Maria Felipa é enredo da Encantados da Serra para o Carnaval Virtual 2023

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Após o 10º lugar no carnaval passado, o GRESV Encantados da Serra apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual. De autoria do carnavalesco Marcio Venancio, a escola de Nova Friburgo/RJ, irá homenagear a heroína Maria Felipa através do enredo “Maria Felipa – O anjo de fogo […]

POR Carnaval Virtual12/05/2023|5 min de leitura

Maria Felipa é enredo da Encantados da Serra para o Carnaval Virtual 2023

Logo oficial do enredo

| Siga-nos Google News

Após o 10º lugar no carnaval passado, o GRESV Encantados da Serra apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual.

Pavilhão oficial da agremiação

De autoria do carnavalesco Marcio Venancio, a escola de Nova Friburgo/RJ, irá homenagear a heroína Maria Felipa através do enredo “Maria Felipa – O anjo de fogo da Bahia”.

Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação:

MARIA FELIPA – “O ANJO DE FOGO DA BAHIA”

JUSTIFICATIVA DO ENREDO:

Atravessando dois séculos de histórias, enaltecendo uma grande heroína, a G.R.E.S.V. Encantados da Serra em 2023 vem exaltar a protagonista da Independência da Bahia. Maria Felipo de Oliveira, de origem Iorubá, adepta ao Candomblé, jogadora de capoeira; com sua bravura, resistência, força e coragem; conquistou sua liberdade e lutou pelo seu povo.

Liderando grupos diferentes e conquistando batalhas, desestabilizando os lusitanos, ajudou e foi protagonista vencendo a guerra.

Foi através do fogo nas caravelas e das folhas de cansanção que nossa negra protagonista levou seu povo à Independência.

Líder, heroína, mulher revolucionária … um anjo de fogo da Bahia.

SINOPSE DO ENREDO:

Luz que brilha faiscante no horizonte, reluz em outrora o protagonismo de uma negra guerreira heroína da Independência da Bahia. Maria Felipa de Oliveira, uma revolucionária baiana na história do Brasil.

Negra, alta, desinibida de qualquer medo, astuta, brasileira e de origem africana sudaneses – terra Yoruba onde nasceu o candomblé.

De onde veio a força dessa mulher?

Nascida em uma família de escravizados, conquistou a sua liberdade e foi ganhar a vida nas águas da Ilha de Itaparica (Bahia de todos os Santos) como pescadora e marisqueira, lutou pelo povo baiano. Mulher de grande resistência, jogava capoeira e tinha a cultura negra como grande resistência.

Presenteada por oxalá com toda essa fortaleza e coragem dentro de uma mulher, Felipa adepta do candomblé tinha em seu Orí e na sua personalidade um pouco de característica de determinados orixás.

De Exú a visão de enxergar o amanhã, caminhando no presente, com os ensinamentos do passado.

De Iansã a força, coragem e bravura.

De oxum o amor e a sedução.

De xangô a justiça em lutar pelo povo, e com o poder do fogo revolucionar e levar a vitória para uma nação.

De Ogum a valentia de enfrentar as guerras e o comando sobre grupos e batalhas.

Com atitudes e pensamentos a frente do seu tempo, Maria olhava para sua ancestralidade e dela tirava os ensinamentos, coragem e força; aprendendo com eles as estratégias de guerra para o presente, pensando no futuro glorioso e de vitórias. Sendo assim era comparada e considerada a ave africana Sankofa – que olha pra trás, para aprender com o passado, antes de enfrentar o futuro.

Em 1822 o Brasil tinha acabado de se tornar independente das colônias portuguesas, porém na Bahia principalmente em Itaparica (Ilha que Maria Felipa vivia) as lutas e batalhas armadas prosseguiam, era uma resistência portuguesa a independência da colônia. A capital baiana continuava sendo território de disputa entre Brasil e Portugal.

Vendo a ilha sendo palco de ataques e conflitos, Maria Felipa começou a se organizar para ajudar os baianos a combater os resistentes.

Ela reuniu gente de diversas etnias africanas, indígenas, pescadores e até mesmo portugueses simpáticos a emancipação.

A princípio ela ficava escondida na beira da praia vigiando e espionando as tropas de navios que chegavam. Ao avistar as caravelas, pegava sua jangada e atravessava as águas para levar informações. Armavam trincheiras, cuidavam dos feridos e ajudavam com mantimentos em Salvador.

Logo oficial do enredo

Tendo o controle da espionagem, um grupo diversos ao seu favor, Felipa passou a ser heroína a partir do momento que reuniu um grupo de aproximadamente 40 mulheres, grupo chamado de “Vedetas” e numa embarcação ornamentou com flores e lançou-se ao mar. Aproximando-se dos barcos lusitanos, elas jogavam todo charme e encanto.

Um fascinante barco com bebidas, lindas mulheres, encantou os lusitanos que depositou a confiança nas belas negras e sonhou delírios carnais. Após eles estarem bem embriagados, as vedetas deram uma surra de folha de cansanção, causando urticária e queimação no corpo dos portugueses que estavam despidos.

Com esse acontecimento, desestabilizou os lusitanos. Aproveitando esse momento, Felipa e suas vedetas atearam fogo nas embarcações com tochas de palha de coco.

Essa batalha vencida foi decisiva para impedir que os portugueses tomassem a Bahia de todos os Santos.

No dia 2 de julho de 1823 foi proclamada a vitória dos baianos, a Independência da Bahia.

Maria Felipa de Oliveira, o anjo de fogo que foi a principal protagonista da Independência baiana. Grande heroína que aos poucos vem sendo reconhecida e exaltada na história do Brasil e nas páginas dos livros.

Líder de protagonismo feminino, é exemplo para várias mulheres que lutam por um grupo, uma razão, uma ação social.

Um anjo resplandecente em chamas de luta, resistência e muita história.

Em 2023 comemoramos 200 anos da Independência da Bahia e que mais 200 e 200 anos sejam aclamados em prol da liberdade e da força de grandes heróis e heroínas igual a nossa Maria Felipo de Oliveira.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o Povo Brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. 10. ed. Salvador; São Paulo: UNESP; Edufba, 2001.

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62353785

 

Após o 10º lugar no carnaval passado, o GRESV Encantados da Serra apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual.

Pavilhão oficial da agremiação

De autoria do carnavalesco Marcio Venancio, a escola de Nova Friburgo/RJ, irá homenagear a heroína Maria Felipa através do enredo “Maria Felipa – O anjo de fogo da Bahia”.

Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação:

MARIA FELIPA – “O ANJO DE FOGO DA BAHIA”

JUSTIFICATIVA DO ENREDO:

Atravessando dois séculos de histórias, enaltecendo uma grande heroína, a G.R.E.S.V. Encantados da Serra em 2023 vem exaltar a protagonista da Independência da Bahia. Maria Felipo de Oliveira, de origem Iorubá, adepta ao Candomblé, jogadora de capoeira; com sua bravura, resistência, força e coragem; conquistou sua liberdade e lutou pelo seu povo.

Liderando grupos diferentes e conquistando batalhas, desestabilizando os lusitanos, ajudou e foi protagonista vencendo a guerra.

Foi através do fogo nas caravelas e das folhas de cansanção que nossa negra protagonista levou seu povo à Independência.

Líder, heroína, mulher revolucionária … um anjo de fogo da Bahia.

SINOPSE DO ENREDO:

Luz que brilha faiscante no horizonte, reluz em outrora o protagonismo de uma negra guerreira heroína da Independência da Bahia. Maria Felipa de Oliveira, uma revolucionária baiana na história do Brasil.

Negra, alta, desinibida de qualquer medo, astuta, brasileira e de origem africana sudaneses – terra Yoruba onde nasceu o candomblé.

De onde veio a força dessa mulher?

Nascida em uma família de escravizados, conquistou a sua liberdade e foi ganhar a vida nas águas da Ilha de Itaparica (Bahia de todos os Santos) como pescadora e marisqueira, lutou pelo povo baiano. Mulher de grande resistência, jogava capoeira e tinha a cultura negra como grande resistência.

Presenteada por oxalá com toda essa fortaleza e coragem dentro de uma mulher, Felipa adepta do candomblé tinha em seu Orí e na sua personalidade um pouco de característica de determinados orixás.

De Exú a visão de enxergar o amanhã, caminhando no presente, com os ensinamentos do passado.

De Iansã a força, coragem e bravura.

De oxum o amor e a sedução.

De xangô a justiça em lutar pelo povo, e com o poder do fogo revolucionar e levar a vitória para uma nação.

De Ogum a valentia de enfrentar as guerras e o comando sobre grupos e batalhas.

Com atitudes e pensamentos a frente do seu tempo, Maria olhava para sua ancestralidade e dela tirava os ensinamentos, coragem e força; aprendendo com eles as estratégias de guerra para o presente, pensando no futuro glorioso e de vitórias. Sendo assim era comparada e considerada a ave africana Sankofa – que olha pra trás, para aprender com o passado, antes de enfrentar o futuro.

Em 1822 o Brasil tinha acabado de se tornar independente das colônias portuguesas, porém na Bahia principalmente em Itaparica (Ilha que Maria Felipa vivia) as lutas e batalhas armadas prosseguiam, era uma resistência portuguesa a independência da colônia. A capital baiana continuava sendo território de disputa entre Brasil e Portugal.

Vendo a ilha sendo palco de ataques e conflitos, Maria Felipa começou a se organizar para ajudar os baianos a combater os resistentes.

Ela reuniu gente de diversas etnias africanas, indígenas, pescadores e até mesmo portugueses simpáticos a emancipação.

A princípio ela ficava escondida na beira da praia vigiando e espionando as tropas de navios que chegavam. Ao avistar as caravelas, pegava sua jangada e atravessava as águas para levar informações. Armavam trincheiras, cuidavam dos feridos e ajudavam com mantimentos em Salvador.

Logo oficial do enredo

Tendo o controle da espionagem, um grupo diversos ao seu favor, Felipa passou a ser heroína a partir do momento que reuniu um grupo de aproximadamente 40 mulheres, grupo chamado de “Vedetas” e numa embarcação ornamentou com flores e lançou-se ao mar. Aproximando-se dos barcos lusitanos, elas jogavam todo charme e encanto.

Um fascinante barco com bebidas, lindas mulheres, encantou os lusitanos que depositou a confiança nas belas negras e sonhou delírios carnais. Após eles estarem bem embriagados, as vedetas deram uma surra de folha de cansanção, causando urticária e queimação no corpo dos portugueses que estavam despidos.

Com esse acontecimento, desestabilizou os lusitanos. Aproveitando esse momento, Felipa e suas vedetas atearam fogo nas embarcações com tochas de palha de coco.

Essa batalha vencida foi decisiva para impedir que os portugueses tomassem a Bahia de todos os Santos.

No dia 2 de julho de 1823 foi proclamada a vitória dos baianos, a Independência da Bahia.

Maria Felipa de Oliveira, o anjo de fogo que foi a principal protagonista da Independência baiana. Grande heroína que aos poucos vem sendo reconhecida e exaltada na história do Brasil e nas páginas dos livros.

Líder de protagonismo feminino, é exemplo para várias mulheres que lutam por um grupo, uma razão, uma ação social.

Um anjo resplandecente em chamas de luta, resistência e muita história.

Em 2023 comemoramos 200 anos da Independência da Bahia e que mais 200 e 200 anos sejam aclamados em prol da liberdade e da força de grandes heróis e heroínas igual a nossa Maria Felipo de Oliveira.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o Povo Brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. 10. ed. Salvador; São Paulo: UNESP; Edufba, 2001.

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62353785

 

Notícias Relacionadas

Ver tudo
Irreverência marca a segunda noite do Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual

Folia virtual. Completando a disputa pela ascensão ao Grupo Especial da ciberfolia, outras oito agremiações desfilaram na Passarela Virtual neste domingo. O espetáculo apresentou temáticas bastante diversificadas, com destaque para a criatividade e a irreverência de alguns enredos. Em uma noite de apresentações equilibradas, a Primeira Estação saiu da avenida com leve favoritismo sobre as […]

Irreverência marca a segunda noite do Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual

7 min de leitura