Mocidade Negra cantará a história de ‘Carukango’, o príncipe dos escravos

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A Mocidade Negra, escola do Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual, apresentará em 2021 o enredo Carukango de autoria de Fernando dos Santos, carnavalesco da agremiação. A verde e preto da Ilha do Governador, do bairro da Zona Norte carioca – que no ano passado ficou na 20ª colocação do grupo – espera alcançar um […]

POR Carnaval Virtual02/07/2021|4 min de leitura

Mocidade Negra cantará a história de ‘Carukango’, o príncipe dos escravos

Logo oficial da agremiação.

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A Mocidade Negra, escola do Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual, apresentará em 2021 o enredo Carukango de autoria de Fernando dos Santos, carnavalesco da agremiação.

A verde e preto da Ilha do Governador, do bairro da Zona Norte carioca – que no ano passado ficou na 20ª colocação do grupo – espera alcançar um resultado ainda melhor em 2021 e disputar o título de seu grupo.

Confira abaixo a introdução e a sinopse da escola:

Logo oficial completo da agremiação.

Introdução
Na magia do carnaval, a G.R.E.S.V.M. Mocidade Negra vem contar a história de um grande guerreiro africano. A Pantera Negra do Samba pede Agô às forças celestiais, para trazer para o Carnaval Virtual, a trajetória de Carukango, o Príncipe dos Escravos.
Antigamente, os orixás eram adorados por homens. Homens esses que se entregavam aos orixás devido a sua sabedoria, poder e força. De lugar em lugar, cada história foi se espalhando, e a cada terreiro cultuado. E assim, as lendas foram se difundindo, onde transmitidas de geração em geração são dignas de homenagens.
Nosso samba hoje ecoa na avenida em forma de batuques africanos para revelar aos quatro cantos deste país a cultura dos nossos ancestrais. Baseados em lendas, mitos e episódios históricos, reverenciaremos nossa história na forma mais viva que conseguirmos, em uma grande manifestação cultural.

Sinopse

No Órun a beleza do universo
No Áyié, a riqueza da terra
Minha Alma se faz presente
Tenho muitas histórias a lhes contar!

Guerreiro, Feiticeiro,
Muito prazer, Carukango Sou eu,
O Príncipe dos Negros!

E minha odisseia eu vou contar…

Tudo começou lá na Mãe África,
Em meu Baobá Moçambique!
Meu povo em guerra!
O negro valente de um lado lutou,
O grito de lamento ecoou
O Branco europeu então o escravizou.
E por dor negro chorou!

Ao novo destino, seguimos
Mergulhamos em um mar de sofrimentos
Meu povo aprisionado
E assim dias, pois dias.

Todos escravizados
Na Escuridão e acorrentados
Todos clamando sua Fé
Enquanto sentia o balanço do mar

Minha pele chorava o vermelho

Aportamos no desconhecido
Na ilha do sofrimento
Lugar onde o comércio era negro,
Fomos todos vendidos!
Homens, Mulheres, Reis e Rainhas
Mas eu, mesmo meio corcunda e coxo, lutei!
Não me deixei escravizar, liderei!
Bravos fomos seguindo o nosso caminho
Fui à ponte entre os dois lados.
A Luz que vem do antepassado
Resistindo a esta nova cultura!

Fiz rebelião!
Questionei, uni e formei opiniões.
E com meus companheiros, fugimos…
Na união, invadimos e fizemos morada.
As montanhas da Serra do Deitado
Lá, com muita cooperação um legado surgiu,
E o meu Quilombo se formou!
A fama de meu quilombo explodiu!

Entre fugas e atritos,
Com a união do meu povo e do tempo
Tornamo-nos o mais forte e maior!

Almejei, sonhei,
Enfim a Liberdade!

Com muita bravura e emoção fui para guerra!
Ataques, muitos foram os ataques.
Foi um massacre aos Quilombolas.
Fui linchado, esquartejado e massacrado.
Na consciência me entrego de cabeça erguida
Na batalha…. Entreguei minha própria vida!

Ha céu aberto meu corpo ficou
Num sopro, no rio jorrou.

Ó Sagrado Ancestral
Em minha alma tenho o primordial
Negro do solo puro e real.

E foram nas sagradas águas
Que a liberdade enfim conquistei
E para os braços de Yemanjá,
“Minha Ynaê…minha Janaína” …, voltei!
E um ser de luz me tornei
De volta África, valente Quilombo,
Príncipe Guerreiro.

Axé, Axé, Axé!

A Mocidade Negra, escola do Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual, apresentará em 2021 o enredo Carukango de autoria de Fernando dos Santos, carnavalesco da agremiação.

A verde e preto da Ilha do Governador, do bairro da Zona Norte carioca – que no ano passado ficou na 20ª colocação do grupo – espera alcançar um resultado ainda melhor em 2021 e disputar o título de seu grupo.

Confira abaixo a introdução e a sinopse da escola:

Logo oficial completo da agremiação.

Introdução
Na magia do carnaval, a G.R.E.S.V.M. Mocidade Negra vem contar a história de um grande guerreiro africano. A Pantera Negra do Samba pede Agô às forças celestiais, para trazer para o Carnaval Virtual, a trajetória de Carukango, o Príncipe dos Escravos.
Antigamente, os orixás eram adorados por homens. Homens esses que se entregavam aos orixás devido a sua sabedoria, poder e força. De lugar em lugar, cada história foi se espalhando, e a cada terreiro cultuado. E assim, as lendas foram se difundindo, onde transmitidas de geração em geração são dignas de homenagens.
Nosso samba hoje ecoa na avenida em forma de batuques africanos para revelar aos quatro cantos deste país a cultura dos nossos ancestrais. Baseados em lendas, mitos e episódios históricos, reverenciaremos nossa história na forma mais viva que conseguirmos, em uma grande manifestação cultural.

Sinopse

No Órun a beleza do universo
No Áyié, a riqueza da terra
Minha Alma se faz presente
Tenho muitas histórias a lhes contar!

Guerreiro, Feiticeiro,
Muito prazer, Carukango Sou eu,
O Príncipe dos Negros!

E minha odisseia eu vou contar…

Tudo começou lá na Mãe África,
Em meu Baobá Moçambique!
Meu povo em guerra!
O negro valente de um lado lutou,
O grito de lamento ecoou
O Branco europeu então o escravizou.
E por dor negro chorou!

Ao novo destino, seguimos
Mergulhamos em um mar de sofrimentos
Meu povo aprisionado
E assim dias, pois dias.

Todos escravizados
Na Escuridão e acorrentados
Todos clamando sua Fé
Enquanto sentia o balanço do mar

Minha pele chorava o vermelho

Aportamos no desconhecido
Na ilha do sofrimento
Lugar onde o comércio era negro,
Fomos todos vendidos!
Homens, Mulheres, Reis e Rainhas
Mas eu, mesmo meio corcunda e coxo, lutei!
Não me deixei escravizar, liderei!
Bravos fomos seguindo o nosso caminho
Fui à ponte entre os dois lados.
A Luz que vem do antepassado
Resistindo a esta nova cultura!

Fiz rebelião!
Questionei, uni e formei opiniões.
E com meus companheiros, fugimos…
Na união, invadimos e fizemos morada.
As montanhas da Serra do Deitado
Lá, com muita cooperação um legado surgiu,
E o meu Quilombo se formou!
A fama de meu quilombo explodiu!

Entre fugas e atritos,
Com a união do meu povo e do tempo
Tornamo-nos o mais forte e maior!

Almejei, sonhei,
Enfim a Liberdade!

Com muita bravura e emoção fui para guerra!
Ataques, muitos foram os ataques.
Foi um massacre aos Quilombolas.
Fui linchado, esquartejado e massacrado.
Na consciência me entrego de cabeça erguida
Na batalha…. Entreguei minha própria vida!

Ha céu aberto meu corpo ficou
Num sopro, no rio jorrou.

Ó Sagrado Ancestral
Em minha alma tenho o primordial
Negro do solo puro e real.

E foram nas sagradas águas
Que a liberdade enfim conquistei
E para os braços de Yemanjá,
“Minha Ynaê…minha Janaína” …, voltei!
E um ser de luz me tornei
De volta África, valente Quilombo,
Príncipe Guerreiro.

Axé, Axé, Axé!

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