a fanpage no Facebook, participe do grupo de discussões para opinar e interagir com outros amantes da folia e inscreva-se na TV Carnaval Virtual, no YouTube. E tenha produtos do Carnaval Virtual em sua casa. Encontre produtos exclusivos do Carnaval Virtual e suas agremiações na loja virtual da Pretikas.
E se você não ouviu os sambas que embalaram o Carnaval Virtual 2016, baixe gratuitamente os CDs do Grupo Especial e de Acesso aqui!
CARNAVAL VIRTUAL – TODOS JUNTOS NESTA FOLIA!
“O IMPÉRIO DO SAMBA MUITO PENHORADO CONVIDA VOSSA SENHORIA A SE DIGNAR A ABRILHANTAR O ÚLTIMO BAILE DO IMPÉRIO “
(texto de responsabilidade da agremiação)
Nascia mais um dia no Rio de Janeiro aonde para muitos seria apenas uma semana normal, mas não era, era uma semana para lá de especial com beleza exuberante, manhãs embriagadas por um sol maroto, que ganhava força e vigor ao caminhar da bela manhã. Um vai e vem de pessoas na praça, as crianças passeando ao aroma dos lindos bosques e as bancas de jornais estampando as manchetes de jornais, que mais impressionava quem parasse para observar e ler a folha de papel informativa. Os mais vividos, adquiriam o folhetim e sentavam ao parque para saberem da mais nova festa da cidade: Extra! Extra! Vem aí, mais um luxuoso baile imperial!
Um senhor, insatisfeito com a notícia, se vira para um amigo que o acompanha todos os dias na leitura dos jornais e solta “O pior está por vir. Respiramos nebulosos tempos, apesar da beleza natural”. E assim foi a semana que antecedeu o grande dia, que teria uma noite exuberante e de requinte sem igual. Foi uma semana de descontentamento por toda a sociedade.
Eis que chega o tão anunciado e mais badalado sábado de 1889. Um 9 de novembro que marcaria o luxo, luxúria, nobreza e ar de riqueza, muita riqueza, que perduraria por tempos e tempos ainda. Será?
As roupas mais refinadas do Rio de Janeiro, já haviam se esgotado. Salões de beleza totalmente lotados. Foi um movimento arrebatador. Barbeiros e alfaiates com bastante trabalho. Todos queriam estar no mais puro brilho para a noite tão esperada.
O clima era de despedida.
Era?
A hora de início do evento estava se aproximando e os convidados chegando. Vestimenta muito nobre por partes destes. A sociedade imperial estava toda reunida. Havia um motivo especial para tal comemoração: As bodas de prata da princesa Isabel e do conde D’eu, mas há quem diga que o verdadeiro motivo do baile era mostrar o poder e a altivez do império.
Será?
Inesquecível era a palavra que vigorava na recepção da festa. Assim como queria o Visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros. Os custos para o evento refinado, beirou os 250 contos de réis, quase 10% do orçamento previsto pela província do Rio de Janeiro.
Nunca tinha se visto até então, raro esplendor e primor em uma festa. Era um baile a lá francesa. Suntuoso. A família real marcou presença, chegando por volta das 22h. O traje da Imperatriz Teresa Cristina, nem teve tanto destaque. Simples vestido de renda de chantilly preta, condecorado de vidrilhos. Quem chamou a atenção realmente, foi a anfitriã da festa, a Princesa Isabel. Traje marcado pelo luxo e beleza.
E o Cenário? Ahhhhhh o cenário, não poderia ter existido melhor, a suntuosa Ilha Fiscal banhada pela encantadora baía de Guanabara já toda decorada, tinha artigos de primeira qualidade, e um ótimo gosto para decoração do mesmo. No Jardim, duas magníficas mesas em formato de ferradura, onde seria servido um jantar para 500 dos 4.500 convidados. Chafarizes enfeitavam e davam um contorno natural belo, ao lado do jardim.
No palacete, o banquete estava preparado. Comidas incomuns e muitas bebidas importadas. O frango de Dom João era pinto, perto das iguarias postas a mesa naquela ocasião.
A trilha sonora, ficou por conta de uma banda que viajava a bordo do “Almirante Cochrane”. Valsas e polcas invadiram a madrugada. Clássicos destes gêneros foram entoados, agitando o salão. Tudo acontecia a mil maravilhas no baile imperial. Foi uma festa digna de um império altivo e poderoso. Nem por isso, fatos curiosos passaram despercebidos. Dom Pedro II havia se desequilibrado e caído ao chegar no baile. Fora a primeira queda. Brincalhão e irreverente, solta “O monarca escorregou, mas a monarquia não caiu”. Outro acontecimento curioso, foi que ao fim do baile, por volta das 5h da matina, com o sol já dando seu tom de clarear, os serviçais encontraram coisas inusitadas com o findar da festa, como copos e garrafas quebradas, condecorações perdidas e até roupas intimas femininas espalhadas pelo salão.
Foi o BAILE!
Dá até saudade só em lembrar!
Ufa! Após tanta ostentação e histórias, é findado o esplendoroso baile! Todos se foram após uma bela noite. Porém, a opinião pública não é nada positiva, sintomas de tudo o que está por vir…
Assinado: Autor desconhecido. Jornal desconhecido, 10, de novembro, de 1889.
Venha com o Império do Samba descortinar o passado e na passarela virtual reviver O ÚLTIMO BAILE DO IMPÉRIO!
(por João Gabriel Vidal)
A Império do Samba, em seu primeiro desfile pelo Carnaval Virtual 2016, trouxe ao Grupo de Acesso um desfile riquíssimo sobre o Renascimento. Mas por conta de algumas punições sofridas ao longo do ano e da avaliação dos jurados, não conseguiu sua vaga para o Grupo Especial 2017. A escola do presidente Tom Santos opta por seguir o mesmo estilo de desfile em 2017 para tentar sua vaga para o Grupo Especial, uma vez que a estética do desfile de 2016 foi bastante elogiada.
E não há época melhor para lançar essa sinopse. Na semana passada, no dia 9 de novembro, o Baile da Ilha Fiscal – último baile do Império e tema do enredo da Império do Samba – fez 127 anos. O Baile da Ilha Fiscal foi a última grande festa do Império, seis dias antes da Proclamação da República. Uma das principais intenções do Baile era afirmar a posição de supremacia do Império diante das conspirações republicanas. Entretanto, como vimos poucos dias depois, não conseguiram tal intento. Vamos descobrir mais sobre este suntuoso baile com a Império do Samba no Carnaval Virtual 2017.
Quer conhecer mais o Carnaval Virtual? Visite o website oficial, curta a fanpage no Facebook, participe do grupo de discussões para opinar e interagir com outros amantes da folia e inscreva-se na TV Carnaval Virtual, no YouTube. E tenha produtos do Carnaval Virtual em sua casa. Encontre produtos exclusivos do Carnaval Virtual e suas agremiações na loja virtual da Pretikas.
E se você não ouviu os sambas que embalaram o Carnaval Virtual 2016, baixe gratuitamente os CDs do Grupo Especial e de Acesso aqui!
CARNAVAL VIRTUAL – TODOS JUNTOS NESTA FOLIA!
“O IMPÉRIO DO SAMBA MUITO PENHORADO CONVIDA VOSSA SENHORIA A SE DIGNAR A ABRILHANTAR O ÚLTIMO BAILE DO IMPÉRIO “
(texto de responsabilidade da agremiação)
Nascia mais um dia no Rio de Janeiro aonde para muitos seria apenas uma semana normal, mas não era, era uma semana para lá de especial com beleza exuberante, manhãs embriagadas por um sol maroto, que ganhava força e vigor ao caminhar da bela manhã. Um vai e vem de pessoas na praça, as crianças passeando ao aroma dos lindos bosques e as bancas de jornais estampando as manchetes de jornais, que mais impressionava quem parasse para observar e ler a folha de papel informativa. Os mais vividos, adquiriam o folhetim e sentavam ao parque para saberem da mais nova festa da cidade: Extra! Extra! Vem aí, mais um luxuoso baile imperial!
Um senhor, insatisfeito com a notícia, se vira para um amigo que o acompanha todos os dias na leitura dos jornais e solta “O pior está por vir. Respiramos nebulosos tempos, apesar da beleza natural”. E assim foi a semana que antecedeu o grande dia, que teria uma noite exuberante e de requinte sem igual. Foi uma semana de descontentamento por toda a sociedade.
Eis que chega o tão anunciado e mais badalado sábado de 1889. Um 9 de novembro que marcaria o luxo, luxúria, nobreza e ar de riqueza, muita riqueza, que perduraria por tempos e tempos ainda. Será?
As roupas mais refinadas do Rio de Janeiro, já haviam se esgotado. Salões de beleza totalmente lotados. Foi um movimento arrebatador. Barbeiros e alfaiates com bastante trabalho. Todos queriam estar no mais puro brilho para a noite tão esperada.
O clima era de despedida.
Era?
A hora de início do evento estava se aproximando e os convidados chegando. Vestimenta muito nobre por partes destes. A sociedade imperial estava toda reunida. Havia um motivo especial para tal comemoração: As bodas de prata da princesa Isabel e do conde D’eu, mas há quem diga que o verdadeiro motivo do baile era mostrar o poder e a altivez do império.
Será?
Inesquecível era a palavra que vigorava na recepção da festa. Assim como queria o Visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros. Os custos para o evento refinado, beirou os 250 contos de réis, quase 10% do orçamento previsto pela província do Rio de Janeiro.
Nunca tinha se visto até então, raro esplendor e primor em uma festa. Era um baile a lá francesa. Suntuoso. A família real marcou presença, chegando por volta das 22h. O traje da Imperatriz Teresa Cristina, nem teve tanto destaque. Simples vestido de renda de chantilly preta, condecorado de vidrilhos. Quem chamou a atenção realmente, foi a anfitriã da festa, a Princesa Isabel. Traje marcado pelo luxo e beleza.
E o Cenário? Ahhhhhh o cenário, não poderia ter existido melhor, a suntuosa Ilha Fiscal banhada pela encantadora baía de Guanabara já toda decorada, tinha artigos de primeira qualidade, e um ótimo gosto para decoração do mesmo. No Jardim, duas magníficas mesas em formato de ferradura, onde seria servido um jantar para 500 dos 4.500 convidados. Chafarizes enfeitavam e davam um contorno natural belo, ao lado do jardim.
No palacete, o banquete estava preparado. Comidas incomuns e muitas bebidas importadas. O frango de Dom João era pinto, perto das iguarias postas a mesa naquela ocasião.
A trilha sonora, ficou por conta de uma banda que viajava a bordo do “Almirante Cochrane”. Valsas e polcas invadiram a madrugada. Clássicos destes gêneros foram entoados, agitando o salão. Tudo acontecia a mil maravilhas no baile imperial. Foi uma festa digna de um império altivo e poderoso. Nem por isso, fatos curiosos passaram despercebidos. Dom Pedro II havia se desequilibrado e caído ao chegar no baile. Fora a primeira queda. Brincalhão e irreverente, solta “O monarca escorregou, mas a monarquia não caiu”. Outro acontecimento curioso, foi que ao fim do baile, por volta das 5h da matina, com o sol já dando seu tom de clarear, os serviçais encontraram coisas inusitadas com o findar da festa, como copos e garrafas quebradas, condecorações perdidas e até roupas intimas femininas espalhadas pelo salão.
Foi o BAILE!
Dá até saudade só em lembrar!
Ufa! Após tanta ostentação e histórias, é findado o esplendoroso baile! Todos se foram após uma bela noite. Porém, a opinião pública não é nada positiva, sintomas de tudo o que está por vir…
Assinado: Autor desconhecido. Jornal desconhecido, 10, de novembro, de 1889.
Venha com o Império do Samba descortinar o passado e na passarela virtual reviver O ÚLTIMO BAILE DO IMPÉRIO!
(por João Gabriel Vidal)
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